Cálculo da dimensão da amostra

Recorrendo aos resultados do estudo de aferição da qualidade de serviço das redes móveis GSM realizado em 2002, estimou-se a variância das variáveis Terminação da Chamada, Estabelecimento da Chamada e Qualidade Áudio, para cada um dos aglomerados urbanos e eixos rodoviários, por operador móvel.

O Universo considerado foi o "Número de Chamadas GSM" por ano em Portugal Continental. As variâncias foram depois utilizadas para estimar a dimensão mínima da amostra (número de chamadas de teste) necessária para garantir a precisão E com um intervalo de confiança de 95%, por aglomerado urbano ou eixo rodoviário e por operador.

Foram testados vários valores de precisão E, quer em percentagem para a Terminação e Estabelecimento da Chamada, quer em escala 0,5 a 4,5 para a Qualidade Áudio, até obter o melhor compromisso precisão vs. dimensão da amostra. Os valores encontrados para E foram respectivamente +/-3% e +/-0,1. De notar que a partir de um determinado ponto os ganhos marginais de aumentar a dimensão da amostra são quase nulos.

Depois de converter o número de chamadas amostrais necessárias em cada aglomerado urbano ou eixo rodoviário para valores de tempo, os resultados apontavam invariavelmente para fracções de um dia de medidas. Considerando a necessidade de se analisar também a variável cobertura, arredondou-se esse valor para um dia inteiro de medidas na maioria dos casos. Na Grande Lisboa e Grande Porto as medidas decorreram durante 5 e 2,5 dias, respectivamente.

Previa-se, assim, que os resultados teriam, a 95% de confiança, uma precisão superior a +/-3% e +/-0,1, o que se veio a confirmar.

Conseguiu-se assim, optimizar a dimensão da amostra do estudo QoS-GSM e o consequente tempo de recolha de dados.