Tráfego de banda larga fixa aumentou 8,2%, atingindo novo máximo histórico em 2022


No final de 2022, a taxa de penetração dos clientes residenciais de banda larga fixa foi de 91 por cada 100 famílias, mais 3,1 pontos percentuais (p.p.) do que no ano anterior. Em comparação com o ano anterior, o número de acessos de banda larga fixa aumentou em 159 mil acessos (+3,7%), tendo atingido 4,5 milhões.

A fibra ótica (FTTH) foi a principal forma de acesso à Internet em banda larga fixa, atingindo 63,6% do total de acessos, mais 3,7 p.p. do que em 2021. A FTTH foi também responsável pelo crescimento do número de acessos. Nos últimos 12 meses, o número de acessos suportados em fibra ótica aumentou em 260 mil acessos (+10,1%).

Os acessos suportados em redes de TV por cabo diminuíram 0,5%, e representavam 26,6% do total (-1,1 p.p. do que há 12 meses). Os acessos fixos suportados nas redes móveis diminuíram 6,3% e tinham um peso de 5,6% (-0,6 p.p.). Os acessos ADSL mantiveram a tendência decrescente, tendo diminuído 31,0%, substituídos por acessos de nova geração. O ADSL representava 4,0% do total de acessos (-2,0 p.p.).

No final de 2022, 89% dos acessos de banda larga fixa eram acessos de banda larga ultrarrápida (i.e., velocidade de download superior ou igual a 100 Mbps), mais 2,8 p.p. do que no ano anterior.

Em julho de 2022, Portugal era o quarto país da União Europeia (UE) com maior proporção de acessos com velocidades de download iguais ou superiores a 100 Mbps. O aumento da proporção de acessos de banda larga ultrarrápida ocorreu em simultâneo com o desenvolvimento das redes de fibra ótica (FTTH) e da introdução do DOCSIS 3.x nas redes de TV por cabo. Estes dois tipos de redes foram responsáveis por 70% e 29% dos acessos com pelo menos 100 Mbps, respetivamente. 

O tráfego total de Internet em banda larga fixa aumentou 8,2% em comparação com o ano anterior, ultrapassando o máximo histórico verificado no período pandémico.

O tráfego médio mensal por acesso foi de 250 GB, mais 4,4% do que no ano anterior. No primeiro semestre de 2022, a COVID-19 deixou de ter impacto no tráfego médio por acesso, retomando-se a tendência de crescimento observada no período pré-pandemia. No ano anterior (2021), a COVID-19 tinha tido um efeito de +21,3% no tráfego médio por acesso. A evolução ocorrida estará associada ao fim das principais medidas de combate à pandemia.

Nos mercados do serviço de acesso à Internet em banda larga fixa, estão presentes quatro entidades com quotas de subscritores relevantes: a MEO (40,9%), o Grupo NOS (34,0%), a Vodafone (21,7%) e a NOWO (2,9%). Em comparação com o ano anterior, a Vodafone foi o prestador cuja quota de acessos mais aumentou (+0,3 p.p.), seguindo-se da MEO (+0,2 p.p.) que foi o prestador que captou mais clientes em termos líquidos. As quotas do Grupo NOS e da NOWO diminuíram (0,4 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente).

Caso se considerem apenas os acessos residenciais, a MEO dispôs da quota de subscritores mais elevada (39,2%), seguindo-se o Grupo NOS (36,3%), a Vodafone (20,8%), e a NOWO (3,3%). Em relação ao ano anterior, as quotas da Vodafone e da MEO aumentaram 0,4 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente, enquanto as quotas do Grupo NOS e da NOWO diminuíram 0,4 p.p. e 0,3 p.p., respetivamente.

No que respeita a quotas de tráfego de banda larga fixa, a MEO atingiu no final de 2022 os 41,4%, seguindo-se o Grupo NOS com 30,4% e a Vodafone com 24,6%. A quota da NOWO foi de 1,8%. Em comparação com o ano anterior, a Vodafone e a MEO foram os prestadores cuja quota de tráfego mais aumentou (+1,5 p.p.), enquanto a quota da NOWO não variou e a quota do Grupo NOS diminuiu 3,0 p.p..

Resumo gráfico do serviço de acesso à Internet em local fixo em 2022


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