Manual ITED4


  1. 1
    É possível utilizar cabos coaxiais que não sejam constituídos exclusivamente por cobre?

    Sim. Independentemente do material que constitui o condutor central e a respetiva malha, todos os cabos coaxiais que cumpram os requisitos técnicos definidos no Manual podem ser utilizados nas ITED. Dadas as suas melhores características, recomenda-se a utilização de cabos coaxiais com condutor central em cobre sólido.

  2. 2
    Como se deve numerar as tomadas de telecomunicações (TT) no projeto técnico?

    De acordo com o ponto 4.1.3.2. do Manual ITED4https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1519402 a numeração deve feita de forma sequencial e inequívoca e por tecnologia (ex.: PC1, PC2, …; CC1, CC2, …; FO1, FO2, …). Recomenda-se que em edifícios de 2 ou mais fogos a numeração seja reiniciada em cada fogo.

  3. 3
    Nos pontos de distribuição (PD), devendo existir uma indicação da correspondência entre as saídas dos repartidores e as tomadas de telecomunicações (TT), como é que deve ser efetuada a respetiva identificação?

    A numeração atribuída em projeto poderá não ser suficientemente esclarecedora para o utilizador final. Assim para além da numeração dada em projeto (obrigatória), recomenda-se que esta seja complementada com informação adicional (ex.: PC1 - Cozinha, PC2 - Sala, ...).

  4. 4
    Como se deve fazer a numeração das tomadas de telecomunicações (TT) nos registos dos ensaios?

    A identificação das TT deve seguir a numeração atribuída no projeto. Para edifícios de 2 ou mais fogos, a numeração deve diferenciar as tomadas dos diferentes fogos.

  5. 5
    Durante a execução da instalação é obrigatório numerar as tomadas de telecomunicações (TT)?

    Não. A marcação diretamente nas tomadas não é obrigatória, embora em certas infraestruturas, nomeadamente as não residenciais, possa ser uma opção para identificar mais rapidamente uma determinada TT.

  6. 6
    É possível realizar ensaios à rede coaxial sem ter de desligar todas as ligações permanentes do repartidor coaxial?

    Sim. A atenuação do repartidor coaxial deve ser considerada na medida da referência, bem como nas medidas das ligações permanentes. Este método só é válido para os repartidores coaxiais em que as saídas têm a mesma perda de inserção (atenuação entre a entrada e a saída).

  7. 7
    Quais os requisitos para a proteção dos cabos à humidade, quando instalados no exterior?

    Todos os cabos instalados em exterior devem ser resistentes à humidade. Embora não sendo a única solução, os cabos com proteção em petrogel continuam a ser os mais utilizados.

  8. 8
    Devo utilizar o termo slope ou tilt?

    Deve ser usado o termo slope, em alinhamento com a normalização europeia. Associado ao caso concreto dos cabos coaxiais o slope traduz a diferença entre a atenuação a altas frequências e a atenuação a baixas frequências. O tilt por sua vez é a ação deliberada que provocamos num determinado sistema para se compensar o slope.

  9. 9
    O termo tilt da figura 6.11 está correto?

    Não. Onde se lê tilt deve ler-se slope.

  10. 10
    É obrigatório projetar e instalar dois cabos coaxiais para a zona de acesso privilegiado (ZAP), mesmo que um deles fique desligado do repartidor?

    Sim. Mesmo que o projeto técnico preveja a possibilidade de um dos cabos coaxiais provenientes da zona de acesso privilegiado (ZAP) não ficar ligado ao repartidor, tanto a tomada coaxial como o respetivo cabo devem ser instalados.

  11. 11
    É permitida a terminação em RJ45 macho, nomeadamente os Modular Plug Terminated Link (MPTL), nas redes de pares de cobre?

    Sim, desde que seja garantida a respetiva classe de ligação, com base na realização do ensaio segundo a EN50173 em modo de ligação permanente (permanent link). O ensaio MPTL recorrendo à norma TIA CAT6A MPTL não é válido para efeitos da garantia da classe de ligação nas ITED.

  12. 12
    A instalação de descarregadores de sobretensão nos cabos coaxiais, provenientes das antenas, é obrigatória?

    Sim. No ponto 4.1.5.4.3 do Manual ITED4https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1519402 é referido que o sistema de S/MATV (satellite master antenna television/master antenna television) é constituído pelas antenas, dispositivos associados e elementos de proteção contra descargas de sobretensão. Nesse sentido é obrigatória a instalação dos referidos elementos de proteção, designados de descarregadores de sobretensão, para os cabos coaxiais. Estes dispositivos têm como função escoar para a terra as correntes associadas às sobretensões, provocadas por descargas atmosféricas, por contacto direto com linhas de transporte de energia ou por indução eletromagnética.

  13. 13
    As antenas de televisão digital terrestre (TDT) fazem parte dos sistemas de cablagem para distribuição de sinais de televisão?

    Sim. As antenas e os respetivos sistemas de receção, conversão, multiplexagem, amplificação e outros são parte integrante dos referidos sistemas de cablagem, fazendo parte das ITED.

  14. 14
    Os repartidores coaxiais fazem parte das ligações permanentes?

    Não. Uma ligação permanente é constituída unicamente pelo cabo e pelos conetores, ou tomadas de telecomunicações, instalados nas suas extremidades.