Tráfego de banda larga fixa aumentou 16,4%, atingindo novo máximo histórico


No 1.º trimestre de 2023, a taxa de penetração dos clientes residenciais de banda larga fixa foi de 91,7 por 100 famílias, mais 3,2 pontos percentuais (p.p.) do que no mesmo período do ano anterior. Em comparação com o trimestre homólogo, o número de acessos de banda larga fixa aumentou em 152 mil acessos (+3,5%), tendo atingido 4,5 milhões.

A fibra ótica (FTTH) foi a principal forma de acesso à Internet em banda larga fixa, atingindo 64,4% do total de acessos, mais 3,4 p.p. do que no primeiro trimestre de 2022 (1T2022). A FTTH foi também a responsável pelo crescimento do número de acessos. Nos últimos 12 meses, o número de acessos suportados em fibra ótica aumentou em 246 mil acessos (+9,3%).

Os acessos Internet em banda larga fixa suportados em redes de TV por cabo diminuíram 0,8%, e representavam 26,3% do total (-1,1 p.p. do que há 12 meses). Os acessos fixos suportados nas redes móveis diminuíram 5,9% e tinham um peso de 5,5% (-0,5 p.p.). Os acessos ADSL mantiveram a tendência decrescente, tendo diminuído 30,6%, substituídos por acessos de nova geração. O ADSL representava 3,6% do total de acessos (-1,8 p.p.).

No final de 2022, 89% dos acessos de banda larga fixa eram acessos de banda larga ultrarrápida (i.e., velocidade de download superior ou igual a 100 Mbps), mais 2,8 p.p. do que no trimestre homólogo.

Em julho de 2022, Portugal era o quarto país da UE com maior proporção de acessos com velocidades de download iguais ou superiores a 100 Mbps.

O aumento da proporção de acessos de banda larga ultrarrápida ocorreu em simultâneo com o desenvolvimento das redes de fibra ótica (FTTH) e da introdução do DOCSIS 3.x nas redes de TV por cabo. Estes dois tipos de redes foram responsáveis por 70% e 29% dos acessos com pelo menos 100 Mbps, respetivamente.

O tráfego total de Internet em banda larga fixa aumentou 16,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior, tendo vindo a atingir sucessivos máximos históricos. O tráfego médio mensal por acesso foi de 270 GB, mais 12,4% do que no trimestre homólogo. A partir do 3.º trimestre de 2021, a pandemia da COVID-19 deixou de ter um impacto significativo no tráfego médio por acesso, retomando-se gradualmente a tendência de crescimento observada no período pré-pandemia.

Nos mercados do serviço de acesso à Internet em banda larga fixa, estão presentes quatro entidades com quotas de subscritores relevantes: a MEO (41%), o Grupo NOS (34%), a Vodafone (21,7%) e a NOWO (2,9%). Em comparação com o trimestre homólogo, as quotas da MEO e da Vodafone aumentaram 0,3 p.p. cada uma, enquanto as quotas do Grupo NOS e da NOWO diminuíram 0,3 p.p. cada uma. A MEO foi o prestador que captou mais clientes em termos líquidos.

Caso se considerem apenas os acessos residenciais, a MEO dispôs da quota de subscritores mais elevada (39,3%), seguindo-se o Grupo NOS (36,2%), a Vodafone (20,8%), e a NOWO (3,3%). Em relação ao trimestre homólogo, as quotas da Vodafone e da MEO aumentaram 0,3 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente, enquanto as quotas do Grupo NOS e da NOWO diminuíram 0,3 p.p. cada uma.

No que respeita a quotas de tráfego de banda larga fixa, a MEO atingiu os 42,4%, seguindo-se o Grupo NOS com 29,9% e a Vodafone com 24,1%. A quota da NOWO foi de 1,8%. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, a MEO foi o único prestador cuja quota de tráfego aumentou (+0,9 p.p.), sendo que a quota da Vodafone, Grupo NOS e NOWO diminuíram 0,7 p.p., 0,3 p.p. e 0,1 p.p., respetivamente.

Resumo gráfico do serviço de acesso à Internet em local fixo no primeiro trimestre de 2023


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