Serviços móveis - 2.º trimestre de 2024



Esta informação é propriedade de ANACOM

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Sumário Executivo

Penetração dos serviços móveis com utilização efetiva atingiu os 128,4 por 100 habitantes

No final do segundo trimestre de 2024, a penetração do serviço móvel ascendeu a 175,9 por 100 habitantes. Caso se considerem apenas os acessos móveis com utilização efetiva1 (excluindo M2M2), a taxa de penetração em Portugal seria de 128,4. Adicionalmente, caso se excluam também os acessos afetos exclusivamente a serviços de dados e acesso à Internet (cartões associados a PC/tablet/pen/router), a taxa de penetração seria de 120,7 por 100 habitantes.

Quando considerados os acessos móveis comercializados em conjunto com serviços fixos (i.e. em pacotes convergentes), a taxa de penetração foi de 58,4 por 100 habitantes3.

O número de acessos móveis habilitados a utilizar serviços móveis totalizou 18,7 milhões. Destes, 13,7 milhões (73,0% do total) foram efetivamente utilizados. Excluindo o número de acessos afetos a PC/tablet/pen/router, o número de acessos móveis ascendeu a 12,8 milhões.

Número de utilizadores aumentou 0,3% nos últimos 12 meses

O número de assinantes que efetivamente utilizou o serviço aumentou 37 mil (+0,3%), em comparação com o final do 2T2023. A evolução verificada é explicada pela maior adesão aos planos pós-pagos e híbridos (+6,5% nos últimos 12 meses), que representam 70,9% do total de acessos efetivamente utilizados. O número de planos pré-pagos diminuiu 12,2% face ao período homólogo.

73,1% dos utilizadores acedeu a serviços de voz e Internet

Quanto à utilização dos serviços móveis, 20,9% dos utilizadores de serviços móveis apenas acedeu aos serviços de voz, enquanto 73,1% acedeu aos serviços de voz e Internet. Cerca de 6% dos utilizadores acedeu apenas à Internet, utilizando os acessos através de PC/pen/tablet/router.

57,1% dos acessos móveis utilizavam a tecnologia 4G

No final do segundo trimestre de 2024, 57,1% dos acessos móveis utilizavam a tecnologia 4G, enquanto 21,5% utilizavam a rede 2G+3G e 21,4% utilizavam a rede 5G (+11,5 p.p. face ao 2T2023).

Por tipo de utilização, os acessos 2G+3G eram utilizados sobretudo para os serviços de voz (77,9%), enquanto os acessos 4G e 5G eram utilizados sobretudo para voz e acesso à Internet (83,0% e 98,9%, respetivamente)

Utilizadores particulares representavam 80,2% do total de acessos ativos

No final do segundo trimestre de 2024, os acessos móveis de utilizadores particulares representavam 80,2% do total de acessos ativos, enquanto os acessos de utilizadores empresariais representavam 19,8%.

3,5 milhões de números móveis portados

No final do 2T2024 existiam cerca de 3,5 milhões números móveis portados. Durante este trimestre foram objeto de portabilidade 138,4 mil números móveis, correspondendo a uma diminuição, face ao trimestre homólogo, de 4,0%.

Tráfego médio por acesso diminuiu 1,4%

O tráfego de voz móvel, em minutos, diminuiu 1,2% face ao 2T2023. O número de minutos de conversação por acesso de voz móvel foi, em média, de 211 por mês, o que representa aproximadamente 7 minutos por dia. Em comparação com o ano anterior, o tráfego médio mensal diminuiu 3 minutos (-1,4%).

A duração média das chamadas foi de 2 minutos e 52 segundos por chamada, idêntica à registada no 2T2023.

Penetração de BLM atingiu os 102 por 100 habitantes

O número de utilizadores efetivos do serviço móvel de acesso à Internet fixou-se em 10,8 milhões, mais 6,2% que em igual período do ano anterior. Este valor corresponde a uma taxa de penetração de cerca de 101,6 por 100 habitantes (+4,8 p.p. do que no 2T2023).

Utilizadores de Internet no telemóvel aumentaram 6,6%

O incremento do número de utilizadores resulta de aumentos quer do número de utilizadores de Internet no telemóvel (+6,6%), quer dos utilizadores do serviço de acesso à Internet através de PC/tablet/pen/router (+1,9%).

Os acessos móveis à Internet de utilizadores particulares representavam 76,3% do total, enquanto a percentagem de utilizadores empresariais se situava nos 23,7%.

Tráfego de Internet móvel aumentou 30%

O tráfego de acesso à Internet em banda larga móvel (BLM) aumentou 30,0% face ao 2T2023. O crescimento verificado é explicado pelo aumento do número de utilizadores e, sobretudo, pelo aumento da intensidade de utilização do serviço.

Tráfego médio mensal chegou aos 12 GB/mês

O tráfego médio mensal por utilizador ativo de Internet móvel aumentou 21,5% face ao período homólogo. Cada utilizador de BLM consumiu, em média, 11,6 GB por mês. O tráfego médio mensal gerado por PC/tablet/pen/router atingiu os 30,4 GB (+5,0%).

Acessos M2M diminuíram 17,1%

No final do 2T2024 contabilizaram-se cerca de 1,2 milhões de acessos móveis ativos afetos a M2M (numeração 9x), uma diminuição de 17,1% em relação ao período homólogo. Estes acessos representavam 6,5% do total de acessos ativos.

Tráfego de Internet em roaming out registou um aumento significativo

No 2T2024, o tráfego de voz em roaming in e roaming out diminuíram face ao ano anterior (-5,7% e -5,6%, respetivamente).

O tráfego de Internet em roaming out cresceu de forma elevada face ao período homólogo (+31,5%).

Acesso à Internet em roaming in foi duas vezes superior a roaming out

No 2T2024, o grau de cobertura do tráfego em minutos de roaming in por roaming out foi de 103%. No caso do acesso à Internet, o tráfego em roaming in foi 2,4 vezes superior ao tráfego em roaming out.

Quotas dos prestadores

A MEO continua a ser o principal prestador com 37,6% dos acessos móveis ativos com utilização efetiva (excluindo M2M), seguida da NOS (30,1%) e a Vodafone (28,2%).  Seguem-se a Lycamobile e a NOWO, com quotas de 2,1% e 1,9%, respetivamente. Face ao período homólogo, as quotas de acessos móveis da NOS e Lycamobile aumentaram em 1,0 p.p. e 0,5 p.p., respetivamente, tendo as quotas da MEO, da Vodafone e da Nowo diminuído 1,3 p.p., 0,2 p.p. e 0,03 p.p., respetivamente.

No caso das quotas de subscritores de acesso à Internet em banda móvel, a quota da MEO foi de 35,6%, seguindo-se a NOS (32,3%), a Vodafone (27,7%), a Lycamobile (2,3%) e a Nowo (2,1%). Em comparação com o 2T2023, a quota da Lycamobile aumentou 1,2 p.p. enquanto as quotas da MEO, da Vodafone, da NOWO e da NOS diminuíram 0,6 p.p., 0,4 p.p., 0,2 p.p. e 0,1 p.p., respetivamente

A NOS deteve a quota mais elevada de tráfego de Internet em banda larga móvel (36,6%), seguindo-se a Vodafone (34,2%) a MEO, a NOWO e a Lycamobile e (28,2%, 0,6% e 0,4%, respetivamente). Em comparação com ano anterior, a quota da NOS aumentou 1,2 p.p. enquanto as quotas da Vodafone e da MEO diminuíram 1,1 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente.

2,9 milhões de utilizadores de Internet móvel 5G

Na sequência do leilão 5G, a ANACOM emitiu no final de 2021 os títulos que consubstanciam os direitos de utilização de frequência (DUF) a seis operadores:  Dense Air, Dixarobil (Digi Portugal), MEO, NOS, NOWO e Vodafone.

No final do 2T2024, 21,4% dos utilizadores de serviços móveis e 27,1% dos utilizadores de Internet móvel utilizaram a rede móvel 5G. O número de utilizadores de Internet móvel através de 5G totalizou 2,9 milhões, dos quais, 99% com acesso através do telemóvel.

A penetração de acessos à Internet móvel através de 5G atingiu os 27,5 por 100 habitantes.

Tráfego 5G representou 17% do total do tráfego de dados móveis

Estima-se que, no 2T2024, o tráfego cursado em redes 5G representou cerca de 17% do total de tráfego de dados móveis, atingindo os 7,8 GB mensais por utilizador de Internet móvel 5G.

Resumo gráfico: Serviços móveis no 2.º trimestre de 2024.

Notas
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1 Acessos móveis ativos, incluindo por exemplo, planos de assinatura, planos de minutos, planos de mensalidades convertíveis em tráfego, etc., que se encontram habilitados a utilizar um dos serviços contratados e que efetivamente utilizaram um dos serviços contratados no período de reporte.
2 As aplicações Machine-to-Machine (M2M) recorrem às redes móveis e à Internet para operar, monitorizar e interligar máquinas e equipamentos (i.e., telealarme, telesegurança, telemetria, etc…). Estão associadas à designada Internet das coisas.
3 Trata-se de uma parcela dos 175,9 por 100 habitantes referidos no parágrafo anterior.