Tráfego na rede fixa continua em quebra


/ Atualizado em 01.06.2007

O tráfego total originado na rede fixa durante o último trimestre de 2005 atingiu cerca de 2,513 mil milhões de minutos, menos 9,9% que no trimestre homólogo. Estes minutos foram gerados em 801 milhões de chamadas. Em 2005, o tráfego total atingiu 10, 269 mil milhões de minutos, menos 13,9% que em 2004. A descida do tráfego prende-se, sobretudo, com a queda acentuada do tráfego de acesso à Internet dial-up, motivada pela forte expansão do acesso à Internet através de tecnologias de banda larga.

No tocante a tráfego de voz, foram originados na rede fixa cerca de 2,122 mil milhões de minutos no último trimestre do ano, menos 1,9% que no trimestre homólogo. No conjunto do ano, o tráfego de voz totalizou 8,385 mil milhões de minutos, em quebra homóloga de 4,2%.

No trimestre em análise, manteve-se a tendência de queda das quotas do grupo PT no tráfego total, em minutos, para 76% no último trimestre do ano, e uma quota média de 78,2% para o conjunto do ano; no tráfego de voz a quota no último trimestre caiu para 72,6%, menos um ponto que no trimestre anterior, e para 74,1%, em média, no conjunto do ano, valor que compara com 78,1% em 2004.

No último trimestre de 2005, 20,4% do total de minutos de voz foram originados através de acesso indirecto, valor superior em 0,1 pontos percentuais ao observado no trimestre anterior e cerca de 1,4 pontos percentuais acima do registado no trimestre homólogo.

Do total de chamadas de voz efectuadas, 20,8% foram realizadas através de acesso indirecto, valor semelhante ao observado no trimestre anterior e superior em 1,3 pontos percentuais ao verificado no trimestre homólogo.

O número de clientes de serviço telefónico fixo na modalidade de acesso directo atingia 3,133 milhões de clientes no final de Dezembro, menos 1,6% que no trimestre anterior e relativamente estável em termos homólogos. Os novos prestadores registaram um aumento significativo do número de clientes de acesso directo (19,1%). Para isso contribuíram as novas ofertas suportadas em tecnologia GSM e as ofertas em pacote de telefonia fixa e de televisão por cabo e/ou Internet. Estas ofertas contribuíram também para a estabilização, em termos anuais do número de clientes de acesso directo do Serviço Telefónico Fixo.

No que respeita ao acesso indirecto através de pré-selecção, no final de 2005 existiam 470 mil clientes, mais 19,1% do que os que existiam em 2004. Na selecção chamada-a-chamada existiam 102 mil clientes activos, valor em linha com o existente um ano antes.

A quota de clientes de acesso directo do Grupo PT continua a cair. No último trimestre do ano situou-se nos 88,9%, menos dois pontos percentuais que no trimestre anterior e 4,9 pontos percentuais abaixo do valor registado no período homólogo.

Nas modalidades de acesso indirecto, os restantes prestadores continuam a possuir quotas de mercado acima dos 99%, valores que se mantêm desde a liberalização do Serviço Telefónico Fixo.

No período em análise, o parque de acessos telefónicos principais instalados a pedido de clientes ascendia a 4,127 milhões, correspondendo a uma taxa de penetração da ordem dos 40 acessos por 100 habitantes. O número registado no último trimestre de 2005 manteve-se estável face ao existente no trimestre anterior. Em termos anuais, regista-se uma quebra homóloga de 0,5%.

Em termos de quotas de acessos, o Grupo PT detinha no final do ano passado 89% dos acessos instalados a pedido de clientes, menos 1,6 pontos percentuais do que no trimestre anterior e menos 4,2 pontos que no período homólogo.

No trimestre em análise, o número de postos públicos instalados era de cerca de 45 mil, menos 1,6% que no trimestre anterior e menos 4,4% que o número registado no período homólogo.

A duração média das chamadas atingiu 3,14 minutos no último trimestre de 2005, valor ligeiramente superior ao registado no trimestre anterior, 2,72 minutos, mas inferior ao observado no trimestre homólogo. Esta variação é justificada pela quebra acentuada e progressiva do tráfego de acesso à Internet.

No final do de 2005, existiam 22 entidades habilitadas para a prestação do Serviço Telefónico Fixo e destas 14 estavam em actividade.


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