Encomendas transfronteiriças aumentaram 18,7% e as receitas cresceram 13,7%


Em 2021, o número de encomendas cursadas nas redes postais dos principais prestadores do serviço de encomendas em Portugal aumentou 18,7%, tendo o volume de negócios aumentado 13,7%.

O crescimento mais significativo ocorreu no caso das encomendas internacionais de entrada cujo tráfego aumentou 40,3%, seguindo-se as encomendas nacionais (+12,6%) e as encomendas internacionais de saída (+10,7%).

Este crescimento do tráfego de encomendas está associado aos efeitos da pandemia de COVID-19.  Com efeito, os anos de 2020 e de 2021 registaram sucessivos máximos históricos de utilizadores de comércio eletrónico e os maiores crescimentos da última década, reflexo do confinamento da população e do encerramento de estabelecimentos comerciais. Em 2021, cerca de 52% dos indivíduos referiu ter utilizado o comércio eletrónico nos últimos 12 meses (+7 p.p. que em 2020 e +13 p.p. que em 2019).

Do total de encomendas, 63,4% foram nacionais, 27% tiveram origem noutros países (encomendas internacionais de entrada) e 9,6% foram originadas em Portugal e enviadas para o exterior (encomendas internacionais de saída). No total, as encomendas internacionais representaram 36,6% do tráfego.

Por outro lado, 48,7% das receitas de encomendas dos principais prestadores em Portugal foi gerado pelas encomendas nacionais, 19,6% proveio das encomendas internacionais recebidas e 31,7% resultou das encomendas internacionais de saída. Ou seja, as encomendas internacionais representavam 51,3% do volume de negócios deste serviço.

Cerca de 97% das encomendas internacionais recebidas em Portugal e 81,9% encomendas internacionais de saída tiveram como origem ou destino países do Espaço Económico Europeu (EEE).

Considerando a totalidade das encomendas internacionais (encomendas recebidas e expedidas) o EEE foi origem ou destino de 93,0% das encomendas internacionais e de 34,1% do total de tráfego. Os países do EEE representaram 89,3% do volume de negócios das encomendas internacionais recebidas e 63,3% do volume de negócios encomendas internacionais enviadas. No total, o EEE representou 73,2% do volume de negócios das encomendas internacionais e 37,6% do volume de negócios total deste serviço.

Em 2021, a receita média por encomenda foi de 4,95 euros, uma diminuição de 4,3% em relação ao ano anterior. A receita unitária das encomendas internacionais recebidas foi a mais reduzida (3,59 euros), seguindo-se a receita unitária das encomendas nacionais (3,80 euros) e das encomendas internacionais de saída (16,32 euros). Em relação ao ano anterior, registou-se uma diminuição de 2,7% e de 9,8% das receitas unitárias de encomendas nacionais e de encomendas internacionais de entrada, respetivamente, e um aumento de 2,2% das receitas unitárias de encomendas internacionais de saída.

A receita média unitária do tráfego com destino extra-EEE foi 2,6 vezes superior à receita do tráfego com destino ao EEE, enquanto a receita unitária do tráfego proveniente de países extra-EEE foi 3,9 vezes superior à receita do tráfego proveniente de países do EEE.

Por outro lado, a receita unitária das encomendas internacionais recebidas foi 5,5% inferior à receita unitária das encomendas nacionais.

Em 2021, o número de trabalhadores a tempo inteiro representava 86,0% do total, enquanto os trabalhadores a tempo parcial e temporários representavam 2,5% e 11,9%, respetivamente. Neste período, o número de trabalhadores associados (não exclusivamente) à prestação de serviços de entregas de encomendas diminuiu 1,4%. O número de trabalhadores a tempo inteiro aumentou 0,3%, enquanto o número de trabalhadores a tempo parcial e temporários diminuíram 7,6% e 8%, respetivamente.

Em 2021, 8 prestadores de serviços de entrega de encomendas subcontrataram 562 empresas. A maior parte das empresas subcontratadas esteve envolvida na distribuição (85,4%) e no transporte de encomendas (25,1%).

Resumo gráfico dos serviços transfronteiriços de entrega de encomendas 2021


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