Iniciativa i2010 em balanço


Mais de metade dos europeus (cerca de 250 milhões de cidadãos) utilizam com regularidade a Internet, dos quais 80 por cento recorrem a ligações de acesso em banda larga. Estas são algumas das conclusões avançadas pela Comissão Europeia (CE) na Comunicação ''Preparing Europe's digital future - i2010 Mid-Term Review'', divulgada a 18 de Abril de 2008, sobre os resultados obtidos até ao momento com a iniciativa i2010, que reflecte a estratégia da União Europeia (UE) para o crescimento económico e o emprego baseado nas tecnologias digitais.

«É francamente uma boa notícia o facto de 77 por cento das empresas europeias, 67 por cento das escolas e 40 por cento dos médicos disporem neste momento de ligações rápidas em banda larga», considerou Viviane Reding, Comissária europeia para a Sociedade da Informação e Media, não deixando, contudo, de alertar para necessidade de corrigir as assimetrias existentes na UE, nomeadamente nas regiões rurais e remotas.

A CE considera que a iniciativa i2010 fez surgir novos projectos comunitários em matéria de regulamentação, investigação e parcerias público-privadas, que começam a dar frutos. De acordo com a Comunicação, 60 por cento dos serviços públicos da UE estão online e 96 por cento das escolas europeias encontram-se ligadas à Internet, dois terços das quais com acessos em banda larga. Na área da saúde, 57 por cento dos médicos enviam ou recebem dados dos pacientes, contra 17 por cento em 2002, e 46 por cento dos clínicos recebem os resultados dos laboratórios por via electrónica (11 por cento em 2002).

Embora considere que a UE está em boa posição para colher os benefícios económicos das tecnologias da informação e comunicação (TIC), a CE identifica no seu relatório um conjunto de desafios para 2008, destacando-se os seguintes:

  • Desenvolver um índice de performance da banda larga e convidar os Estados-Membros a estabelecer metas nacionais de 30 por cento de taxa de penetração na utilização de Internet de alta velocidade, até 2010;
     
  • Preparar a sociedade da informação para a futura economia baseada na Internet através da publicação de uma Comunicação sobre o futuro das redes e da Internet;
     
  • Facilitar a transição para novas redes através da publicação de uma Recomendação sobre acessos de nova geração;
     
  • Promover a Internet das coisas (Internet of things), através de uma Recomendação sobre identificação por radiofrequência (RFID);
     
  • Propor um conjunto de acções para facilitar a transição para o novo protocolo Internet, o IPv6;
     
  • Incentivar a utilização das TIC, com a publicação de um Guia dos direitos e obrigações dos utilizadores das tecnologias digitais.

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