Mercado móvel continua a crescer


No final do 3.º trimestre de 2008 existiam em Portugal 14,541 milhões de assinantes do Serviço Telefónico Móvel, mais 1,5% que no trimestre anterior e mais 12,4% que no período homólogo.

O significativo crescimento dos cartões pós-pagos, quer em termos trimestrais, 4,1%, quer em termos homólogos, 29,9%, para 3,671 milhões, leva a que este tipo de clientes no total de assinantes esteja a aumentar e represente já 25,2% do total. Esta evolução estará associada, entre outros factores, à adesão dos assinantes de serviços de dados baseados no UMTS que, tipicamente, implicam o pagamento de uma mensalidade.

Os cartões pré-pagos, representam cerca de 74,8% do total de assinantes. Este tipo de cartões tem crescido a taxas consistentemente inferiores às taxas dos cartões pós-pagos, 0,7% no trimestre e 7,5% em termos anuais.

Em Setembro, a taxa de penetração do serviço móvel terrestre ascendia a 137 por 100 habitantes.

Há que considerar que a interpretação do valor do número de assinantes e da penetração do STM deve levar em conta que existem utilizadores que dispõem de mais do que um cartão de acesso ao serviço e que existem cartões SIM para utilização exclusiva de serviços de dados e acesso à Internet; além disso existem cartões activos afectos a máquinas, equipamentos e viaturas; bem como cartões afectos a empresas.

No terceiro trimestre, o número de utilizadores com acesso aos serviços UMTS totalizou 3,968 milhões, 27,3% do total de assinantes do serviço móvel. O número de utilizadores activos ascendeu a 1,062 milhões, mais 10% que no período anterior e mais 79,3% em termos homólogos, e representa já 6,3% do total de assinantes móveis.

A taxa de penetração do UMTS em Setembro era 37,4 por 100 habitantes.

Durante o terceiro trimestre, os assinantes do serviço móvel terrestre realizaram mais de 1,97 mil milhões de chamadas, mais 7,4% do que no trimestre anterior. Face ao trimestre homólogo verificou-se um acréscimo de 8,2%. Verificou-se no trimestre uma aceleração do crescimento do tráfego intra-rede, com impacto ao nível do tráfego médio por assinante, que poderá estar associada ao lançamento de ofertas específicas que permitem realizar chamadas gratuitas entre os aderentes.

No mesmo período, o número de chamadas recebidas na rede móvel foi cerca de 1,95 mil milhões, mais 6,1% que no trimestre anterior e 7,6% em termos homólogos.

O tráfego fixo-móvel registou novamente uma descida, acentuando a tendência que se vem registando há alguns anos.

O número de minutos de conversação originados nas redes móveis totalizou mais de 4 mil milhões, mais 9,5% que no trimestre anterior. Face ao período homólogo, o número de minutos de conversação cresceu 12,4%, 2,3 pontos percentuais acima da média do ano anterior e 1,3 pontos abaixo da taxa de crescimento do número de assinantes.

O número de minutos terminados nas redes móveis atingiu mais de 4 mil milhões, valor que representa um aumento de 8,6% face ao trimestre anterior.

No período em análise, cada assinante realizou em média cerca de 45 chamadas mensais, mais 2,5 do que no período anterior. Cerca de 31 das chamadas realizadas têm como destino a rede do operador de origem.

O tempo médio de conversação por assinante atingiu cerca de 93 minutos por mês - mais 7 minutos que no trimestre anterior. Os assinantes falam, em média, por mês, 65 minutos com assinantes da própria rede (mais 5 que no trimestre anterior), 17 minutos com assinantes de outras redes móveis, 6 minutos com clientes da rede fixa e 5 minutos para destinos internacionais.

O número de mensagens escritas enviadas aumentou 3,8% para 6,087 mil milhões de SMS. O número médio de mensagens enviadas por assinante foi de 140 por mês – mais de 4 mensagens por dia, em termos médios.

Quanto aos MMS, foram enviados no mesmo período cerca de 22 milhões de mensagens multimedia, mais 14,8% do que no período anterior. Em termos homólogos o número de mensagens multimédia enviadas pelos utilizadores deste serviço cresceu 83,5%.

No trimestre foram realizadas cerca de 1,5 milhões de vídeochamadas, o que corresponde a um acréscimo de 22,1% face ao trimestre anterior e um crescimento homólogo de 61,4%. O tempo de conversação associado a estas vídeochamadas aumentou em cerca de 50,4% face ao trimestre anterior.

Preços abaixo da média

Em Agosto de 2008, os preços do serviço móvel terrestre praticados em Portugal, no conjunto dos planos de preços existentes, encontravam-se abaixo da média dos 19 países da União Europeia que integram a OCDE.

No caso dos planos pré-pagos, que representam 75% do mercado móvel português, Portugal apresenta preços significativamente abaixo da média o que lhe permite ocupar os lugares cimeiros do ranking - entre a 4.ª e a 6.ª posição - mesmo considerando o IVA e paridades de poder de compra.

Neste caso, nos planos pré-pagos de baixo consumo os preços estavam 14,8% abaixo da média, valor que é de 23,2% se não considerarmos as paridades de poder de compra. No caso de planos de médio consumo o desvio é maior. Os preços estão 30,3% abaixo da média, mesmo considerando as ppp; desvio que no caso dos altos consumos é ainda mais acentuado, 31,1% abaixo da média.

Nos planos pós-pagos, no caso do baixo consumo, os preços estão acima da média em 1,1%; valor que no caso do médio consumo é de 7,5%; e de 13,2% no alto consumo. Considerando além do IVA, as paridades de poder de compra, a diferença acentua-se.

No entanto, em termos globais, para todos os planos de preços, Portugal volta a apresentar um bom desempenho face à média. De facto, apresenta preços mais baixos que a média em 2,1% no caso do baixo consumo, valor que é de 6,2% no caso dos médios consumos. Só no alto consumo é que os preços estão acima da média.


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