Partilha de infra - estruturas nas Redes Móveis 3G


A partilha de infra-estruturas possui evidentes vantagens financeiras, ambientais e de rapidez na implementação das redes de terceira geração móvel (UMTS), à luz, aliás, do que já aconteceu em alguns países com a partilha de sites nas redes GSM - esta poderia ser a conclusão do seminário que decorreu em Amesterdão, entre 26 e 29 de Novembro, organizado pela IIR - Telecoms & Technology, sobre um assunto que reveste a máxima actualidade para a maioria dos operadores e reguladores de telecomunicações.

Sobre os vários níveis de partilha possíveis (partilha de sites, partilha dos nós B, partilha dos radio network controller "RNC", partilha da rede core, entre outras), as análises apresentadas apontam para as vantagens superiores resultantes da partilha dos RNCs, ou seja, RNCs virtuais (fisicamente um único RNC, mas que permite a cada operador deter o controlo funcional da sua rede incluindo a utilização das frequências que lhe tenham sido atribuídas).

A questão da disponibilidade dos equipamento foi também focada, já que existe ainda alguma dúvida em torno das datas previstas para a sua disponibilização - situação que, à partida, compromete algumas das hipóteses possíveis para a partilha.

À lista dos níveis de partilha, alguns operadores e fabricantes adicionam ainda o roaming nacional no UMTS. Esta perspectiva, em particular aplicada às zonas rurais, é naturalmente vista com bastante interesse por alguns operadores, muito embora reconheçam as grandes dificuldades que existem da perspectiva regulamentar.

Foi ainda focada a necessidade de os reguladores adaptarem as suas políticas à nova realidade, ressalvando-se, contudo, a necessidade de compatibilização com as condições gerais em que as licenças foram atribuídas.

É ainda de salientar a presença da Vodafone (Portugal) entre os oradores, tendo esta operadora efectuado um briefing sobre a situação em Portugal relativamente ao UMTS, sublinhando os aspectos, na sua opinião positivos, inerentes ao processo de atribuição das licenças e à recente clarificação emitida pelo Instituto das Comunicações de Portugal sobre a partilha de infra-estruturas.