Cibercriminalidade preocupa cidadãos da UE


A Comissão Europeia (CE) divulgou, a 7 de julho de 2012, o relatório sobre cibercriminalidade realizado pelo Eurobarómetro através de um inquérito aos utilizadores de Internet da União Europeia (UE).

A sondagem, realizada entre os dias 10 e 25 de março de 2012 e na qual participaram cerca de 27 000 pessoas de todos os Estados-Membros da UE, revela que existe uma ligação estreita entre estar informado sobre os riscos da cibercriminalidade e sentir-se seguro em linha. A maioria dos utilizadores que não receiam efetuar operações bancárias ou compras em linha consideram-se também informados sobre a cibercriminalidade.

De acordo com os dados, os utilizadores da Internet estão muito preocupados com a cibersegurança, sendo que 89 por cento evitam divulgar dados de caráter pessoal e 74 por cento concordam que o risco de ser vítima de um ato de cibercriminalidade aumentou no ano passado. Dos inquiridos, 12 por cento foram vítimas de fraude em linha e 8 por cento de usurpação de identidade. Ainda assim, 53 por cento dos utilizadores da Internet na UE não alteraram as suas palavras-passe no ano passado.

A sondagem revela ainda outros dados interessantes:

  • 53 por cento dos utilizadores da Internet afirmam comprar bens ou serviços em linha, 52 por cento utilizam as redes sociais, 48 por cento serviços bancários e 20 por cento vendem bens ou serviços;
     
  • 29 por cento afirmam não se sentir capazes de utilizar a Internet para efetuar operações bancárias ou compras em linha; 
     
  • 59 por cento não se consideram bem informados sobre os riscos da cibercriminalidade;
     
  • 40 por cento temem que a sua identidade seja usurpada ou utilizada de forma abusiva e 38 por cento mostram-se apreensivos relativamente aos pagamentos em linha.

Em Portugal, num universo de mil entrevistados, os dados obtidos demonstram que apenas 24 por cento dos portugueses se consideram bem informados sobre os riscos da cibercriminalidade; no entanto, 52 por cento evitam dar informações de caráter pessoal online.

Em relação ao tipo de utilização que se faz da Internet em termos nacionais, as atividades com maior percentagem de utilização são as dedicadas ao correio eletrónico e às redes sociais, com 78 e 65 por cento respetivamente. Com níveis de menor utilização estão a aquisição e a venda de bens ou serviços, com 17 e 9 por cento.

Com um número crescente de pessoas a explorar as potencialidades da Internet e a beneficiar da economia digital, a segurança dos dados pessoais e dos pagamentos em linha torna-se uma das principais preocupações dos utilizadores.


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