SMM - Serviço Móvel Marítimo


/ Atualizado em 05.06.2003

Item 1.10: Considerar os resultados dos estudos e agir em conformidade relativamente a:

Item 1.10.1 - Saturação dos recursos de numeração MMSI do serviço móvel marítimo - Resolução 344 (WRC-97)

Introdução

Os equipamentos de Chamada Selectiva Digital (DSC) e ou a estação terrena de navio de cada embarcação requerem a atribuição de um único MMSI (Maritime Mobile Service Identity) que permita a sua identificação.

A atribuição do MMSI é imprescindível no estabelecimento de comunicações em DSC e via satélite, designadamente quando se trata de tráfego de socorro e segurança que requeira a intervenção das autoridades responsáveis pelas operações de busca e salvamento.

É expectável que a crescente utilização de estações terrenas de navio conduza, a médio prazo, à saturação destes recursos de numeração/identificação, atribuídos em conformidade com a Recomendação UIT-R M.585.

O Departamento das Radiocomunicações da UIT (BR) foi incumbido de verificar os recursos de numeração MMSI e reportar a situação em cada WRC.

Neste contexto, tendo em conta os recursos de numeração disponíveis, a WRC-2003 decidirá da necessidade de adopção de recursos de numeração alternativos.    

Resultados da CPM

Os estudos apontam para a necessidade de proceder a alterações ao Regulamento das Radiocomunicações por forma a evitar ambiguidades no que respeita à gestão dos MIDs (Maritime Identification Digits) e dos recursos de numeração MMSI. Em conformidade, foi proposto:

1. a revisão parcial do Artigo 19 (identificação de estações), tendo em vista:

  • a adopção de uma nova disposição 19.31A
     
  • a revogação da disposição 19.35.1
     
  • a modificação da disposição 19.36
     
  • a adopção de uma nova disposição 19.36.1
     
  • a modificação da disposição 19.101
     
  • a adopção de uma nova disposição 19.108A
     
  • a revogação da disposição 19.109
     
  • a modificação da disposição 19.112
     
  • a modificação da disposição 19.114
  • a revogação da disposição 19.115
     
  • a revogação da disposição 19.116 .

2. a revisão da Resolução 344 (WRC-97)

3.  a actualização da Recomendação UIT-R M.585

Posição da CEPT

Tendo em vista não só estabelecer as condições de atribuição de novos MIDs e  de reutilização de MMSIs mas também dar abertura à futura utilização de planos de numeração de formato livre, a CEPT desenvolveu uma Proposta Comum Europeia (ECP) na qual propõe:

1. a modificação das disposições do Artigo 19, aplicáveis, por forma:

  • a incrementar e flexibilizar a utilização dos recursos de numeração MMSI;
     
  • a permitir a  implementação  do “formato” de  numeração  livre a  nível dos novos  sistemas de comunicação por satélite no âmbito do SMM;

2. a revisão da Resolução 344 por forma permitir:

  • ao BR maior flexibilidade na gestão dos MIDs e dos recursos de numeração MMSI;
     
  • a  futura implementação  do “formato” de  numeração  livre a  nível dos novos sistemas de comunicação por satélite no âmbito do sistema GMDSS;
     
  • a identificação de recursos de numeração alternativos em caso seja previsível uma rápida exaustão dos recursos MMSI

3. a actualização da Recomendação UIT-R M.585  sobre a consignação e utilização de MMSIs por forma especificar as condições  que possibilitam:

  • a atribuição de novos MID às Administrações;
     
  • a reutilização de MMSIs consignados a navios que mudaram de bandeira ou foram abatidos ao efectivo.

Portugal manifestou a intenção de subscrever esta ECP.

Item 10.1.2 Prioridade das comunicações de socorro no sentido Terra-navio - Resolução 348 (WRC-97)

Introdução

A questão tem a ver com a dificuldade em estabelecer comunicações de socorro e segurança via satélite, sobretudo por parte das autoridades responsáveis pelas operações de busca e salvamento.

O Artigo 53 do Regulamento das Radiocomunicações determina o acesso imediato ao segmento espacial no estabelecimento de comunicações de socorro e segurança, mas na realidade a operação de estações terrenas nestas circunstâncias requer ainda a intervenção humana, através de procedimentos manuais, em vez do recurso a adequados procedimentos automáticos, inexistentes.

Por forma a ultrapassar as actuais dificuldades, a Inmarsat está a desenvolver estudos no sentido de dotar a sua rede de satélites de mecanismos automatizados que permitam o escoamento prioritário do tráfego de socorro, urgência e segurança.

Nestas circunstâncias, tendo em conta os resultados dos estudos desenvolvidos pela Inmarsat e as disposições aprovadas pela Organização Marítima Internacional (IMO), WRC-2003 irá decidir, se necessário, pela adopção de Resoluções tendo em vista garantir a prioridade das comunicações de socorro e segurança estabelecidas pelas estações costeiras envolvidas em operações de busca e salvamento.

Resultados da CPM

Com base nos estudos desenvolvidos pelo sector UIT-R foram consideradas as seguintes propostas:

1. modificação das disposições do Regulamento das Radio-comunicações com base nos procedimentos estabelecidos e/ou a estabelecer pela IMO e pela Inmarsat mediante os quais seja garantida prioridade ao tráfego de socorro originado em Terra;

2. desenvolvimento de Resoluções ou Recomendações UIT-R tendo em vista garantir acesso imediato ao segmento espacial das  comunicações de socorro e segurança, estabelecidas no sentido Terra-navio.

Posição da CEPT

A CEPT defende a continuação dos estudos tendo em vista a adopção  de  mecanismos  que  garantam  a  prioridade  e  o  acesso imediato (pre-emption) no estabelecimento de comunicações de socorro e segurança.

Em conformidade, desenvolveu uma ECP segundo a qual  não  deverão ser  efectuadas  quaisquer  modificações  ao  Regulamento das Radiocomunicações,  relativas a esta matéria, enquanto não  forem concluídos os estudos a que se refere a Resolução 348.

Portugal manifestou a intenção de subscrever esta ECP.

Posição Nacional:

A dificuldade sentida no estabelecimento de comunicações de socorro e segurança, via satélite, por parte das autoridades responsáveis pelas operações de busca e salvamento é um problema à escala mundial.

Em Portugal, o EMGFA e o IPMT (ex-IMP) defendem um maior empenhamento da IMO e da UIT no estabelecimento de procedimentos regulamentares e de requisitos operacionais que garantam o acesso imediato ao segmento espacial no estabelecimento de comunicações de socorro e segurança, sobretudo no sentido Terra - navio.

Neste contexto a Administração Portuguesa apoia esta ECP.


Consulte:

  • Glossário https://www.anacom.pt/render.jsp?categoryId=37868