Serviço de acesso à Internet em local fixo em 2023



Esta informação é propriedade de ANACOM

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Sumário Executivo

94% das famílias dispunha de banda larga fixa

Em 2023, a taxa de penetração dos clientes residenciais de banda larga fixa foi de 94 por 100 famílias, mais 2,3 pontos percentuais (p.p.) do que o ano anterior.

Banda larga fixa aumentou 2,9% nos últimos doze meses

Por número de acessos de banda larga fixa, em comparação com o ano anterior verificou-se um aumento em 128 mil acessos (+2,9%), tendo atingido os 4,6 milhões de acessos.

A fibra ótica (FTTH) foi a principal forma de acesso à Internet em banda larga fixa, atingindo 66,2% do total de acessos, mais 2,6 p.p. do que em 2022. A FTTH foi também a responsável pelo aumento do número de acessos verificado. Nos últimos 12 meses, o número de acessos suportados em fibra ótica aumentou em 203 mil acessos (+7,1%).

O número de acessos suportados em redes de modem por cabo diminuiu 1,4%, representando 25,5% do total (-1,1 p.p. do que há 12 meses). O número de acessos fixos suportados nas redes móveis diminuiu 4% e tinha um peso de 5,2% (-0,4 p.p.). O número de acessos ADSL manteve a tendência decrescente, tendo diminuído 28,3%, por via da substituição por acessos de nova geração. O ADSL representava 2,8% do total de acessos (-1,2 p.p.).

90,4% dos acessos com velocidades de download anunciadas de pelo menos 100 Mbps

Quanto à velocidade de acesso, no final de 2023, 90,4% dos acessos de banda larga fixa disponibilizavam banda larga ultrarrápida (i.e., velocidade de download 1 superior ou igual a 100 Mbps), mais 1,5 p.p. do que no ano anterior.

De acordo com a informação disponível mais recente, ao nível europeu em julho de 2022, Portugal era o quarto país da UE com maior proporção de acessos com velocidades de download iguais ou superiores a 100 Mbps.

O aumento da proporção de acessos de banda larga ultrarrápida ocorreu em simultâneo com o desenvolvimento das redes de fibra ótica (FTTH) e da introdução do DOCSIS 3.x nas redes de modem por cabo. Estes dois tipos de redes foram responsáveis por 71% e 28% dos acessos com pelo menos 100 Mbps, respetivamente. 

Tráfego de banda larga com novo máximo histórico

Em 2023, o tráfego total de Internet em banda larga fixa aumentou 17,7% em comparação com o ano anterior. O tráfego médio mensal por acesso foi cerca de 285 GB, mais 13,9% do que em 2022. Quer no tráfego total como no tráfego médio mensal por acesso, têm-se vindo a atingir sucessivos máximos históricos.

Quotas dos prestadores

Nos mercados do serviço de acesso à Internet em banda larga fixa, estão presentes quatro entidades com quotas de subscritores relevantes: a MEO (41,1%), o Grupo NOS (33,7%), a Vodafone (22%) e a NOWO (2,7%).  Em comparação com o ano anterior, as quotas da Vodafone e da MEO aumentaram 0,3 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente, enquanto as quotas do Grupo NOS e da NOWO diminuíram 0,3 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente. A MEO foi o prestador que captou mais clientes em termos líquidos.

Caso se considerem apenas os acessos residenciais, a MEO dispôs da quota de subscritores mais elevada (39,4%), seguindo-se o Grupo NOS (35,9%), a Vodafone (21,1%) e a NOWO (3,1%). Em relação ao ano anterior, as quotas da Vodafone e da MEO aumentaram 0,3 p.p. e 0,1 p.p., respetivamente, enquanto as quotas do Grupo NOS e da NOWO diminuíram 0,4 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente.

No que respeita a quotas de tráfego de banda larga fixa, a MEO atingiu em 2023 os 42,6%, seguindo-se o Grupo NOS com 30,1% e a Vodafone com 23,7%. A quota da NOWO foi de 1,6%. Em comparação com o ano anterior, a quota de tráfego da MEO aumentou (+1,2 p.p.), enquanto as quotas da Vodafone, Grupo NOS, e NOWO diminuíram 0,9 p.p., 0,3 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente.

Resumo gráfico do serviço de acesso à Internet em local fixo em 2023

Notas
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1 Velocidades máximas anunciadas pelos operadores e comunicadas aos consumidores.