3.3 Evolução da penetração dos serviços de comunicações eletrónicas


Segundo o Barómetro de Telecomunicações (BTC) da Marktest a presença do serviço telefónico móvel entre os indivíduos com 10 ou mais anos atingiu os 95 por cento no 4º trimestre de 2015. O serviço telefónico fixo encontrava-se disponível em cerca de 80 por cento dos lares, seguindo-se o serviço de TV por subscrição (STVS) com uma penetração de 76 por cento e o serviço de acesso à Internet (SAI) com 74 por cento, nesse mesmo período.

O STVS e o SAI foram os que mais cresceram, em termos de penetração no segmento residencial, nos últimos anos.

Gráfico 2 – Penetração dos serviços de comunicações eletrónicas no mercado residencial

O STVS e o SAI foram os que mais cresceram, em termos de penetração no segmento residencial, nos últimos anos.

Unidade: %
Fonte: ANACOM, com base nos microdados do BTC da Marktest, 4T2012 a 4T2015
Base: STM - Indivíduos com 10 ou mais anos; STF, SAI e STVS - Lares com serviços de comunicações eletrónicas de voz (não tem em conta as não respostas).
Nota: Todas as estimativas são fiáveis (coeficiente de variação inferior a 10 por cento). A seta com orientação ascendente refere-se a um aumento estatisticamente significativo face ao período homólogo. Para maior detalhe, ver apêndice no final do capítulo.

De referir que o aumento da penetração dos vários serviços de comunicações em 2015 ocorreu sobretudo entre os consumidores pertencentes a grupos com menor propensão para dispor dos serviços, como se pode verificar no quadro seguinte. [Para maior detalhe, ver apêndice no final do capítulo].

A penetração de STM, SAI e STVS aumentou sobretudo nos grupos de classe social mais baixa e famílias isoladas (1 indivíduo). O grupo com menores níveis de escolaridade registou os maiores aumentos na penetração do STM e SAI.

Tabela 3 – Grupos com crescimento significativo na penetração de algum serviço de comunicações eletrónicas durante 2015

 

STM

SAI

STVS

%

Var.

 anual (p.p)

%

Var.

anual (p.p)

%

Var. anual (p.p)

Total

95,0

+0,6

74,2 ↑­

+3,7

75,8

+2,0

Classe social média baixa/baixa

92,7 ↑­

+1,7

61,9 ↑

+5,6

68,9 ↑

+3,3

Família com 1 indivíduo

93,7 ↑

+8,1

53,6 ↑

+10,0

59,9 ↑

+6,5

Família com 2 indivíduos

:

:

64,4 ↑

+5,7

:

:

Inferior ou igual ao 1º ciclo do EB

86,4 ↑­

+4,3

34,4 ↑­

+5,2

:

:

Unidade: %
Fonte: ANACOM, com base nos microdados do BTC da Marktest, 4.º trimestre de 2015
Base: STM - Indivíduos com 10 ou mais anos com serviços de comunicações eletrónicas de voz pertencente ao respetivo grupo; SAI e STVS – Lares com serviços de comunicações eletrónicas de voz pertencente ao respetivo grupo (não tem em conta as não respostas).
Nota: Todas as estimativas são fiáveis (coeficiente de variação inferior a 10 por cento). A seta com orientação ascendente refere-se a um aumento estatisticamente significativo face ao período homólogo. Para maior detalhe, ver apêndice no final do capítulo.



3.3.1 Penetração do serviço de acesso à Internet: banda larga fixa e banda larga móvel (Internet no telemóvel e Tablet/PC)

Também segundo o BTC da Marktest, no final de 2015 o serviço de acesso à Internet em banda larga fixa (BLF) encontrava-se disponível em 64 por cento dos lares. A penetração do serviço de acesso às Internet em banda larga móvel (BLM) era de 46 por cento entre os indivíduos com 15 ou mais anos e aumentou consideravelmente em 2015 (+9,5 pontos percentuais).

Gráfico 3 – Penetração dos serviços de banda larga fixa e banda larga móvel

A penetração do serviço de acesso às Internet em banda larga móvel (BLM) era de 46 por cento entre os indivíduos com 15 ou mais anos e aumentou consideravelmente em 2015 (+9,5 pontos percentuais).

Unidade: %
Fonte: ANACOM, com base nos microdados do BTC da Marktest, 4T2011 a 4T2015
Base: BLM - Indivíduos com 15 ou mais anos; BLF - Lares com serviços de comunicações eletrónicas de voz (não tem em conta as não respostas).
Nota 1: Todas as estimativas são fiáveis (coeficiente de variação inferior a 10 por cento). A seta com orientação ascendente refere-se a um aumento estatisticamente significativo face ao período homólogo.
Nota 2: A posse do serviço BLM exclui os casos de indivíduos que acedem à Internet pelo telemóvel exclusivamente por Wi-Fi diferindo dos resultados divulgados pela Marktest. Para maior detalhe, ver apêndice no final do capítulo.
Nota 3: Em fevereiro de 2015, o BTC mudou algumas questões no seu questionário, sendo necessário algumas reservas na comparação da variável BLM com anos anteriores.

Como se pode constatar no gráfico seguinte, a maioria dos inquiridos subscrevia simultaneamente o serviço de acesso fixo e o serviço de acesso móvel à Internet em banda larga (49,5 por cento, +12,1 pontos percentuais que no ano anterior). A utilização exclusiva de BLF entre clientes do serviço de acesso à Internet em banda larga era de 37,1 por cento. No caso do serviço de acesso à Internet em BLM, este valor era de 13,4 por cento.

Gráfico 4 – Distribuição dos indivíduos com serviço de acesso à Internet em banda larga, por tipo de acesso

A utilização exclusiva de BLF entre clientes do serviço de acesso à Internet em banda larga era de 37,1 por cento. No caso do serviço de acesso à Internet em BLM, este valor era de 13,4 por cento.

Unidade: %
Fonte: ANACOM, com base nos microdados do BTC da Marktest, 4T2015
Base: Indivíduos com 15 ou mais anos com serviço de comunicações eletrónicas de voz e com Internet em banda larga (não tem em conta as não respostas).
Nota 1: Os clientes de BLM e BLM no telemóvel excluem os casos de indivíduos que acedem à Internet pelo telemóvel exclusivamente por Wi-Fi diferindo dos resultados divulgados pela Marktest. Não se incluem os indivíduos que não sabem/não respondem qual a forma de acesso de Internet no telemóvel (exclusivamente por Wi-Fi, exclusivamente pela rede do prestador, ambos).
Nota 2: Em fevereiro de 2015, o BTC mudou algumas questões no seu questionário, sendo necessário algumas reservas na comparação desta variável com anos anteriores. 
Nota 3: Significado da sinalética das estimativas: (#) Estimativa não fiável; (*) Estimativa aceitável; (sem sinalética) Estimativa fiável. A seta com orientação ascendente refere-se a um aumento estatisticamente significativo face ao período homólogo e a seta com orientação descendente traduz uma diminuição estatisticamente significativa. Para maior detalhe, ver apêndice no final do capítulo.

Estima-se ainda que no final de 2015 cerca de 38,1 por cento dos indivíduos com 15 ou mais anos tinha BLM no telemóvel (+10 pontos percentuais que no ano anterior) e 19 por cento acedia à BLM através de outros equipamentos como tablet/PC (+1,9 pontos percentuais que no ano anterior).

Gráfico 5 – Penetração de BLM através de telemóvel e através de outros equipamentos (tablet/PC)

Estima-se ainda que no final de 2015 cerca de 38,1 por cento dos indivíduos com 15 ou mais anos tinha BLM no telemóvel (+10 pontos percentuais que no ano anterior) e 19 por cento acedia à BLM através de outros equipamentos como tablet/PC (+1,9 pontos percentuais que no ano anterior).

Unidade: %
Fonte: ANACOM, com base nos microdados do BTC da Marktest, 4T2012 a 4T2015
Base: Indivíduos com 15 ou mais anos (não inclui as não respostas)
Nota 1: Todas as estimativas são fiáveis (coeficiente de variação inferior a 10 por cento). A seta com orientação ascendente refere-se a um aumento estatisticamente significativo face ao período homólogo e a seta com orientação descendente traduz uma diminuição estatisticamente significativa.
Nota 2: A posse do serviço BLM através de telemóvel exclui os casos de indivíduos que acedem à Internet pelo telemóvel exclusivamente por Wi-Fi diferindo dos resultados divulgados pela Marktest. Para maior detalhe, ver apêndice no final do capítulo.
Nota 3: Em fevereiro de 2015, o BTC mudou algumas questões no seu questionário, sendo necessário algumas reservas na comparação da variável BLM com anos anteriores. 
Nota 4: BLM através de outros equipamentos (tablet/PC) - esta designação é da responsabilidade da ANACOM. A Marktest designa esta categoria por banda larga móvel, incluindo na mesma a “placa móvel USB”.

No final de 2015, quase 60 por cento dos clientes de BLM subscrevia exclusivamente o serviço de Internet no telemóvel (Gráfico 6).

Gráfico 6 – Distribuição dos indivíduos que têm banda larga móvel por equipamento de acesso

No final de 2015, quase 60 por cento dos clientes de BLM subscrevia exclusivamente o serviço de Internet no telemóvel.

Unidade: %
Fonte: ANACOM, com base nos microdados do BTC da Marktest, 4T2015
Base: Indivíduos com 15 ou mais anos com serviço de comunicações eletrónicas de voz e com banda larga móvel (não tem em conta as não respostas).
Nota 1: Os clientes de BLM e BLM no telemóvel excluem os casos de indivíduos que acedem à Internet pelo telemóvel exclusivamente por Wi-Fi diferindo dos resultados divulgados pela Marktest. Não se incluem os indivíduos que não sabem/não respondem qual a forma de acesso de Internet no telemóvel (exclusivamente por Wi-Fi, exclusivamente pela rede do prestador, ambos).
Nota 2: Em fevereiro de 2015, o BTC mudou algumas questões no seu questionário, sendo necessário algumas reservas na comparação desta variável com anos anteriores. 
Nota 3: Significado da sinalética das estimativas: (#) Estimativa não fiável; (*) Estimativa aceitável; (sem sinalética) Estimativa fiável. A seta com orientação ascendente refere-se a um aumento estatisticamente significativo face ao período homólogo e a seta com orientação descendente traduz uma diminuição estatisticamente significativa. Para maior detalhe, ver apêndice no final do capítulo.
Nota 4: BLM através de outros equipamentos (tablet/PC) - esta designação é da responsabilidade da ANACOM. A Marktest designa esta categoria por banda larga móvel, incluindo na mesma a “placa móvel USB”.

De referir que, de acordo com o “Estudo sobre a substituibilidade entre banda larga fixa e banda larga móvel1, promovido pela ANACOM, 68,1 por cento dos inquiridos considera a BLF complementar da BLM através de telemóvel. Por outro lado, uma ligeira maioria (50,6 por cento vs 49,4 por cento) considera que a BLF e a BLM através de Tablet/PC são substitutas.

Perfil do utilizador do serviço de acesso à Internet em banda larga fixa suportado em fibra ótica (FTTH/B)

A utilização da BLF suportada em fibra ótica tem vindo a crescer nos últimos anos. De acordo com a perceção do utilizador, no final de 2015, entre os consumidores que dispunham de BLF, cerca de 40 por cento dos lares dispunham de um acesso suportado em fibra ótica (+5,5 pontos percentuais do que no final do ano anterior a esse).

Gráfico 7 – Utilizadores residenciais do serviço de acesso Internet em BLF sobre fibra ótica

A utilização da BLF suportada em fibra ótica tem vindo a crescer nos últimos anos. De acordo com a perceção do utilizador, no final de 2015, entre os consumidores que dispunham de BLF, cerca de 40 por cento dos lares dispunham de um acesso suportado em fibra ótica (+5,5 pontos percentuais do que no final do ano anterior a esse).

Unidade: %
Fonte: ANACOM com base nos microdados do BTC da Marktest, 4T2011 a 4T2015
Bases: Total de lares com serviço de comunicações eletrónicas de voz que dispõem de Internet fixa (não tem em conta as não respostas).
Nota: Todas as estimativas são fiáveis (coeficiente de variação inferior a 10 por cento). A seta com orientação ascendente refere-se a um aumento estatisticamente significativo face ao período homólogo. Para maior detalhe, ver apêndice no final do capítulo.

Procedeu-se à identificação do perfil sociodemográfico e económico do consumidor de FTTH/B com base na estimação de um modelo econométrico de escolha discreta – logit2 recorrendo, para o efeito, aos microdados do Barómetro de Telecomunicações da Marktest.

Da análise efetuada conclui-se que3:

  • as famílias que residem nos grandes centros urbanos (Grande Lisboa e Grande Porto14) têm maior propensão para dispor do serviço de BLF através de fibra ótica. Este resultado é influenciado pelo facto da BLF em fibra ótica não se encontrar disponível em todo o território, de forma homogénea;
  • em 2015 a condição perante o trabalho revelou-se diferenciadora na caracterização deste tipo de consumo: os quadros superiores, os técnicos especializados e os pequenos proprietários são mais propensos a dispor de BLF suportada em fibra ótica;
  • tal como seria de esperar tendo em conta o tipo de ofertas disponíveis, os lares que dispõem de BLF em fibra ótica têm maior propensão para ter os serviços em pacote, destacando-se as ofertas mais utilizadas: tripla STF+TVS+BLF, quíntupla STF+TVS+BLF+BLM+STM e quádrupla STF+TVS+BLF+STM.

Face ao ano anterior, destacam-se alguns grupos sociodemográficos que aumentaram significativamente a subscrição de ofertas suportadas em de fibra ótica, designadamente4:

  • as famílias que residem no Litoral Norte14;
  • os respondentes de idades mais avançadas (superior ou igual a 55 anos) e com um nível de escolaridade inferior ou igual ao 1º ciclo do ensino básico ou 3º ciclo do ensino básico;
  • e, sobretudo, os respondentes na situação de pequenos proprietários.

3.3.2 Penetração do Internet: Portugal Vs U.E.

O “Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias” do INE relativo ao 1º trimestre de 2015 confirma que o nível de penetração SAI entre os agregados familiares em Portugal é de cerca de 70 por cento. No caso do serviço de acesso à Internet em banda larga fixa, o nível de penetração é de cerca de 61 por cento.

Gráfico 8 – Percentagem de agregados familiares com acesso à Internet, banda larga, banda larga fixa e banda larga móvel

O "Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias" do INE relativo ao 1º trimestre de 2015 confirma que o nível de penetração SAI entre os agregados familiares em Portugal é de cerca de 70 por cento. No caso do serviço de acesso à Internet em banda larga fixa, o nível de penetração é de cerca de 61 por cento.

Unidade: %
Fonte: INE/Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias, 2011 a 2015; Recolha efetuada no primeiro trimestre de cada ano.
Base: Agregados domésticos residentes no território nacional e em alojamentos não coletivos, com pelo menos um indivíduo entre os 16 e os 74 anos.

A penetração do serviço de acesso à Internet entre os agregados familiares portugueses encontra-se abaixo da média da UE28 em cerca de 13 pontos percentuais (registam-se igualmente diferenças significativas no que respeita ao serviço de acesso à Internet em banda larga fixa).

Gráfico 9 – Penetração do serviço de acesso à Internet, banda larga, banda larga fixa e banda larga móvel nos agregados familiares, 2015, Portugal e UE28

A penetração do serviço de acesso à Internet entre os agregados familiares portugueses encontra-se abaixo da média da UE28 em cerca de 13 pontos percentuais (registam-se igualmente diferenças significativas no que respeita ao serviço de acesso à Internet em banda larga fixa).

Unidade: %
Fonte: Eurostat, European ICT survey: "Information and Communication Technologies in households and by individuals" (2015); Recolha efetuada no primeiro trimester de 2015.
Base: Agregados domésticos residentes no território nacional e em alojamentos não coletivos, com pelo menos um indivíduo entre os 16 e os 74 anos.

Esta diferença resulta em parte do perfil do (não) utilizador da Internet em Portugal. É entre os grupos com menor propensão à utilização do serviço de acesso à Internet que a diferença face à U.E é mais significativa:

  • Entre a população reformada (e em outras situações de inatividade) Portugal encontra-se bastante abaixo da média da UE28 na utilização do serviço de acesso à Internet (-21 pontos percentuais).
     
    Por outro lado, a percentagem de utilizadores de Internet entre os indivíduos com um nível de escolaridade até ao 3.º ciclo é 10 pontos percentuais inferior à média da U.E. Pelo contrário, entre a população com um nível de habilitações literárias mais alto (sobretudo com o ensino secundário) Portugal destaca-se por estar bastante acima da média da UE28 (+13 pontos percentuais).
Tabela 4 – Percentagem de indivíduos com idade entre 16 e 74 anos que utilizaram Internet nos últimos 3 meses, Portugal e UE28

 

2014

2015

PT

UE28

Desvio face à UE28 (p.p)

PT

UE28

Desvio face à UE28 (p.p)

Nível de escolaridade

Até ao 3.º ciclo

44,7

55

-10

49,0

59

-10

Ensino secundário

94,4

82

12

95,6

83

13

Ensino superior

96,7

96

1

98,4

96

2

Condição perante o trabalho

Empregado

77,9

89

-11

80,9

90

-9

Desempregado

65,0

74

-9

67,0

77

-10

Estudante

99,5

98

2

99,5

98

2

Reformado e outros inativos

25,8

50

-24

32,3

53

-21

Unidade: %
Fonte: INE/Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias, 2014 e 2015; Eurostat, European ICT survey: "Information and Communication Technologies in households and by individuals" (2014 e 2015); Recolha efetuada no primeiro trimestre de 2014 e no primeiro trimestre de 2015.
Base: Indivíduos entre os 16 e os 74 anos.
Nota: A informação relativa a Portugal encontra-se arredondada às décimas por resultar da informação publicada pelo INE. A informação da UE28, +por ser publicada pelo Eurostat, está arredondada às unidades. Neste sentido, o desvio face à UE28 considerou o valor de Portugal arredondado à unidade.

Acresce que Portugal é o país da U.E. com a maior proporção de população com habilitações literárias iguais ou inferiores ao 3.º ciclo;

  • São também os indivíduos dos grupos etários mais altos que mais contribuem para a diferença de Portugal face à média da UE28. Entre os indivíduos com 55 e 64 anos a diferença atinge -24 pontos percentuais, enquanto no escalão mais jovem, a penetração em Portugal é mesmo superior à média;

Gráfico 10 – Percentagem de indivíduos com idade entre 16 e 74 anos que utilizaram Internet nos últimos 3 meses, Portugal e UE28

Percentagem de indivíduos com idade entre 16 e 74 anos que utilizaram Internet nos últimos 3 meses, Portugal e UE28.

Unidade: % 
Fonte: INE/Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias, 2015; Eurostat, European ICT survey: "Information and Communication Technologies in households and by individuals" (2015); Recolha efetuada no primeiro trimestre do ano.
Base: Indivíduos entre os 16 e os 74 anos.
Nota: Para maior detalhe, ver apêndice no final do capítulo.

Adicionalmente, entre os países da U.E., Portugal é o 4.º país com a maior proporção de população com idade superior a 45 anos;

  • De entre as famílias de mais baixos rendimentos - 1º e 2º quartis -, Portugal encontra-se 19 e 22 pontos percentuais abaixo da média da UE28, respetivamente, valores significativamente superiores aos registados nos restantes quartis.

Gráfico 11 – Agregados domésticos com ligação à Internet em casa, por quartis de rendimento, Portugal e UE28

De entre as famílias de mais baixos rendimentos - 1º e 2º quartis -, Portugal encontra-se 19 e 22 pontos percentuais abaixo da média da UE28, respetivamente, valores significativamente superiores aos registados nos restantes quartis.

Unidade: %
Fonte: Eurostat, European ICT survey: Information and Communication Technologies in households and by individuals, 2015
Base: Total de agregados familiares.
Nota: Para maior detalhe, ver apêndice no final do capítulo.

Como Portugal é o 7.º país da U.E. com maior taxa de risco de pobreza5, o peso dos escalões de rendimento com mais baixa penetração em Portugal é superior à média da U.E.;

  • De entre os indivíduos que vivem sozinhos e as famílias constituídas por dois adultos sem crianças, a diferença entre a penetração do serviço de acesso à Internet em Portugal e a média da UE28 é de -21 e -25 pontos percentuais, respetivamente. No caso dos agregados com crianças, a diferença é de -3 pontos percentuais;
Tabela 5 – Agregados domésticos com ligação à Internet em casa, por composição familiar, Portugal e UE28

 

2014

2015

PT

UE28

Desvio face UE28 (p.p)

PT

UE28

Desvio face UE28 (p.p)

Agregados sem crianças

55,7

76

-20

61,9

78

-16

  1 adulto sem crianças

39,8

68

-28

48,4

69

-21

  2 adultos sem crianças

46,6

77

-30

54,0

79

-25

  3 ou mais adultos sem crianças

83,2

90

-7

86,2

92

-6

Agregados com crianças

88,0

94

-6

91,9

95

-3

  1 adulto com crianças

87,3

91

-4

90,3

92

-2

  2 adultos com crianças

87,9

95

-7

92,1

95

-3

  3 ou mais adultos com crianças

88,5

92

-3

92,0

94

-2

Unidade: %
Fonte: INE/Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias, 2014 e 2015; Eurostat, European ICT survey: "Information and Communication Technologies in households and by individuals" (2014 e 2015); Recolha efetuada no primeiro trimestre do ano.
Base: Agregados domésticos residentes no território nacional e em alojamentos não coletivos, com pelo menos um indivíduo entre os 16 e os 74 anos.
Nota: A informação relativa a Portugal encontra-se arredondada às décimas por resultar da informação publicada pelo INE. A informação da UE28, por ser publicada pelo Eurostat, está arredondada às unidades. Neste sentido, o desvio face à UE28 considerou o valor de PT arredondado à unidade.

3.3.3 Utilização de serviços telefónicos no lar: STF + STM

Segundo o Barómetro de Telecomunicações (BTC) da Marktest, de entre os indivíduos que dispunham de acesso ao serviço telefónico no final de 2015, cerca de 73,9 por cento tinham os dois tipos de acesso (STF e STM), 21,3 por cento utilizavam apenas o STM e 4,9 por cento utilizavam apenas o STM. Os valores apurados são semelhantes aos registados em 2014.

Gráfico 12 – Posse do serviço telefónico por tipo de acesso

Segundo o Barómetro de Telecomunicações (BTC) da Marktest, de entre os indivíduos que dispunham de acesso ao serviço telefónico no final de 2015, cerca de 73,9 por cento tinham os dois tipos de acesso (STF e STM), 21,3 por cento utilizavam apenas o STM e 4,9 por cento utilizavam apenas o STM. Os valores apurados são semelhantes aos registados em 2014.

Unidade: %
Fonte: ANACOM, com base nos microdados do BTC da Marktest, 4T2011 a 4T2015.
Base: Indivíduos com 15 ou mais anos com acesso ao serviço telefónico (não tem em conta as não respostas).
Nota 1: Todas as estimativas são fiáveis (coeficiente de variação inferior a 10 por cento). A precisão das estimativas não depende somente da dimensão amostral, sendo também influenciada pelo valor da própria estimativa (ex.: para uma dimensão amostral fixa, a fiabilidade medida pelo coeficiente de variação é tanto menor quanto menor for o valor da estimativa).
Nota 2: A seta com orientação ascendente refere-se a um aumento estatisticamente significativo entre o momento t-1 e t e a seta com orientação descendente traduz uma diminuição estatisticamente significativa entre esses dois momentos.

Segundo o inquérito da Comissão Europeia E-Communications and Telecom Single Market Household Survey de janeiro de 2014, entre os indivíduos com 15 ou mais anos com o serviço telefónico, a utilização conjunta do STM e do STF em Portugal era ligeiramente inferior à média da UE28 (61 por cento contra 63 por cento). No entanto, face ao ano anterior, Portugal foi o país da UE que registou o maior crescimento relativo da utilização conjunta destes dois tipos de serviço de voz (+5 pontos percentuais).

Gráfico 13 – Posse do serviço telefónico por tipo de acesso, Portugal e UE28

Segundo o inquérito da Comissão Europeia E-Communications and Telecom Single Market Household Survey de janeiro de 2014, entre os indivíduos com 15 ou mais anos com o serviço telefónico, a utilização conjunta do STM e do STF em Portugal era ligeiramente inferior à média da UE28 (61 por cento contra 63 por cento). No entanto, face ao ano anterior, Portugal foi o país da UE que registou o maior crescimento relativo da utilização conjunta destes dois tipos de serviço de voz (+5 pontos percentuais).

Unidade: %
Fonte: E-Communications and Telecom Single Market Household Survey, Special Eurobarometer 414/Wave EB81.1 – TNS Opinion & Social; Trabalho de campo: janeiro 2014; Publicação CE: março de 2014.
Base: Indivíduos com 15 ou mais anos com o serviço telefónico fixo ou o serviço telefónico móvel.
Nota: Para maior detalhe, ver apêndice no final do capítulo.

Perfil do utilizador de smartphone

No final do ano em análise, a penetração de smartphones atingiu os 66,7 por centro entre os utilizadores de telemóvel com 10 ou mais anos. Este valor tem vindo a aumentar nos últimos anos, tendo o maior aumento registado, até à data, ocorrido em 2015 (+14,3 pontos percentuais).

Gráfico 14 – Penetração de smartphones no mercado residencial

No final do ano em análise, a penetração de smartphones atingiu os 66,7 por centro entre os utilizadores de telemóvel com 10 ou mais anos. Este valor tem vindo a aumentar nos últimos anos, tendo o maior aumento registado, até à data, ocorrido em 2015 (+14,3 pontos percentuais).

Unidade: %
Fonte: ANACOM com base nos microdados do BTC da Marktest, 4T2012 a 4T2015
Bases: Indivíduos com 10 ou mais anos com serviço STM (não inclui as não respostas).
Nota: Significado da sinalética das estimativas: (#) Estimativa não fiável; (*) Estimativa aceitável; (sem sinalética) Estimativa fiável. A seta com orientação ascendente refere-se a um aumento estatisticamente significativo face ao período homólogo  e a seta com orientação descendente traduz uma diminuição estatisticamente significativa. Para maior detalhe, ver apêndice no final do capítulo.

O facto de o indivíduo aceder ao STM através de um smartphone encontra-se moderadamente associado à sua idade, à condição perante o trabalho e ao nível de escolaridade (coeficiente de V Cramer17 de 0,524, 0,470 e 0,467 respetivamente, no 4.º trimestre de 2015).
A maioria dos utilizadores de smartphone pertence aos escalões etários entre os 15 e os 34 anos e aos níveis escolaridade mais elevados (ensino secundário e superior).

Gráfico 15 – Percentagem de indivíduos que dispõem do STM através de um smartphone por nível de escolaridade e escalão etário

A maioria dos utilizadores de smartphone pertence aos escalões etários entre os 15 e os 34 anos e aos níveis escolaridade mais elevados (ensino secundário e superior).

Unidade: %
Fonte: ANACOM com base nos microdados do BTC da Marktest, 4T2015.
Base: Indivíduos com 10 ou mais anos que dispõem de telemóvel segundo a respetiva característica (não inclui as não respostas).
Nota: Significado da sinalética das estimativas: (#) Estimativa não fiável; (*) Estimativa aceitável; (sem sinalética) Estimativa fiável. A seta com orientação ascendente refere-se a um aumento estatisticamente significativo face ao período homólogo  e a seta com orientação descendente traduz uma diminuição estatisticamente significativa. Para maior detalhe, ver apêndice no final do capítulo.

Verificou-se uma subida significativa na posse de smartphone em todas as categorias analisadas, tendo sido mais expressiva nos grupos etários de 10 a 14 anos e 45 a 54 anos e entre os indivíduos com o 2º ciclo do ensino básico6.

Por outro lado, a penetração dos smartphones é maior entre os estudantes e entre os indivíduos pertencentes a agregados familiares de classes sociais mais elevadas7.

Gráfico 16 – Percentagem de indivíduos que dispõem do STM através de smartphones por classe social e condição perante o trabalho

Verificou-se uma subida significativa na posse de smartphone em todas as categorias analisadas, tendo sido mais expressiva nos grupos etários de 10 a 14 anos e 45 a 54 anos e entre os indivíduos com o 2º ciclo do ensino básico.

Unidade: %
Fonte: ANACOM com base nos microdados do BTC da Marktest, 4T2015
Base: Indivíduos com 10 ou mais anos que dispõem de telemóvel segundo a respetiva característica (não inclui as não respostas).
Nota: Significado da sinalética das estimativas: (#) Estimativa não fiável; (*) Estimativa aceitável; (sem sinalética) Estimativa fiável. A seta com orientação ascendente refere-se a um aumento estatisticamente significativo face ao período homólogo  e a seta com orientação descendente traduz uma diminuição estatisticamente significativa. Para maior detalhe, ver apêndice no final do capítulo.

3.3.4 Utilização residencial de serviços over-the-top (OTT)

O inquérito do Eurostat "Information and Communication Technologies in households and by individuals" indica que, no início de 2015, a percentagem de indivíduos que efetuaram chamadas de voz ou de vídeo pela Internet (entre os indivíduos com idade entre 16 e 74 anos e que utilizaram Internet nos primeiros três meses) rondava os 37 por cento (valor idêntico à média da UE28).

Embora a utilização destes serviços tenha tido um impulso em 2012 e 2013, em 2015 manteve-se estável.

Gráfico 17 – Evolução da percentagem de utilizadores do serviço de acesso à Internet que efetuaram chamadas de voz ou de vídeo pela Internet, Portugal e UE28

Embora a utilização destes serviços tenha tido um impulso em 2012 e 2013, em 2015 manteve-se estável.

Unidade: %.
Fonte: Eurostat, European ICT survey: "Information and Communication Technologies in households and by individuals" (2014 e 2015); Recolha efetuada no primeiro trimestre do ano.
Base: Indivíduos com idade entre 16 e 74 anos que utilizaram Internet nos primeiros três meses do ano.

De acordo com o Barómetro de Telecomunicações da Marktest, entre os utilizadores de Internet com 15 ou mais anos, a utilização de chamadas de voz pela Internet foi de 49 por cento no 4º trimestre de 2015. Os serviços instant messaging e de vídeo online são ainda mais utilizados (71 e 68 por cento dos utilizadores de Internet utilizava estes serviços, respetivamente). Durante 2015, e segundo esta fonte, registou-se um aumento na utilização dos serviços instant messaging e chamadas de voz pela Internet, entre os utilizadores do serviço de acesso à Internet.

Gráfico 18 – Serviços over-the-top (OTT) utilizados pelos clientes de Internet

Durante 2015, e segundo esta fonte, registou-se um aumento na utilização dos serviços instant messaging e chamadas de voz pela Internet, entre os utilizadores do serviço de acesso à Internet.

Unidade: %
Fonte: ANACOM, com base nos microdados do BTC da Marktest, 2T2015 e 4T2015.
Base: Indivíduos com 15 ou mais anos residentes em lares com acesso à Internet e que utilizam Internet
Nota 1: Todas as estimativas são fiáveis (coeficiente de variação inferior a 10 por cento). A precisão das estimativas não depende somente da dimensão amostral, sendo também influenciada pelo valor da própria estimativa (ex.: para uma dimensão amostral fixa, a fiabilidade medida pelo coeficiente de variação é tanto menor quanto menor for o valor da estimativa).
Nota 2: A seta com orientação ascendente refere-se a um aumento estatisticamente significativo entre o momento t-1 e t e a seta com orientação descendente traduz uma diminuição estatisticamente significativa entre esses dois momentos.

Restringindo a análise aos utilizadores de telemóvel com 10 ou mais anos, a utilização de chamadas de voz pela Internet e dos serviços instant messaging registam um crescimento nos últimos trimestres. As chamadas de voz pela Internet atingiram os 22 por cento no 4º trimestre de 2015 e os serviços de instant messaging, os mais utilizados, atingiram os 39 por cento8.

Gráfico 19 – Evolução da percentagem de utilizadores de telemóvel que utilizam serviços OTT (chamadas de voz e messaging)

Restringindo a análise aos utilizadores de telemóvel com 10 ou mais anos, a utilização de chamadas de voz pela Internet e dos serviços instant messaging registam um crescimento nos últimos trimestres. As chamadas de voz pela Internet atingiram os 22 por cento no 4º trimestre de 2015 e os serviços de instant messaging, os mais utilizados, atingiram os 39 por cento.

Unidade: %.
Fonte: ANACOM com base nos microdados do BTC da Marktest, 2T2013 - 4T2015.
Base: Indivíduos com 10 ou mais anos com telemóvel.
Nota: Todas as estimativas são fiáveis (coeficiente de variação inferior a 10 por cento). A precisão das estimativas não depende somente da dimensão amostral, sendo também influenciada pelo valor da própria estimativa (ex.: para uma dimensão amostral fixa, a fiabilidade medida pelo coeficiente de variação é tanto menor quanto menor for o valor da estimativa).

Segundo o “Estudo sobre Serviços de Aplicações e Conteúdos (Over-The-Top – OTT)” promovido recentemente pela ANACOM9, os principais motivos para a utilização destes serviços prendem-se com a facilidade de acesso (sendo apenas necessário uma ligação à Internet) e com as funcionalidade inerentes, acrescendo ainda o “número de pessoas que já estão ligadas ao serviço” no caso do serviço de instant messaging.

Entre os inquiridos, o Skype foi a marca mais utilizada em chamadas de voz/vídeo pela Internet e o Facebook Messenger na utilização do serviço instant messaging. Globalmente o tempo médio despendido na utilização destes serviços é superior aos fins de semana, especialmente no período das 19h às 7h.

Este estudo registou ainda uma maior satisfação média na utilização de serviços instant messaging (8,3 pontos) do que na utilização de chamadas de voz/vídeo pela Internet (7,7 e 7,6 pontos). As “quebras de ligação” foi um dos principais motivos de insatisfação na utilização de todos os serviços OTT analisados. No caso específico das chamadas de voz/vídeo pela Internet acresce ainda a “qualidade do serviço /qualidade dos resultados de busca” e no caso dos serviços de instant messaging destacou-se também o “delay na transmissão de dados”.

A grande maioria destes serviços é utilizada de forma gratuita e os seus utilizadores manifestaram não estar dispostos a pagar por eles.

Perfil do consumidor de serviços over-the-top (OTT)

Procedeu-se à identificação do perfil sociodemográfico e económico do consumidor de alguns serviços OTT (utilizadores de chamadas de voz pela Internet e utilizadores de instant messaging) entre os utilizadores de Internet, com base na estimação de um modelo econométrico de escolha discreta – logit10 recorrendo, para o efeito, aos microdados do Barómetro de Telecomunicações da Marktest relativos ao 4º trimestre de 2015.

Da análise efetuada conclui-se que11:

  • os indivíduos com mais serviços, sobretudo os cinco serviços STM+STF+BLF+BLM+STVS, têm maior propensão para utilizarem os serviços OTT (tanto instant messaging como chamadas pela Internet);

Gráfico 20 – Serviços de CE utilizados pelos principais utilizadores de serviços over-the-top (OTT)

Os indivíduos com mais serviços, sobretudo os cinco serviços STM+STF+BLF+BLM+STVS, têm maior propensão para utilizarem os serviços OTT (tanto instant messaging como chamadas pela Internet).

Unidade: %
Fonte: ANACOM, com base nos microdados do BTC da Marktest, 4T2015
Base: Indivíduos com 15 ou mais anos residentes em lares com acesso à Internet e que utilizam Internet de acordo com os serviços em causa (não inclui as não respostas)
Nota: Todas as estimativas são fiáveis (coeficiente de variação inferior a 10 por cento). Para maior detalhe, ver apêndice no final do capítulo.

  • os indivíduos com Internet no telemóvel também registaram uma elevada propensão para a utilização destes dois serviços;
  • o escalão etário12 é a característica sociodemográfica que mais diferencia os indivíduos no que respeita à utilização de serviços OTT. Os mais jovens são mais propensos à utilização destes serviços, destacando-se o grupo com menos de 35 anos no caso das chamadas pela Internet e o grupo com menos de 45 anos no caso dos serviços instant messaging;

Gráfico 21 – Percentagem de utilizadores de Internet que utilizam serviços OTT (chamadas de voz e messaging) por escalão etário

O escalão etário é a característica sociodemográfica que mais diferencia os indivíduos no que respeita à utilização de serviços OTT. Os mais jovens são mais propensos à utilização destes serviços, destacando-se o grupo com menos de 35 anos no caso das chamadas pela Internet e o grupo com menos de 45 anos no caso dos serviços instant messaging.

Unidade: %.
Fonte: ICP-ANACOM com base nos microdados do BTC da Marktest, 2T2013 - 4T2015
Base: Indivíduos com 15 ou mais anos residentes em lares com acesso à Internet e que utilizam Internet de acordo com os serviços em causa (não inclui as não respostas)
Nota: Todas as estimativas são fiáveis (coeficiente de variação inferior a 10 por cento). Para maior detalhe, ver apêndice no final do capítulo.

  • no caso da utilização de chamadas pela Internet, os indivíduos das classes sociais mais elevadas são mais propensos à utilização deste serviço, facto que estará correlacionado com o nível de escolaridade e literacia digital destes indivíduos.

[Para maior detalhe, consultar o apêndice no final do capítulo.13]

Sublinha-se que entre os mais jovens (16 a 24 anos), Portugal se encontra acima da média da UE28 na utilização de chamadas de voz ou vídeo entre os utilizadores de Internet (+4 pontos percentuais).

A diferença face à U.E também é mais significativa entre os estudantes e indivíduos com maior nível de escolaridade (com o ensino secundário e superior). As diferenças variam entre + 6 e + 4 pontos percentuais.

Tabela 6 – Percentagem de utilizadores de Internet que efetuaram chamadas de voz ou vídeo pela Internet, por escalão etário, nível de escolaridade e condição perante o trabalho, Portugal e UE28

 

2014

2015

PT

UE28

Desvio face à UE28 (p.p)

PT

UE28

Desvio face à UE28 (p.p)

Escalão etário

   16 a 24 anos

53

49

4

52

48

4

   25 a 34 anos

43

44

-1

41

44

-3

   35 a 44 anos

32

36

-4

34

36

-2

   45 a 54 anos

30

29

1

30

30

0

   55 a 64 anos

29

29

0

33

29

4

   65 a 74 anos

34

27

7

28

28

0

Nível de escolaridade

Até ao 3.º ciclo

31

33

-2

29

32

-3

Ensino secundário

39

33

6

40

34

6

Ensino superior

46

45

1

48

44

4

Condição perante o trabalho

Empregado

36

36

0

35

36

-1

Desempregado

29

35

-6

35

34

1

Estudante

59

54

5

58

54

4

Reformado e outros inativos

30

29

1

30

30

0

Unidade: %
Fonte: Eurostat, European ICT survey: "Information and Communication Technologies in households and by individuals" (2014 e 2015); Recolha efetuada no primeiro trimestre do ano.
Base: Indivíduos com idade entre 16 e 74 anos que utilizaram Internet nos primeiros três meses do ano de acordo com a respetiva característica.

Notas
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1 Vd. página 135, figura 79, disponível em Estudo sobre a substituibilidade entre banda larga fixa e banda larga móvelhttps://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1378677.
2 Este tipo de modelo permite identificar de forma integrada os fatores que distinguem os agregados familiares com acesso de fibra ótica. A variável dependente é uma variável binária que pode tomar o valor “1” no caso de o lar dispor de acesso à Internet fixa sobre fibra ótica ou “0” no caso contrário. A unidade de observação considerada é o lar e a amostra é constituída pela totalidade de lares com acesso fixo à Internet (2 328 entrevistas). Enquanto variáveis explicativas, consideraram-se as variáveis discretas da região Marktest (ver nota anterior), classe social, escalão etário, sexo, nível de escolaridade, condição perante o trabalho, dimensão familiar e tipo de ofertas multiple play. Na nota de rodapé 65 da Situação das Comunicações de 2011 descreve-se de forma mais detalhada a metodologia utilizada (modelo logit).
3 Esta análise é da responsabilidade da ANACOM, com base nos dados do 4º trimestre de 2015.
4 Ver apêndice: Caracterização do consumidor do serviço de acesso à Internethttps://www.anacom.pt/render.jsp?categoryId=385492.
5 Segundo o Eurostat, EU statistics on income and living conditions (EU-SILC), 2014.
6 Para maior detalhe, ver apêndice: Caracterização do consumidor do serviço telefónico móvelhttps://www.anacom.pt/render.jsp?categoryId=385492.
7 O acesso ao STM através de um smartphone apresenta um grau de associação reduzida com a classe social do indivíduo (coeficiente de V Cramer de 0,284).
8 A pergunta no inquérito refere-se aos “serviços que costuma utilizar através do telemóvel”.
9 Este estudo apresenta um grupo de análise do lado da procura. Para o efeito realizou-se um inquérito junto dos utilizadores de Internet através de computador e/ou telemóvel inteligente/tablet com idade superior ou igual a 16 anos. Efetuou-se uma amostragem probabilística selecionada a partir de um painel online, o qual conta com cerca de 100000 utilizadores de Internet em Portugal. Foram realizadas 5367 entrevistas online de acordo com a distribuição da população de utilizadores de Internet. O trabalho de campo foi realizado entre o dia 8 de setembro e 3 de outubro de 2015. A análise apresentada resulta deste inquérito.
10 Este tipo de modelo permite identificar de forma integrada os fatores que distinguem os utilizadores de serviços como “chamadas de voz pela Internet” e “instant messaging” entre os utilizadores de Internet. A variável dependente é uma variável binária que pode tomar o valor 1 no caso de o indivíduo utilizar o respetivo serviço OTT ou 0 no caso contrário. A unidade de observação considerada é o indivíduo com 15 ou mais anos residente em lares com acesso à Internet e que utilizam Internet (2360 entrevistas excluindo as não respostas). Enquanto variáveis explicativas consideraram-se as variáveis discretas da região Marktest, classe social, escalão etário, nível de escolaridade, condição perante o trabalho, dimensão familiar, tipo de ofertas multiple play, combinação de BLF e BLM, existência de BLM no telemóvel, número de serviços, combinação de serviços e combinação de BLM tablet/PC e BLM no telemóvel. Na nota de rodapé 65 da Situação das Comunicações de 2011 descreve-se de forma mais detalhada a metodologia utilizada (modelo logit).
11 Esta análise é da responsabilidade da ANACOM.
12 Também através da análise do coeficiente V de Cramer se pode verificar que entre as variáveis de caracterização sociodemográfica analisadas o escalão etário é a que mais se associa à utilização dos serviços over-the-top (coeficiente V de Cramer de 0,321 na utilização de serviços de Instant Messaging e 0,196 na utilização de chamadas de voz pela Internet).
13 Apêndice: Caracterização do consumidor de serviços over-the-topover-the-tophttps://www.anacom.pt/render.jsp?categoryId=385492.