Manual ITED2
-
1
As antenas fazem parte dos sistemas de cablagem para distribuição de sinais sonoros e televisivos dos tipos A e B?
Sim. As antenas e os respetivos sistemas de receção, conversão, multiplexagem, amplificação e outros são parte integrante dos referidos sistemas de cablagem, fazendo parte das ITED (ver ponto 4.3.2.1.2 do Manual ITED2https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=995841).
-
2
Qual o tipo de cablagem que deve ser instalado entre a caixa de entrada de moradia unifamiliar (CEMU) e o armário de telecomunicações individual (ATI) de uma moradia unifamiliar?
A instalação de pares de cobre, entre a CEMU e o ATI, é obrigatória. Para as outras tecnologias, de cabo coaxial e fibra ótica, compete ao projetista efetuar um levantamento das redes públicas próximas do local onde vai ser construída a moradia, decidir quais as tecnologias que eventualmente poderão servir o edifício e, assim, decidir o tipo de cablagem a instalar entre a CEMU e o ATI (ver ponto 8 do Manual ITED2https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=995841).
-
3
Os cabos TVHV podem ser utilizados nas ITED?
Os cabos TVHV não garantem a categoria 6 mínima, necessária para os cabos de pares de cobre das ITED, pelo que a sua instalação é proibida.
-
4
Os cabos de fibras multimodo podem ser utilizados nas ITED?
Não, tal como o previsto no ponto 2.3.1.3 do Manual ITED2https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=995841. Podem, no entanto, ser utilizados em redes privativas de cliente que estejam ligadas às ITED, tal como acontece em edifícios de características especiais. Importa referir que uma rede privativa de cliente não é uma rede individual de cabos. Uma rede privativa é uma rede em que o conjunto de cabos, equipamentos e outros materiais são da propriedade exclusiva do cliente, enquanto uma rede individual de cabos é uma rede que é parte integrante das infraestruturas do edifício, destinada a servir um só utilizador.
-
5
Quem tem a obrigação de ligar o mastro das antenas à terra?
A ligação do mastro das antenas à terra é obrigatória, de acordo com o estabelecido no ponto 559.4 das regras técnicas das instalações elétricas de baixa tensão, aprovadas pela Portaria n.º 949-A/2006, de 11 de setembro. A referida ligação faz parte das instalações elétricas do edifício, estando a mesma a cargo do responsável pelas respetivas instalações elétricas atrás referidas.
-
6
A instalação ITED está preparada para a televisão digital terrestre (TDT)?
Sim. As especificações dos elementos constituintes da cablagem coaxial são absolutamente compatíveis com a TDT.
-
7
Qual a distribuição que deverá ser adotada para a implementação das redes de fibra ótica das ITED?
Deverá ser utilizada uma topologia em estrela, com recurso preferencial a cabos diretos desde o secundário do RG-FO até ao primário do RC-FO. Admite-se que possam também ser utilizados cabos multifibras (riser) nesta ligação.
-
8
Quais os tipos de conectores que podem ser utilizados nas redes de fibra ótica das ITED?
Tal como o referido ao longo do Manual ITED2https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=995841, devem ser utilizados conectores do tipo SC-APC, de modo a cumprir os requisitos das normas europeias, bem como com as características das interfaces com as redes dos operadores de comunicações eletrónicas.
-
9
Os edifícios residenciais são obrigados a instalar, na sala e na cozinha, 2 tomadas RJ45 e 1 tomada de televisão. No caso de existir uma divisão com as duas funções, como devo prever o número de tomadas a instalar?
As cozinhas integradas nas salas são consideradas kitchenettes, constituindo uma única divisão com uma dupla função. Torna-se necessário instalar nesse espaço, no mínimo, 2 tomadas de par de cobre e 1 tomada coaxial (ver as notas de rodapé da tabela 44, ponto 8, do Manual ITED2https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=995841).
-
10
A zona de acesso privilegiado (ZAP) deve ser instalada obrigatoriamente na sala?
A ZAP é obrigatória nos fogos residenciais, e deve ser instalada na divisão que o projetista melhor entender, salvaguardando as necessidades do dono da obra.
-
11
As redes de MATV e SMATV seguem obrigatoriamente uma topologia em estrela, tal como as redes de CATV?
Não. As redes de MATV e SMATV seguem a topologia adequada ao edifício.
-
12
A responsabilidade da instalação dos primários dos Repartidores Gerais (RG-PC, RG-CC e RG-FO) é de quem?
A instalação dos primários dos RG é da responsabilidade dos operadores públicos de comunicações eletrónicas. O armário de telecomunicações de edifício deve disponibilizar o espaço necessário para o efeito, considerando como mínimo a ligação de 2 redes por operador, em cada uma das 3 tecnologias (par de cobre, cabo coaxial e fibra ótica).
-
13
Os níveis de qualidade (NQ1, NQ2, NQ3) já não existem ou passaram a ter outro nome?
Os níveis de qualidade foram um suporte para as tecnologias presentes na 1.ª edição do Manual ITED. A 2.ª edição do Manual lida diretamente com as tecnologias, tal como previsto nas Normas Europeias, abandonando essa nomenclatura.
-
14
Quais os pontos de teste que devem ser tidos em conta para os vários ensaios das várias tecnologias?
- Tecnologia de cabos de pares de cobre: secundário do RG-PC até ao primário do RC-PC (armário de telecomunicações individual - ATI) e secundário do RC-PC (ATI) até à tomada de telecomunicações (TT).
- Tecnologia de cabos coaxiais: secundário do RG-CC até à TT.
- Tecnologia de cabos de fibra ótica: secundário do RG-FO até ao primário do RC-FO (ATI) e secundário do RC-FO (ATI) até à TT.
-
15
Como se deve proceder no caso de não ser possível garantir a classe E de ligação no canal entre o secundário do RG-PC e a tomada (Ethernet) da zona de acesso privilegiado (ZAP)?
Caso não seja possível garantir a classe E da ligação, pelo facto de as distâncias envolvidas não o permitirem, deverá garantir-se a classe D de ligação, como mínimo.
-
16
Quais são as dimensões da câmara de visita multioperador (CVM)?
O Manual ITED2https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=995841 não define dimensões mínimas para a CVM. As dimensões deverão ter em conta alguns elementos, nomeadamente, o tipo de câmara escolhida, se é pré-fabricada ou construída no local, se é partilhada por vários edifícios e quais as condicionantes existentes no local. Para a escolha da CVM deverá ter-se em conta o Manual ITUR 1.ª ediçãohttps://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=995829.
-
17
Quais são as necessidades que poderão obrigar a um ensaio de reflectometria?
A página 184 do Manual ITED2https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=995841 refere obrigatoriedade de medir a atenuação dos troços de cabos de fibras óticas, incluindo respetivos conectores e juntas. É referido também que tal medida poderá ser efetuada através de ensaios de perdas totais e de reflectometria (neste caso apenas quando necessário).
O ensaio de reflectometria não é obrigatório e só deverá ser executado nas situações em que se justifique, nomeadamente para a verificação do ponto exato de ocorrência de falha, quando o ensaio das perdas totais não seja bem sucedido, ou para a confirmação do comprimento do canal.
-
18
Poderei utilizar o ensaio com Optical Time Domain Reflectometer (OTDR) para verificação de um troço de cablagem com problemas?
Sim. O OTDR está adequado à confirmação do ponto da cablagem de fibra ótica que poderá estar com falhas, providenciando assim um ótimo mecanismo de resolução da situação.
-
19
É permitido a utilização de redes de fibra ótica utilizando conectores FC/APC, ou outro tipo de conector que não o SC/APC?
O Manual ITED2https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=995841 é claro na obrigatoriedade de utilização de fibras óticas monomodo com conectores SC/APC. Com o aparecimento de sistemas de distribuição de sinais de SMATV em fibra ótica, é permitido a utilização de redes de fibra ótica utilizando conectores FC/APC, ou outro tipo de conector que não o SC/APC?
Tal como previsto no Manual ITED2, as redes de fibra ótica só podem utilizar conectores do tipo SC-APC. No entanto, no sistema que é referido admite-se a utilização de conectores de outro tipo, pois não se trata de uma rede de fibra ótica do edifício, sendo apenas um troço de fibra ótica que é parte integrante da rede de cabos coaxiais.