Estudo da CE sobre segurança das crianças em ambientes online


A Comissão Europeia (CE) publicou, a 10 de Agosto, o estudo ''Safer Internet for Children'', no qual avalia a forma como as crianças dos 9 aos 10 e dos 12 aos 14 anos utilizam os meios de comunicação online. De acordo com os resultados do inquérito, que abrangeu os 27 Estados-Membros da União Europeia (UE), a Noruega e a Islândia, a utilização da Internet e do telemóvel é uma prática banal para os jovens europeus. Em geral, os adolescentes estão a par dos riscos da utilização desses meios de comunicação mas, perante um problema, só em último recurso pedem ajuda a um adulto.

De acordo com o estudo, a forma como as crianças utilizam as novas tecnologias é muito semelhante por toda a Europa. Na Internet, os jogos, a navegação por sítios e a comunicação são as actividades preferidas; nos telemóveis, são o envio de mensagens escritas (SMS) e as chamadas para os pais e amigos. Satisfeita com os resultados do inquérito, a Comissária Europeia para a Sociedade da Informação e Media, Viviane Reding, alerta, contudo, para a necessidade de se ''continuar a sensibilizar as pessoas, sobretudo os pais, para as oportunidades e os riscos dos novos meios de comunicação'', concluindo que ''quando está em causa a segurança dos nossos filhos, todo o cuidado é pouco''.

Além da publicação do estudo global, a CE divulgou ainda relatórios nacionais para cada um dos 29 países abrangidos pelo estudo. No caso de Portugal, conclui-se que as principais motivações para utilizar a Internet são a necessidade e a curiosidade. A frequência de utilização, em geral, é mais elevada nos jovens dos 12 aos 14 anos, mas existem variações em ambos os grupos estudados. As aplicações mais usadas são os jogos online e as pesquisas de informação para os trabalhos escolares, seguidas das conversas online (chatting) e da navegação por divertimento. Quanto aos perigos, os jovens identificaram três situações principais: vírus informáticos, contacto com estranhos e pirataria informática (hacking). As crianças reconheceram ainda que recorrem aos downloads ilegais de conteúdos, embora a maioria confirme saber que se trata de uma violação da lei. Numa situação de risco, os pais, os melhores amigos e os professores são as pessoas a quem as crianças recorrerão preferencialmente.

Os resultados deste inquérito vão servir para aperfeiçoar o programa comunitário Safer Internet, lançado em 1999 para promover a utilização mais segura das tecnologias em linha, sobretudo pelas crianças, e o combate aos conteúdos ilícitos e nocivos, que incluem desde imagens de crianças maltratadas até ao racismo. A sua fase actual (Safer Internet plus) decorrerá até 2008 - ano em que, a 12 de Fevereiro, se assinalará mais um dia da ''Internet mais Segura''.


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