O parque de acessos telefónicos principais instalados a pedido de clientes no final do 4.º trimestre de 2006 rondava 4,1 milhões, correspondendo a uma penetração de cerca de 39 acessos por 100 habitantes. Em relação ao trimestre anterior, verificou-se um ligeiro crescimento do número de acessos (0,3%). A redução dos acessos analógicos e dos acessos RDIS básicos é mais do que compensada pelo crescimento dos acessos suportados em tecnologia GSM. Em termos anuais, regista-se uma estabilização do número de acessos.
Em termos de quotas de acessos, as empresas do grupo Portugal Telecom detinham 78,1% do total dos acessos instalados a pedido de clientes, menos 3,1 pontos percentuais do que no trimestre anterior e menos 10,9 pontos percentuais que no final do período homólogo.
O número de clientes de serviço telefónico fixo na modalidade de acesso directo rondava os 3,2 milhões no final de Dezembro, registando-se um aumento de 2,2% face ao trimestre anterior e uma subida homóloga de 3,6%. Para tal contribuíram de forma significativa as ofertas de prestadores alternativos suportadas em tecnologia GSM, e as ofertas em pacote, integrando telefonia fixa, televisão por cabo e/ou Internet.
Relativamente ao acesso indirecto através de pré-selecção, registou-se no 4.º trimestre uma descida de 3,2% do número de clientes, que atingiu o valor de 430 mil. Em termos homólogos, o número de clientes de pré-selecção diminuiu 8,5%. Estas variações são justificadas pelo crescimento das ofertas dos operadores alternativos na modalidade de acesso directo.
No final do 4º trimestre, mais de 142 mil clientes beneficiavam da ORLA. Em relação ao trimestre anterior, o número de clientes com 'factura única' aumentou cerca de 51 mil.
A quota de clientes de acesso directo do Grupo PT registou uma quebra de 3,7 pontos percentuais, em relação ao trimestre anterior, e de 12,4 pontos percentuais face ao trimestre homólogo, situando-se nos 76,5 por cento no final do trimestre. Esta quebra resulta não só das novas ofertas dos prestadores alternativos, como também dos acessos com ORLA activada.
Nas modalidades de acesso indirecto, os restantes prestadores continuam a dispor de uma quota de mercado próxima dos 99%.
O tráfego total originado na rede fixa durante o trimestre rondou 2.220 milhões de minutos, resultantes de 733 milhões de chamadas. Embora estes valores representem variações positivas face ao trimestre anterior (o volume de minutos cresceu 3,5% e o volume de chamadas cresceu 2,4%), verifica-se uma quebra homóloga muito significativa, principalmente ao nível dos minutos - 11,6%. O volume de chamadas diminuiu 8,5% em termos homólogos.
A descida do tráfego prende-se, sobretudo, com a queda acentuada do tráfego de acesso à Internet dial-up (-47% nos minutos e -38% nas chamadas), motivada nomeadamente pela forte expansão do acesso à Internet através de tecnologias de banda larga, embora deva ser referido que, em termos homólogos, também no tráfego de voz se registaram variações negativas.
No tocante ao tráfego de voz foram originados na rede fixa cerca de 2.036 milhões minutos resultantes de cerca de 722 milhões de chamadas, correspondendo a variações de, respectivamente, 5,5% e 2,6 em relação ao trimestre anterior.
No último trimestre de 2006, 19,3% do total de minutos de voz foram originados através de acesso indirecto, valor inferior em 0,9 pontos percentuais ao observado no trimestre anterior e cerca de 1,1 pontos percentuais abaixo do registado no trimestre homólogo.
Em termos anuais, verifica-se uma subida de 0,3 pontos percentuais da proporção de tráfego cursado através de acesso indirecto no tráfego total.
Do total de chamadas de voz efectuadas, 20,7% foram realizadas através de acesso indirecto. Em termos anuais, verifica-se um crescimento da quota do acesso indirecto no total de chamadas, 0,7 pontos percentuais.
No trimestre em análise, manteve-se a tendência de diminuição dos valores das quotas de tráfego de voz do Grupo PT, tanto em minutos (69,7%, 0,9 pontos percentuais abaixo do valor registado no trimestre anterior), como em termos de chamadas (69,6%, 1,1 pontos percentuais abaixo do valor registado no trimestre anterior).
No último ano, os novos prestadores aumentaram as suas quotas em cerca de 3,2 pontos percentuais, em termos de minutos, e em 3,4 pontos percentuais, em termos de chamadas.
Consulte:
- Serviços postais https://www.anacom.pt/render.jsp?categoryId=277786
