Correio expresso com novos operadores


/ Atualizado em 01.06.2007

No primeiro trimestre de 2006, a ANACOM autorizou oito novas entidades a prestarem serviços postais não reservados e não abrangidos pelos limites do serviço universal, elevando-se a 44 as entidades habilitadas a prestar serviços de correio expresso. Nos serviços não enquadrados na categoria de correio expresso continuam a existir seis entidades.

Neste período, o tráfego postal de serviços liberalizados cresceu 14,7% face ao trimestre anterior, atingindo 77 milhões de objectos, o que corresponde a 23,4% do total do tráfego postal. Em termos homólogos o crescimento é de 30%. Os crescimentos registados podem ter sido influenciados pela redução do âmbito da área reservada. De facto, a 1 de Janeiro deste ano ocorreu uma nova fase de liberalização do mercado, pelo que passou a ser contabilizado com tráfego postal explorado em concorrência um volume de objectos que era tráfego reservado. Agora são explorados em concorrência os envios de correspondência cujo preço é superior a três vezes a tarifa de referência, desde que o peso seja superior a 50 gramas.

Do total de objectos, 72 milhões são tráfego nacional, um crescimento trimestral de 16,5%, enquanto o tráfego internacional de saída, que totalizou 5,4 milhões de objectos, aumentou 5% no trimestre.

Os CTT têm uma quota de 96% no tráfego nacional e de 92% no tráfego internacional de saída, valores que comparam com 94,5% e 89,5%, respectivamente, no trimestre anterior. Também o reforço da quota dos CTT terá sido influenciado pela redução do âmbito da área reservada.

Do total do tráfego postal liberalizado, que atingiu 77 milhões de objectos, quatro milhões enquadram-se no correio expresso, 5% do tráfego aberto à concorrência, e 73 milhões são serviços não enquadrados no correio expresso.

No período em análise, o tráfego dos serviços não enquadrados na categoria de correio expresso aumentou 16,7%, enquanto os serviços de correio expresso caíram 13,3%, uma quebra para a qual contribui o comportamento das empresas do grupo CTT na distribuição de encomendas nacionais. O aumento da distribuição, por parte do grupo CTT, de correspondências endereçadas nacionais não enquadradas no serviço expresso foi o principal responsável pelo crescimento trimestral dos serviços não enquadrados no serviço expresso.

Os CTT, no primeiro trimestre do ano, tinham uma quota de 46,4% no tráfego do correio expresso, mais 4,8 pontos percentuais que no trimestre anterior. Nos serviços não enquadrados na categoria de correio expresso os CTT tinham 98,2%, contra 97,9% no trimestre anterior. Crescimentos justificados com a redução do âmbito da área reservada.


Consulte: