Natal não impede quebra do serviço postal face a 2010


O tráfego total dos serviços postais aumentou 3,1 por cento durante o 4.º trimestre de 2011 (4T11) relativamente ao trimestre anterior, atingindo cerca de 255,8 milhões de objetos. Esta subida está em linha com o aumento sazonal do volume de tráfego que caracteriza o 4.º trimestre de cada ano. Contudo, em comparação com o trimestre homólogo de 2010, o tráfego total caiu 8,6 por cento. As variações ocorridas encontram-se ligeiramente abaixo do intervalo de previsão resultante da tendência histórica e dos efeitos sazonais acima mencionados.

Analisando o destino dos objetos distribuídos, 96,2 por cento destinaram-se ao mercado nacional, enquanto os restantes 3,8 por cento foram expedidos para o mercado internacional.

Por tipo de objeto, cerca de 97,5 por cento do tráfego postal diz respeito a correspondências (nas quais se incluem também a publicidade endereçada e o correio editorial). As correspondências aumentaram 3,2 por cento no trimestre e diminuíram 8,7 por cento face ao 4T10. As encomendas, que aumentaram 2,3 por cento face ao trimestre anterior e diminuíram 5,7 por cento em termos homólogos, representam apenas 2,5 por cento do tráfego total.

No trimestre em análise, o tráfego da área liberalizada atingiu 22,2 por cento do total de envios postais, traduzindo um aumento de 7,3 por cento em comparação com o 3T11. Relativamente ao trimestre homólogo do ano anterior, o comportamento foi oposto, verificando-se uma diminuição de 6,9 por cento. Comparativamente com o 4.º trimestre de 2006 (ano da entrada em vigor da 2.ª fase da liberalização postal), o tráfego postal liberalizado diminuiu cerca de 20,9 por cento.

No período em questão, dos cerca de 56,7 milhões de objetos postais explorados em regime liberalizado, 7,1 milhões enquadravam-se na categoria de correio expresso, enquanto os restantes 49,6 milhões integravam as outras categorias de serviços. O correio expresso representa assim cerca de 12,6 por cento do total do tráfego explorado em concorrência, enquanto as restantes categorias constituíam 87,4 por cento do total de tráfego liberalizado.

No respeita à estrutura da oferta, no 4T11, verifica-se que as empresas do Grupo CTT detinham uma quota de tráfego de 31,9 por cento no correio expresso e de 93,7 por cento nos serviços não enquadrados na categoria de correio expresso.

Em termos de receitas, o encaixe total dos serviços postais atingiu cerca de 187,9 milhões de euros, dos quais 66,9 por cento referem-se a receitas de serviços explorados em concorrência e os restantes 33,1 por cento a receitas referentes à área reservada.


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