43% das pessoas fizeram compras online em 2022


Em 2022, 43% dos indivíduos em Portugal efetuaram compras através da Internet nos três meses anteriores ao inquérito, mais 2 p.p. do que no ano anterior. Caso se considere os 12 meses anteriores, 54% dos indivíduos efetuaram este tipo de transação, +2 p.p. que em 2021. O crescimento anual verificado foi inferior ao registado em 2021 (+7 p.p.) e em 2020 (+6 p.p.), anos marcados pela alteração de comportamentos dos consumidores resultante da pandemia COVID-19, e igual ao registado antes da pandemia (em 2019 tinha aumentado 2 p.p.).

No entanto, cerca de 25% dos indivíduos inquiridos nunca efetuaram compras pela Internet. Por outro lado, cerca de 9% dos indivíduos efetuaram vendas online.

Portugal era o 21.º país da União Europeia (UE27) no que respeita à percentagem de indivíduos que realizaram compras online nos últimos 3 meses e o 23.º país em vendas online.

O «vestuário/calçado» (66%) e as «refeições entregues ao domicílio» (42%) foram os produtos físicos mais encomendados pela Internet, seguindo-se os «produtos de cosmética, beleza e bem-estar» (28%) e os «computadores, tablets, telemóveis, equipamento informático complementar ou acessórios» (27%). Os «equipamentos desportivos» foram o item que mais desceu face ao ano anterior (-6 p.p.).

Portugal encontrava-se na 5.ª posição do ranking da UE27 na compra de «computadores, tablets, telemóveis, equipamento informático complementar ou acessórios» através da Internet, na 6.ª posição na compra de «livros, revistas ou jornais (em papel)», na 7.ª posição na compra de «refeições entregues ao domicílio» (+12 p.p. acima da média), na 10.ª posição de «produtos de cosmética, beleza ou bem-estar através da Internet» e na 12.ª de «equipamentos desportivos».

Entre os produtos digitais, destacaram-se os «filmes, séries ou programas de desporto para download ou subscrição online» como os mais comprados pela Internet (38% dos indivíduos que efetuaram compras online). Portugal ocupou a 7.ª posição do ranking da UE27 na compra deste tipo de produtos digitais.

Quanto aos serviços contratados pela Internet, destacam-se os «serviços de alojamento» (36%), os «bilhetes para eventos culturais ou outros, como cinema, concertos, feiras» (32%) e os «serviços de transporte» (32%), ficando Portugal na 7.ª, 11.ª e 12ª posições do ranking da UE27 da aquisição destes serviços, respetivamente.

Os indivíduos com níveis de escolaridade elevados, maiores rendimentos, empregados ou estudantes apresentaram uma maior propensão para efetuar compras e vendas através da Internet. Este perfil é semelhante ao da média da UE27 e manteve-se face ao ano anterior.

No que diz respeito ao segmento empresarial, em 2021, cerca de 18% das empresas portuguesas com 10 ou mais pessoas ao serviço receberam encomendas através de redes eletrónicas (-1 p.p. que a média da UE27 e +2 p.p. que em 2020). Estas encomendas representaram 17% do volume de negócios (igual ao ano anterior).

Embora a maioria das empresas receba as encomendas através do seu website/app, cerca de 9% das empresas analisadas rececionaram encomendas através de portais de comércio eletrónico ou plataformas digitais (via apps) utilizadas por várias empresas.

Segundo os dados mais recentes referentes a 2021, 93% dos indivíduos inquiridos não tiveram qualquer dificuldade na realização de encomendas através da Internet. As dificuldades mais referidas em compras online foram o «tempo de entrega das encomendas» (3%) e a «entrega de bens ou serviços danificados ou errados» (3%) .

A principal barreira à utilização do comércio eletrónico foi a «preferência pelo contacto pessoal, força de hábito ou fidelidade aos clientes habituais», seguindo-se o «não haver necessidade de comprar online» e as «preocupações com a segurança dos pagamentos».

Mais de metade das empresas que efetuaram vendas a clientes de outros países da UE manifestaram alguma dificuldade no processo (mais 28 p.p. que o registado no inquérito anterior), sendo que os principais problemas referidos foram os «custos elevados de entrega e devolução de produtos» (33%) e as «dificuldades relacionadas com o sistema de IVA nos países da UE» (24%).

Comércio Eletrónico em Portugal e na União Europeia em 2022


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