3.5.1 Armários


/ Atualizado em 05.02.2004

O armários deverão ser providos de legendas indeléveis, inscritas nas estruturas convenientes, de modo a que os trabalhos de execução das ligações e posterior exploração e conservação seja feita de forma fácil e inequívoca (ver o ponto 5.3.3https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=154600).

3.5.1.1 Armários de telecomunicações de edifício - ATE

Os Armários de Telecomunicações do Edifício (ATE) fazem parte da rede de tubagens, são de acesso restrito e neles se vão alojar os vários Repartidores Gerais (RG) que possam existir e que se definem no ponto 3.4.4https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=154195. O ATE, embora normalmente constituído por uma caixa do tipo C (definido no ponto 3.5.2.1https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=154205), por um bastidor ou por um armário encastrado na parede, pode ser coincidente com um ETI ou ETS.

O ATE é o ponto de confluência das redes dos operadores, sejam elas em par de cobre, em cabo coaxial ou em fibra óptica.

O ATE contém obrigatoriamente um barramento de terras, onde se vão ligar as terras de protecção das ITED. Este barramento (barramento geral de terras das ITED - BGT) é por sua vez interligado ao barramento geral de terras do edifício. O BGT deverá estar dimensionado para o edifício.

O ATE deve possuir espaço suficiente para alojar os vários repartidores gerais e outros equipamentos, permitindo a manobra e ligação dos cabos de entrada dos operadores. O ATE deve disponibilizar espaço suficiente para o acesso de, no mínimo, 4 redes de operadores de telecomunicações.

O ATE deve disponibilizar circuitos de energia 230 V AC, para fazer face às necessidades de alimentação eléctrica. Serão disponibilizados, no mínimo, 3 tomadas devidamente protegidas por 1 disjuntor diferencial. O referido disjuntor está localizado no quadro de energia eléctrica adequado.

No caso de uma vivenda unifamiliar o ATE coincide normalmente com o ATI, este último com as especificações que constam do ponto 3.5.1.2https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=154202.

O ATE inferior, localizado no ETI, contém pelo menos dois repartidores gerais: o RG-PC (par de cobre) e o RG-CC (cabo coaxial). Poderá existir ou não um RG-FO e um RG-PC+. No caso de existir um RG-PC+ poderá não existir um RG-PC. Cada um deles vai permitir a interligação dos vários operadores às redes do edifício.

O ATE superior, localizado no ETS, contém pelo menos o RG-CC (cabo coaxial), para a rede de cablagem de recepção e distribuição de sinais de radiodifusão sonora e televisiva, no caso de edifícios de quatro ou mais fracções autónomas. Neste caso prevê-se a existência de um barramento suplementar de terras, que será interligado ao BGT. Também nesta situação se deve prever a existência de energia eléctrica no ATE alojado no ETS, tendo em consideração o estipulado no ponto 4.3.6https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=154440.

Ao ATE são ligados, conforme o caso, os cabos de entrada das entradas aérea e subterrânea, bem como os cabos provenientes dos eventuais sistemas de antenas.

Para efeitos de tele-contagem, poderá haver a necessidade de interligação do ATE aos armários que contêm os contadores de água, gás e electricidade.

3.5.1.2 Armário de telecomunicações individual - ATI

O Armário de Telecomunicações Individual (ATI) faz parte da rede individual de tubagens e contém no seu interior todos os equipamentos (activos e passivos), de interligação entre a rede colectiva (ou de operador no caso das moradias) e a rede individual de cabos.

ATI para edifícios até 3 fracções autónomas: deverá ser instalado 1 DDC, 1 TC e espaço suficiente para alojar um segundo TC.

ATI para edifícios de 4 ou mais fracções autónomas: deverá ser instalado 1 DDC, 2 TC e espaço suficiente para alojar um terceiro TC.

Cada ATI deve disponibilizar espaço suficiente para outros dispositivos e equipamentos, nomeadamente os activos. Deverá também estar dimensionado e construído por forma a permitir a manobra e ligação de cabos e a entrada de novos serviços. Estas operações deverão ter em conta os esquemas e instruções de ligação dos dispositivos instalados, os quais devem estar no seu interior.

O ATI contém obrigatoriamente um barramento de terra, com capacidade mínima de 5 ligações, onde se vão efectuar as ligações de terra que forem necessárias.

O ATI deve disponibilizar 2 tomadas de energia 230 V AC, sem terra, para fazer face às necessidades de alimentação eléctrica. O ATI é interligado ao quadro de energia eléctrica da fracção autónoma, onde existirá o necessário disjuntor, comum às 2 referidas tomadas.

O ATI, embora faça parte da rede individual, poderá ser uma caixa semelhante à do tipo C2 mas em material não metálico. O ATI deve possuir aberturas para ventilação por convecção, na porta ou em outro local adequado. As aberturas deverão estar dimensionadas de modo a garantir a correcta ventilação dos equipamentos a instalar.

A colocação dos equipamentos no interior do ATI deverá estar de acordo com as necessidades de ventilação de cada um deles. Admite-se que os equipamentos activos que possam vir a ser instalados, nomeadamente amplificador de CATV, tenha de ficar colocado na parte superior do ATI.

As dimensões interiores mínimas do ATI, em mm, são as constantes da tabela seguinte:

Tabela 5 - Dimensões mínimas do ATI

TIPO

LARGURA

ALTURA

PROFUNDIDADE

ATI

200

300

100


A largura e a altura poderão ser trocadas, permitindo o melhor posicionamento do ATI.

Para efeitos de tele-contagem, recomenda-se que o ATI seja interligado aos armários que contêm os contadores de água, gás e electricidade.