Trimestre positivo não evita descida do tráfego postal


O tráfego total dos serviços postais aumentou 4,3% no 4º trimestre de 2010 face ao trimestre anterior, atingindo cerca de 280 milhões de objectos. Em termos homólogos, regista-se uma quebra de 5%, evolução que acentua a tendência de descida de tráfego (nos últimos anos o tráfego postal tem diminuído, em média, 2,6%/ano). A subida trimestral explica-se pelo facto do 4º trimestre de cada ano se caracterizar por um aumento sazonal do volume de tráfego, na ordem dos 5%.

As variações ocorridas foram resultado da diminuição de todos os tipos de correio, com excepção do correio expresso que aumentou de forma significativa.

Do total de objectos distribuídos, 96% destinaram-se ao mercado nacional, enquanto os restantes 4% tiveram como destino o mercado internacional.

Por tipo de objecto, cerca de 98% do tráfego postal respeita a correspondências (nas quais se incluiu também a publicidade endereçada e o correio editorial), que cresceram 4,2% no trimestre mas diminuíram 5,3% em termos homólogos. As encomendas, que aumentaram 9,6% face ao trimestre anterior e 8,2% em termos homólogos, representam 2% do tráfego total.

O tráfego da área liberalizada representava, no final do período em análise, quase 22% do total de envios postais. O tráfego postal explorado em concorrência aumentou 7,1%o face ao trimestre anterior, mas desceu 6,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior, comportamento em linha com a tendência anual de diminuição deste tipo de tráfego. Comparativamente com o 4º trimestre de 2006 (ano da entrada em vigor da 2ª fase da liberalização postal), o tráfego postal liberalizado diminuiu cerca de 21%. Os CTT têm 87,7% do tráfego postal explorado em concorrência.

No período em análise, o tráfego postal nacional cresceu 8,6% em comparação com o trimestre anterior, atingindo os 56,5 milhões de objectos. Por outro lado, o tráfego internacional de saída caiu para cerca de 4,2 milhões de objectos. As variações ocorridas no tráfego nacional e internacional de saída são explicadas essencialmente pela evolução das correspondências dos CTT.

O tráfego nacional representa 93% do total do tráfego postal explorado em concorrência e o tráfego internacional de saída os restantes 7%. Na área liberalizada, o Grupo CTT é responsável por 88% do tráfego nacional e por 79% do tráfego internacional de saída.

No trimestre em análise, dos cerca de 61 milhões de objectos postais explorados em regime liberalizado, cerca de 7 milhões enquadravam-se na categoria de correio expresso, enquanto os restantes 53,8 milhões integravam as outras categorias de serviços. O correio expresso subiu 9,8% em relação ao trimestre anterior e 11,2% face a idêntico trimestre de 2009. Este crescimento deve-se, sobretudo, ao aumento do número de encomendas nacionais dos maiores prestadores alternativos do serviço.

No que diz respeito à estrutura da oferta, verifica-se que as empresas do Grupo CTT detinham uma quota de tráfego de 36,3% no correio expresso e de 94,4% nos serviços não enquadrados na categoria de correio expresso.


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