3. O consumidor residencial de comunicações eletrónicas


Descreve-se de seguida o perfil do consumidor residencial de serviços de comunicações eletrónicas, a adesão aos vários serviços e o nível de satisfação com os serviços prestados.

Para este efeito recorreu-se sobretudo ao Barómetro de Telecomunicações (BTC) desenvolvido pela Marktest – Marketing, Organização, Formação, Lda. (Marktest)2. São ainda utilizados dados de outros inquéritos, designadamente do INE (“Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias3), e da Comissão Europeia (“Information and Communication Technologies in households and by individuals”4 e “E-Communications and Telecom Single Market Household Survey5)1.

Notas
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1 O consumidor de referência é o agregado familiar residente no território nacional e em alojamento não coletivo quando se analisam individualmente os serviços STF, SAI, BLF e STVS, bem como os serviços em pacote. A análise dos serviços móveis individualmente (BLM e STM) e da penetração das várias combinações de serviços (não necessariamente integradas em pacote) incide sobretudo sobre o indivíduo residente em Portugal num alojamento privado.
O universo do BTC da Marktest e do E-Communications and Telecom Single Market Household Survey da Comissão Europeia incidem é constituído pelos indivíduos com 15 ou mais anos (à exceção do STM e da Internet no telemóvel que abrange os indivíduos com 10 ou mais anos no caso do BTC). O universo dos inquéritos do INE e Eurostat é constituído pelos indivíduos entre 16 e 74 anos. Segundo os dados mais recentes das estimativas anuais da população residente do INE, referentes a 2014, cerca de 9 por cento da população residente em Portugal tem idade inferior a 10 anos, 14 por cento idade inferior a 15 anos e cerca de 15 por cento idade inferior a 16 anos.
Para efeitos da análise das várias combinações de serviços (não necessariamente integradas em pacote) optou-se por considerar o indivíduo como unidade de análise na medida em que a utilização do STM e da BLM é efetuada ao nível do indivíduo. Desta forma, o acesso aos restantes serviços (serviço telefónico em local fixo, banda larga fixa e serviço de TV por subscrição) deve ser interpretado como a possibilidade de o indivíduo aceder aos respetivos serviços quando disponíveis no seu lar.
Os resultados apresentados com base no BTC da Marktest não contemplam os indivíduos que não dispõem de serviço telefónico, dado que esse inquérito é feito por via telefónica. O INE, com base no ICOR ? Inquérito às Condições de Vida e Rendimentos, estima que em 2014 não havia telefone fixo ou móvel em 2,5 por cento dos agregados familiares.