Estudo de avaliação do serviço de acesso à Internet - banda larga


Divulga-se hoje o relatório do terceiro estudo global de aferição da qualidade do serviço de acesso à Internet através de banda larga, na perspectiva do utilizador residencial/particular, levado a cabo pela ANACOM em parceria com QMETRICS e em colaboração com a FCCN - Fundação para a Computação Científica Nacional.

Este estudo realizou-se entre 5 de Novembro e 21 de Dezembro de 2008, para os acessos móveis, e entre 30 de Outubro de 2008 e 8 de Fevereiro de 2009, para os acessos fixos, tendo integrado os três operadores móveis com tecnologia de acesso UMTS (Optimus/Sonaecom, TMN e Vodafone) bem como os quatro prestadores de acesso à Internet (ISP - Internet Service Providers), que, no conjunto, representam cerca de 90% de quota de mercado para o acesso fixo, cabo e ADSL (Cabovisão, Clix/Sonaecom, Sapo/PT e Zon/TV Cabo).

Das principais conclusões do estudo destacam-se as velocidades de download atingidas para os servidores internacionais, para ambos os tipos de acesso (fixo e móvel), que tendem a convergir, tendência que se acentua para Seattle (destino mais remoto). No entanto, as rotas internacionais são a principal causa de dispersão dos valores aferidos para a velocidade de download registada para os acessos fixos, com prejuízo na média final para todos os destinos.

Em oposição ao verificado para as velocidades de download para transferência de ficheiros, as velocidades de upload da tecnologia móvel são superiores às disponibilizadas pela tecnologia fixa.

Em geral, os acessos fixos proporcionam tempos médios de download de página inferiores à tecnologia móvel, ainda que, para ambos os tipos de acesso, estejam muito abaixo do limiar do desconforto, proporcionando uma boa experiência de navegação na Internet.

O principal factor diferenciador, em termos de resultados, entre as tecnologias fixa e móvel, centra-se na latência de rede (atraso de transmissão dos pacotes IP), cuja influência em aplicações interactivas como o VoIP e online gaming é muito significativa.

Este estudo contou ainda com o envolvimento APRITEL – Associação dos Operadores de Telecomunicações, da DGC – Direcção Geral do Consumidor e dos fornecedores do serviço de acesso à Internet (ISP e operadores móveis), objecto da análise, cujos comentários foram considerados na definição da metodologia.


Consulte: