COVID-19 - Tráfego de encomendas postais aumentou 10% face ao período pré-pandemia


ANACOM estima que na semana de 13 a 19/04/2020 o tráfego de encomendas postais em Portugal tenha aumentado 10% por comparação com o período anterior à entrada em vigor das medidas excecionais e temporárias associadas ao COVID-19.

As encomendas internacionais diminuíram, 25% no caso das encomendas enviadas e 7% no caso das encomendas recebidas.

No total das encomendas nacionais e internacionais o aumento foi de 7%.

Face à semana anterior, o tráfego total de encomendas aumentou 30%, com subidas significativas tanto no tráfego nacional como internacional. 

Variação percentual do tráfego de encomendas postais face ao período pré-COVID19

Semana de

6 a 12/04/2020

Semana de

13 a 19/04/2020

1. Nacional

-13%

10%

2. Internacional de saída

-61%

-25%

3. Internacional de entrada

-34%

-7%

TOTAL

-18%

7%

Variação percentual do tráfego de encomendas postais face à semana anterior

Semana de

13 a 19/04/2020

1. Nacional

28%

2. Internacional de saída

90%

3. Internacional de entrada

41%

TOTAL

30%

Nota: Estimativa calculada com informação representativa de cerca de 75% do tráfego de encomendas.

Tráfego de dados sobe acima do tráfego de voz

No que respeita aos serviços de comunicações eletrónicas, na semana de 13 a 19/04/2020 o tráfego de voz terá aumentado 17% face ao período pré-COVID19, com o tráfego de voz fixa a subir 33% e o tráfego de voz móvel a aumentar 16%. O tráfego de voz móvel é, no entanto, sete vezes superior ao tráfego de voz fixa.

Por sua vez, o tráfego de dados subiu 63%, tendo o tráfego de dados fixo aumentado 68%, enquanto o tráfego de dados móvel diminuiu 2%. Mais de 95% do tráfego de dados é cursado nas redes fixas.

Na semana de 13 a 19/4/2020, o tráfego médio semanal por utilizador foi, no mínimo, de 20 minutos de voz fixa, 64 minutos de voz móvel, 40 GB de dados fixos e 0,8 GB de dados móveis.

O número de acessos em local fixo aumentou 0,4%, enquanto que o número de acessos móveis diminuiu entre 3,1% e 1,1%, consoante o tipo de acesso.

Em relação à semana anterior, o tráfego de voz diminuiu cerca de 4% e os dados móveis diminuíram 6%, enquanto que o tráfego de Internet fixa aumentou 0,5%. 

Variação percentual face ao período pré-COVID-19

Semana de 6
a 12/04/2020

Semana de 13
a 19/04/2020

TRÁFEGO DE VOZ

22%

17%

1.1

Tráfego do serviço telefónico em local fixo (minutos)

39%

33%

1.2

Tráfego do serviço telefónico móvel (minutos)

20%

16%

TRÁFEGO DE DADOS

63%

63%

1.3

Volume de tráfego de Internet (em GB)

67%

68%

1.4

Tráfego de dados móveis (em GB)

5%

-2%

ACESSOS

 

 

2.1.

Acessos em local fixo

0,2%

0,4%

2.1.1

(dos quais) de clientes residenciais

0,3%

0,4%

2.2

Acessos móveis com utilização efetiva

-1,2%

-3,1%

2.2.1

(dos quais) afetos a planos pós-pagos e híbridos

-0,9%

-1,8%

2.2.1.1

(dos quais) de clientes residenciais

-0,5%

-1,1%

Nota: Dados provisórios e estimados calculados com base na informação das quatro principais entidades que prestam serviços de comunicações eletrónicas.

Tráfego médio por acesso

Semana de 13
a 19/04/2020

Voz fixa

20 min.

Voz móvel

64 min.

Internet fixa

40 GB

Dados móveis

0,8 GB

Nota: Dados provisórios e estimados calculados com base na informação das quatro principais entidades que prestam serviços de comunicações eletrónicas. Estimativa por defeito 

Variação percentual face a semana anterior

Semana de 13
a 19/04/2020

TRÁFEGO DE VOZ

-4%

1.1

Tráfego do serviço telefónico em local fixo (minutos)

-5%

1.2

Tráfego do serviço telefónico móvel (minutos)

-4%

TRÁFEGO DE DADOS

0,2%

1.3

Volume de tráfego de Internet (em GB)

0,5%

1.4

Tráfego de dados móveis (em GB)

-6%

Nota: Dados provisórios e estimados calculados com base na informação das quatro principais entidades que prestam serviços de comunicações eletrónicas.

Os indicadores agora divulgados resultam de inquéritos semanais lançados pela ANACOM sobre os serviços de comunicações, tendo como objetivo monitorizar a atividade do sector durante o período em que vigoram as medidas excecionais e temporárias associadas ao COVID-19 e contribuir para conhecer os efeitos da pandemia na atividade das famílias e das empresas.

As atuais circunstâncias que o País atravessa justificam a recolha de indicadores de alta frequência que permitam, tão rapidamente quanto possível, detetar eventuais alterações de tendências nos mercados de comunicações eletrónicas e na conjuntura tecno-económica.

A informação solicitada resultou de um levantamento de necessidades internas da ANACOM e de necessidades de entidades externas que produzem estatísticas e acompanham a conjuntura e a atividade económica, nomeadamente o Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia, o Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do Ministério das Finanças, o Instituto Nacional de Estatística, o Banco de Portugal e o Centro Nacional de Cibersegurança.