Sumário Executivo
92,2% das famílias dispunha de banda larga fixa
No primeiro semestre de 2023 (1S2023), a taxa de penetração dos clientes residenciais de banda larga fixa foi de 92,2 por 100 famílias, mais 2,9 pontos percentuais (p.p.) do que no mesmo período do ano anterior.
Banda larga fixa cresceu 3,3% nos últimos doze meses
Por número de acessos de banda larga fixa, em comparação com o semestre homólogo verificou-se um aumento em 146 mil acessos (+3,3%), tendo atingido 4,5 milhões.
A fibra ótica (FTTH) foi a principal forma de acesso à Internet em banda larga fixa, atingindo 65,0% do total de acessos, mais 3,1 p.p. do que no primeiro semestre de 2022 (1S2022). A FTTH foi também a responsável pelo crescimento do número de acessos verificado. Nos últimos 12 meses, o número de acessos suportados em fibra ótica aumentou em 232 mil acessos (+8,5%).
Os acessos suportados em redes de TV por cabo diminuíram 1,0%, e representavam 26,0% do total (-1,1 p.p. do que há 12 meses). Os acessos fixos suportados nas redes móveis diminuíram 5,3% e tinham um peso de 5,4% (-0,5 p.p.). Os acessos ADSL mantiveram a tendência decrescente, tendo diminuído 29,8%, por via da substituição por acessos de nova geração. O ADSL representava 3,3% do total de acessos (-1,6 p.p.).
89,7% dos acessos com velocidades de download anunciadas de pelo menos 100 Mbps
Quanto às velocidades de acesso, no final do 1S2023, 89,7% dos acessos de banda larga fixa disponibilizavam banda larga ultrarrápida (i.e. velocidade de download 1 superior ou igual a 100 Mbps), mais 2,3 p.p. do que no semestre homólogo.
Em julho de 2022, Portugal era o quarto país da UE com maior proporção de acessos com velocidades de download iguais ou superiores a 100 Mbps.
O aumento da proporção de acessos de banda larga ultrarrápida ocorreu em simultâneo com o desenvolvimento das redes de fibra ótica (FTTH) e da introdução do DOCSIS 3.x nas redes de TV por cabo. Estes dois tipos de redes foram responsáveis por 70% e 29% dos acessos com pelo menos 100 Mbps, respetivamente.
Tráfego de banda larga com novo máximo histórico
O tráfego total de Internet em banda larga fixa aumentou 16,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior, tendo vindo a atingir sucessivos máximos históricos. O tráfego médio mensal por acesso foi de 272 GB, mais 13,0% do que no semestre homólogo.
Quotas dos prestadores
Nos mercados do serviço de acesso à Internet em banda larga fixa, estão presentes quatro entidades com quotas de subscritores relevantes: a MEO (41,0%), o Grupo NOS (33,9%), a Vodafone (21,8%) e a NOWO (2,8%). Em comparação com o semestre homólogo, as quotas da Vodafone e da MEO aumentaram 0,3 p.p. e 0,2 p.p. (respetivamente), enquanto as quotas do Grupo NOS e da NOWO diminuíram 0,4 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente. A MEO foi o prestador que captou mais clientes em termos líquidos.
Caso se considerem apenas os acessos residenciais, a MEO dispôs da quota de subscritores mais elevada (39,3%), seguindo-se o Grupo NOS (36,1%), a Vodafone (21,0%) e a NOWO (3,2%). Em relação ao semestre homólogo, as quotas da Vodafone e da MEO aumentaram 0,4 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente, enquanto as quotas do Grupo NOS e da NOWO diminuíram 0,4 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente.
No que respeita a quotas de tráfego de banda larga fixa, a MEO atingiu no 1S2023 os 42,4%, seguindo-se o Grupo NOS com 30,1% e a Vodafone com 24,0%. A quota da NOWO foi de 1,7%. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, a quota de tráfego da MEO aumentou (+0,6 p.p.), enquanto a quota do Grupo NOS se manteve e as quotas da Vodafone e NOWO diminuíram 0,7 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente.