SUMÁRIO EXECUTIVO
TESTES NO NET.MEDE
154 mil testes à velocidade dos acessos à Internet durante o 4T2023, sobretudo em acessos fixos
No 4T2023, foram realizados no NET.mede cerca de 154 mil testes à velocidade dos acessos à Internet (em média, 1671 testes diários), mais 2% que no trimestre anterior e menos 12% que no trimestre homólogo.
Cerca de 65% dos testes realizados foram através de acessos fixos residenciais e 24% de acessos móveis. O aumento do número de testes face ao trimestre anterior (+2%) resultou sobretudo do aumento do número de testes realizados através de acessos fixos residenciais (+5,2 mil ou +5%) e não residenciais (+1,1 mil ou +11%).
Os testes em acessos fixos residenciais mantiveram uma maior utilização entre as 16 e as 22 horas. No caso dos acessos móveis, as horas com maior número de testes registaram-se no período da manhã (10-12 horas) e no período da tarde (14-18 horas).
Testes à velocidade realizados em quase todos os concelhos
No 4T2023, apenas quatro concelhos não registaram testes em acessos fixos residenciais e a maioria dos concelhos (283 em 308 concelhos) registaram testes em acessos móveis.
A Área Metropolitana de Lisboa (A.M. Lisboa), em especial o concelho de Lisboa, foi a região onde se verificou um maior número de testes em acessos fixos residenciais e em acessos móveis, seguindo-se a região Norte no caso dos acessos fixos residenciais e a região Centro no caso dos acessos móveis.
RESULTADOS DOS TESTES EFETUADOS
Valor mediano da velocidade de download atingiu 157 Mbps nos acessos fixos, situando-se nos 137 Mbps na rede móvel 5G
Em metade dos testes à velocidade (mediana) efetuados no NET.mede durante o 4T2023 apurou-se:
Os resultados medianos seriam melhores nos acessos móveis caso se considerassem somente os testes dos acessos com ligação direta à rede móvel realizados na App (46 Mbps na velocidade download, 14 Mbps na velocidade upload e 29 ms na latência) e, ainda mais, caso se observassem somente os testes realizados na App, especificamente na rede móvel 5G (137 Mbps de velocidade download, 26 Mbps de velocidade upload e 26 ms de latência).
Face ao trimestre homólogo, registou-se uma melhoria dos resultados medianos em acessos fixos residenciais, com aumentos nas velocidades de download (+30%) e de upload (+15%). A exceção foi o valor mediano da latência, que se manteve igual face ao ano anterior. Nos acessos móveis os resultados medianos analisados melhoraram em comparação com o ano anterior, com aumentos na velocidade de download (+18%) e de upload (+35%) e com diminuições na latência (-3%).
A evolução poderá refletir, entre outros, no caso dos acessos fixos, a adesão dos utilizadores a ofertas com velocidades mais elevadas.
RESULTADOS REGIONAIS
Nos acessos fixos, os testes realizados na região Alentejo apresentaram os piores valores medianos de download e upload
Nos acessos fixos, os valores mais elevados apurados no download mediano registaram-se na R.A. Açores (167 Mbps) e no upload mediano registaram-se na R.A. Madeira (95 Mbps). O valor mais baixo apurado no download e upload mediano registou-se na região do Alentejo (116 Mbps e 81 Mbps, respetivamente).
A melhor latência mediana (mais reduzida) foi de 10 ms verificada na A.M. Lisboa. Já as piores latências medianas (as mais elevadas) verificaram-se na R.A. Açores e na R.A. Madeira, sendo respetivamente de 29 e de 23 ms, resultado da sua localização geográfica.
Mais de metade dos concelhos com download mediano superior a 100 Mbps e 85% dos concelhos com upload superior a 50 Mbps, nos acessos fixos
Registaram-se 167 concelhos (55%) com um download mediano superior a 100 Mbps em acessos fixos (no início de 2021 eram 17 concelhos). Por outro lado, 34 concelhos (11%) obtiveram 50 Mbps ou menos.
Em termos de upload, 15 concelhos (5%) obtiveram um valor mediano inferior ou igual a 25 Mbps e 257 concelhos (85%) um valor mediano superior a 50 Mbps. Na latência, 5 concelhos (2%) obtiveram um valor mediano inferior ou igual a 8 ms.
Entre os 5 concelhos com maior número de testes, destaca-se Vila Nova de Gaia com o melhor valor de download mediano (193 Mbps) e Oeiras com o melhor valor de upload mediano (94 Mbps).
Nos acessos móveis, os testes realizados na R.A. Madeira registaram os melhores valores medianos no download e upload
Nos acessos móveis, a R.A. Madeira apresentou os melhores resultados medianos no download (32 Mbps) e no upload (12 Mbps). O valor mais baixo apurado no download mediano registou-se nas regiões Alentejo e Centro (14 Mbps) e o valor mais baixo no upload mediano verificou-se na região Centro (7 Mbps).
A melhor latência verificou-se na A.M. Lisboa e Norte (33 ms), enquanto a pior latência mediana registou-se na R.A. Açores (53 ms).
125 concelhos com download mediano superior a 20 Mbps, nos acessos móveis
O download mediano foi superior a 20 Mbps em 125 concelhos (44%), enquanto no quarto trimestre de 2022 tinham sido 81 concelhos (28%). Por outro lado, 71 concelhos (25%) registaram um download mediano inferior ou igual a 10 Mbps.
Em termos de upload, 109 concelhos (39%) apuraram um valor mediano superior a 10 Mbps e 74 concelhos (26%) um valor mediano inferior ou igual a 5 Mbps.
Na latência, 36 concelhos (13%) apuraram um valor mediano inferior ou igual a 30 ms e 85 concelhos (30%) registaram uma latência mediana superior a 40 ms.
Entre os 5 concelhos com maior número de testes, destaca-se Sintra com os melhores valores medianos: no download (56 Mbps), no upload (22 Mbps) e na latência (23 ms).
Fonte: ANACOM, com base em dados do NET.mede (testes via browser, através de https://netmede.pthttps://netmede.pt/ e nos quais houve partilha de geolocalização, ou através da App, com indicação do concelho).
* Os resultados das velocidades excluem, no caso dos testes via browser, os testes efetuados através de browsers, sistemas operativos e/ou equipamentos não recomendados.
Nota: Os resultados indicados por região/concelho não devem ser lidos dissociadamente do número de testes efetuados nos mesmos, porque um menor número de testes é mais sensível a resultados dos testes com valores extremos obtidos, sejam valores baixos ou elevados.