Pacotes de serviços de comunicações eletrónicas - 2.º trimestre de 2024



Sumário Executivo

4,7 milhões subscreveram pacote de serviços. Ofertas 4/5P foram as mais utilizadas e segmento residencial atingiu 86,8% dos subscritores

No final do 2T2024, o número de subscritores de pacotes de serviços foi de 4,7 milhões (+107 mil ou +2,3% do que no mesmo trimestre do ano anterior). O crescimento está sobretudo associado às ofertas 4/5P (+159 mil ou +6,3%).

As ofertas 4/5P foram as mais utilizadas, contando com 2,7 milhões de subscritores (57,0% do total de subscritores de ofertas em pacote), seguindo-se as ofertas 3P, com 1,6 milhões de subscritores (34,5%). As ofertas 3P verificaram o maior decréscimo anual desde 2015 (-3,5%).

O segmento residencial representava 86,8% dos subscritores de ofertas em pacote, sendo a maior parte dessas ofertas pacotes 4/5P (59,4%). O segmento não residencial, que representava 13,2% do total, registou um peso de ofertas 2P de 23,2%, significativamente superior à verificada no segmento residencial (6,3%).

Acessos fixos eram maioritariamente oferecidos em pacote

No final do 2T2024, cerca de 85,5% dos acessos fixos foram comercializados em pacote, diferenciando-se por serviço: 83,3% nos acessos do serviço telefónico fixo (STF), 96,4% nos acessos do serviço de acesso à Internet (SAI) em local fixo e 98,1% nos acessos do serviço de distribuição de sinais de TV por subscrição (TVS). Nos acessos móveis, as ofertas em pacote registaram uma menor proporção (35,5%).

Restringindo a análise ao segmento residencial, as ofertas single-play representavam 1,1% do total de acessos residenciais de SAI e 2,8% do total de acessos residenciais do STF.

Receitas de pacotes aumentaram 9,1% e receitas unitárias 6,5%

Entre janeiro e junho de 2024, as receitas de serviços em pacote (valores sem IVA) foram de cerca de 1096 milhões de euros (53,7% do total das receitas retalhistas), tendo aumentado 9,1% face ao mesmo período do ano anterior. Há quatro trimestres consecutivos que se tem vindo a registar um crescimento anual em torno de 9%, o que não ocorria desde 2016. As receitas de ofertas 4/5P representaram 68,4% do total das receitas em pacote, ou 36,8% do total das receitas retalhistas. O segmento residencial englobou 86,7% das receitas de pacotes de serviços.

A receita média mensal por subscritor de pacote foi de 38,99 euros (+6,5% face ao período homólogo). No caso das ofertas 4/5P a receita média mensal foi de 47,46 euros (+5,1%) e de 30,21 euros no caso das ofertas 3P (+5,3%).

Quotas dos prestadores

No final do 2T2024, a MEO foi o prestador com maior quota de subscritores de serviços em pacote (41,7%), seguindo-se o Grupo NOS (35,0%), a Vodafone (20,6%) e a NOWO (2,6%). Face ao trimestre homólogo, a MEO e a Vodafone aumentaram a sua quota de subscritores (+0,4 p.p. e +0,1 p.p., respetivamente), enquanto as quotas do Grupo NOS (-0,4 p.p.) e da NOWO (-0,2 p.p.) diminuíram.

A MEO apresentou a maior quota de subscritores em todos os tipos de oferta: 2P (47,9%), 3P (39,3%) e 4/5P (42,2%); e nos dois segmentos: residencial (40,1%) e não residencial (52,4%).

No 2T2024, a Vodafone passou a ser o segundo prestador com a quota de subscritores mais elevada nas ofertas 3P (28,8%), ultrapassando o Grupo NOS (28,7%).

Por outro lado, a MEO registou igualmente a quota de receitas de serviços em pacote mais elevada (40,0%), seguindo-se o Grupo NOS (39,4%), a Vodafone (19,1%) e a NOWO (1,4%).

Por tipo de oferta e segmento de cliente, destacou-se o Grupo NOS com a maior quota de receitas de ofertas em pacote no segmento residencial (41,3%) e nas ofertas 4/5P (44,8%), e por outro lado, a MEO apresentou a maior quota de receitas de ofertas em pacote no segmento não residencial (49,0%) e nas ofertas 2P (41,3%) e 3P (42,7%).

Resumo gráfico dos pacotes de serviços no 2.º trimestre de 2024.