I. Sumário e principais resultados


/ Atualizado em 11.04.2002
No presente estudo são realizadas comparações entre os preços do Serviço de Aluguer de Circuitos em Portugal prestado pela concessionária e os preços praticados pelos operadores históricos dos restantes países da União Europeia (UE) em Março de 2001.

O âmbito do estudo das comparações internacionais de preços foi alargado por forma a incluir os preços dos circuitos digitais de 34 Mbps, prevendo-se em estudos futuros a consideração de circuitos de maior largura de banda, embora neste momento seja escassa a evidência disponível sobre os preços praticados em boa parte dos países.

As principais conclusões são:

  • Em Portugal, o preço do cabaz global de circuitos nacionais (analógicos, digitais de 64 Kbps e digitais de 2 Mbps) é 6,7% inferior à média dos valores verificados para os restantes países da UE.

  • O preço do cabaz de circuitos analógicos nacionais é cerca de 37,0% inferior à média dos cabazes dos restantes operadores históricos europeus.

  • O preço do cabaz de circuitos digitais nacionais (64 Kbps e 2Mbps) está cerca de 4,1% abaixo da média supra referida.

  • O preço da instalação dos circuitos nacionais de menor capacidade é inferior à média da UE, sendo superior no caso dos circuitos de 2 Mbps e 34 Mbps.

Analógico 64 Kbps 2 Mbps 34 Mbps
Instalação -74,3% -67,9% 27,2% 36,6%
  • O preço da assinatura mensal dos circuitos digitais nacionais de 64 Kbps é inferior à média comunitária entre 4,6% e 42,7%, nos casos dos circuitos de 80 Kms e 2 Kms de comprimento, respectivamente.

  • O preço da assinatura mensal dos circuitos digitais nacionais de 2 Mbps é inferior à média de preços verificada nos restantes operadores históricos da UE para o aluguer de circuitos de 2 Kms de comprimento, sendo, no entanto, superior para distâncias mais longas. Relativamente aos circuitos digitais nacionais enquadrados na categoria de "rotas", as diferenças de preços para a média dos restantes países da UE são pouco significativas.

  • No que respeita aos circuitos de 34 Mbps, os preços praticados pela PT Comunicações, são 21,8% e 100,1% superiores à média dos preços praticados pelos restantes operadores considerados, para as distâncias de 400 Kms e 80 kms, respectivamente.

  • Em Portugal, os preços dos circuitos locais de 2 Kms são inferiores à média dos preços praticados pelos restantes operadores históricos da UE, excepto no que respeita aos circuitos de 34 Mbps, em que os mesmos são 46,6% superiores à média verificada para os restantes operadores.

  • Nos circuitos de 400 kms, em Portugal, os preços são superiores à média dos restantes países nos casos dos circuitos analógicos, digitais de 2Mbps e 34 Mbps, sendo inferiores no caso dos circuitos de 64 Kbps. Todavia, importará relevar, no contexto nacional, o menor peso relativo da procura de circuitos com 400 Kms de comprimento.

  • O quadro seguinte sintetiza, por distâncias, os principais desvios da assinatura mensal dos circuitos em Portugal face à média europeia:

Kms Analógico 64 Kbps 2 Mbps 34 Mbps
2 -46,6% -42,7% -11,1% 46,6%
10 -22,1% -21,6% 28,9% 68,9%
20 38,7% -21,2% 22,2% 76,6%
80 84,7% -4,6% 35,0% 100,1%
200 90,9% -7,1% 23,3% 66,4%
400 63,2% -17,4% 0,5% 21,8%


- A média simples de preços dos circuitos internacionais praticados pela PT Comunicações é inferior à média equivalente verificada para os restantes operadores nos casos dos circuitos digitais de 64 kbps e 2 Mbps, sendo superior no casos dos circuitos analógicos. Os circuitos com destino aos EUA, têm preços inferiores à média em todas as categorias de circuitos acima identificadas.

- Neste contexto, releva-se que o ICP continuará a monitorizar os preços dos circuitos alugados pela PT Comunicações, tendo em conta os princípios regulamentares aplicáveis e as competências definidas no Regulamento de Exploração de Redes Públicas de Telecomunicações.