SUMÁRIO EXECUTIVO
TESTES NO NET.MEDE
663 mil testes à velocidade dos acessos à Internet durante o ano 2023, sobretudo em acessos fixos
Em 2023 foram realizados, no NET.mede, cerca de 663 mil testes à velocidade dos acessos à Internet (em média, 1818 testes diários).
O número de testes realizados no NET.mede diminuiu 11% face a 2022 (menos 79 mil testes). Os anos de 2020 e 2021 foram marcados por um maior número de testes à velocidade na sequência das restrições associadas à pandemia da COVID-19 que contribuíram para uma maior procura do serviço NET.mede por parte dos utilizadores.
A distribuição dos testes por tipo de acesso (65% realizados em acessos fixos residenciais e 26% em acessos móveis) alterou-se sobretudo devido à diminuição do número de testes realizados através de acessos fixos nacionais (-69 mil ou -14%).
Os testes em acessos fixos residenciais mantiveram uma maior utilização entre as 16 e as 22 horas. No caso dos acessos móveis, as horas com maior número de testes registaram-se no período da manhã (10-11 horas) e no período da tarde (15-16 horas).
Generalidade dos concelhos de Portugal registaram testes à velocidade
Durante o ano de 2023, foram apurados testes de velocidade associados a acessos fixos residenciais e acessos fixos móveis em quase todos os concelhos de Portugal (307 e 306 concelhos, respetivamente).
As regiões da Área Metropolitana de Lisboa e Norte registaram o maior número de testes tanto no caso dos acessos fixos como no caso dos acessos móveis.
Lisboa foi o concelho com o maior número de testes à velocidade no ano 2023, quer em acessos fixos residenciais quer em acessos móveis. Sintra foi o segundo concelho com mais testes em acessos fixos residenciais e Porto em acessos móveis.
RESULTADOS DOS TESTES EFETUADOS
Metade dos testes à velocidade realizados em 2023 atingiram, no download, pelo menos 158 Mbps nos acessos fixos residenciais e 17 Mbps nos acessos móveis
Em metade dos testes à velocidade (mediana) efetuados no NET.mede durante o ano 2023 apurou-se:
Os resultados medianos seriam melhores nos acessos móveis caso se considerassem somente os testes dos acessos com ligação direta à rede móvel realizados na App (42 Mbps na velocidade download, 14 Mbps na velocidade upload e 31 ms na latência) e, ainda mais, caso se observassem somente os testes realizados na App especificamente na rede móvel 5G (101 Mbps de velocidade download, 22 Mbps de velocidade upload e 28 ms de latência).
Em comparação com o ano anterior registou-se uma melhoria dos resultados medianos em acessos fixos residenciais, com aumentos nas velocidades de download (+46%) e de upload (+31%). A exceção foi o valor mediano da latência, que se manteve face a 2022. Nos acessos móveis registou-se uma melhoria em todos os resultados medianos analisados em comparação com o ano anterior, com aumentos na velocidade de download (+12%) e de upload (+12%) e com diminuição na latência (-3%).
A evolução poderá refletir, entre outros, no caso dos acessos fixos, a adesão dos utilizadores a ofertas com velocidades mais elevadas, e no caso dos acessos móveis à realização de testes na rede 5G. A atenuação do efeito da pandemia nos resultados também se tornou visível.
RESULTADOS DOS TESTES EFETUADOS
Testes realizados aos acessos fixos na Região Autónoma dos Açores com os melhores resultados medianos no download e upload
Nos acessos fixos, a Região Autónoma dos Açores apresentou os melhores resultados medianos medidos ao nível do download (183 Mbps) e upload (96 Mbps). A latência mediana foi melhor na A.M. Lisboa (10 ms).
A região do Alentejo registou os valores medianos mais baixos tanto no download (108 Mbps) como no upload (80 Mbps). A latência foi pior nas Regiões Autónomas (entre 28 e 23 ms).
Ao nível de NUTS III, o download mediano mais elevado foi obtido na Região Autónoma dos Açores como anteriormente referido (183 Mbps). Os valores mais baixos verificaram-se no Baixo Alentejo, Alto Minho e Terras de Trás-os-Montes (entre 75 e 94 Mbps)
O download mediano foi superior a 150 Mbps em 82 concelhos (27%). Por outro lado, 35 concelhos (11%) obtiveram 50 Mbps ou menos.
Em termos de upload, 41 concelhos (13%) obtiveram um valor mediano inferior ou igual a 50 Mbps e 153 concelhos (50%) obtiveram um valor mediano superior a 85 Mbps. Na latência, 24 concelhos (8%) obtiveram um valor mediano inferior ou igual a 10 ms.
Entre os 5 concelhos com maior número de testes, destacam-se Vila Nova de Gaia e Lisboa com 178 Mbps e 177 Mbps de download mediano (respetivamente) e, no caso do upload mediano, destaca-se Lisboa com 93 Mbps. Nos concelhos com mais testes, as latências medianas situaram-se entre os 9 ms (Lisboa) e os 15 ms (Vila Nova de Gaia).
Testes realizados aos acessos móveis na Região Autónoma da Madeira com os melhores resultados medianos no download e upload
Nos acessos móveis, a R.A. Madeira apresentou os melhores resultados medianos no download (33 Mbps) e no upload (17 Mbps) e a A.M. Lisboa registou os melhores resultados na latência (33 ms).
Os piores resultados medianos verificaram-se na região Algarve no caso do download (10 Mbps), na região Centro no caso do upload (6 Mbps) e na R.A. Açores no caso da latência (53 ms).
Ao nível de NUTS III, os downloads medianos mais elevados verificaram-se na Região Autónoma da Madeira como anteriormente referido (33 Mbps). Os valores mais baixos obtiveram-se nas sub-regiões de Alto Tâmega, Algarve e Douro (entre 4 e 10 Mbps).
O download mediano foi superior a 20 Mbps em 97 concelhos (32%), e 90 concelhos (29%) registaram um download mediano inferior ou igual a 10 Mbps.
Em termos de upload, 90 concelhos (29%) apuraram um valor mediano superior a 10 Mbps e novamente 90 concelhos (29%) inferior ou igual a 5 Mbps.
Na latência, 31 concelhos (10%) apuraram um valor mediano inferior ou igual a 30 ms e 93 concelhos (30%) registaram uma latência mediana superior a 40 ms.
Entre os 5 concelhos com maior número de testes, destaca-se Vila Nova de Gaia com os melhores valores medianos: no download (30 Mbps), no upload (14 Mbps) e na latência (28 ms).
