NET.mede - Relatório do 3.º trimestre de 2021



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Sumário executivo

TESTES NO NET.MEDE

214 mil testes à velocidade dos acessos à Internet durante o 3T2021, sobretudo em acessos fixos

No 3T2021, foram realizados no NET.mede cerca de 214 mil testes à velocidade dos acessos à Internet (em média, 2327 testes diários), dos quais 70% realizados em acessos fixos nacionais de clientes residenciais e 22% em acessos móveis. Os restantes testes provieram de acessos identificados como não residenciais (7%), associados a operadores estrangeiros (0,02%) ou, ainda, indefinidos (2%). 

O número de testes voltou a diminuir face ao trimestre anterior (menos 25%) e ao homólogo (menos 30%). Refere-se ao número de testes trimestral mais baixo desde o início da pandemia, declarada a 11.03.2020.

Desde o início da pandemia que o período da tarde tende a ser o  momento preferencial para a realização dos testes, seja em acessos fixos residenciais ou móveis, com maior incidência entre as 15 e as 22 horas. Antes da pandemia o número de testes concentrava-se entre as 18 e as 22 horas.

A maior parte dos concelhos de Portugal registou testes à velocidade

Entre os 308 concelhos de Portugal, 306 concelhos tiveram testes de velocidade associados em acessos fixos residenciais e 300 concelhos em acessos móveis.

As regiões da Área Metropolitana de Lisboa (A.M. Lisboa) e Norte registaram o maior número de testes no caso dos acessos fixos. Nos acessos móveis, o maior número de testes ocorreu nas regiões Centro e Norte.

Lisboa foi o concelho com o maior número de testes à velocidade no 3T2021, quer se trate de acessos fixos residenciais quer de acessos móveis. 

RESULTADOS DOS TESTES EFETUADOS

Metade dos testes à velocidade de download através de acessos fixos residenciais atingiu pelo menos 89 Mbps e nos acessos móveis pelo menos 9 Mbps

Em metade dos testes à velocidade (mediana) efetuados no NET.mede durante o 3T2021 apurou-se:

Resultados - 3.º trimestre de 2021

Face ao trimestre homólogo, registou-se uma melhoria dos resultados medianos em acessos fixos residenciais, com aumentos de 70% e de 116%, respetivamente nas velocidades de download e de upload, e uma redução de 5%, ao nível da latência.

No caso dos acessos móveis, houve também um aumento em termos homólogos, em 25% e 21%, respetivamente nas velocidades de download e de upload, e uma ligeira redução (2%) da latência.

A evolução poderá refletir, entre outros, a adesão dos utilizadores a ofertas com velocidades mais elevadas, bem como uma possível menor carga nas redes.

RESULTADOS REGIONAIS

Nos acessos fixos, os testes realizados na A.M. Lisboa apresentaram o melhor download mediano e na R.A. Madeira o melhor upload mediano

Nos acessos fixos, o valor mais baixo apurado no download mediano foi 78 Mbps, no Alentejo, e o mais elevado foi 108 Mbps, na A.M. Lisboa.

Ao nível do upload mediano, o valor mais baixo apurado foi 49 Mbps, igualmente no Alentejo, e o valor mais elevado foi 61 Mbps, na Região Autónoma da Madeira (R.A. Madeira).

As piores latências medianas (mais elevadas) verificaram-se na Região Autónoma dos Açores (R.A. Açores) e na R.A. Madeira, sendo respetivamente de 29 e de 23 ms, resultado da sua posição geográfica comparativamente com as restantes regiões de Portugal. Já a melhor latência mediana (mais reduzida) foi 9 ms e verificou-se na A.M. Lisboa. 

7 em cada 10 concelhos com download mediano superior a 50 Mbps e 56% dos concelhos no caso do upload

Num total de 304 concelhos com testes à velocidade em acessos fixos, considerados válidos, sete em cada dez registaram um download mediano superior a 50 Mbps (214 concelhos) e 29 concelhos (10%) 25 Mbps ou menos, neste segundo caso maioritariamente localizados no interior do território continental. Em termos de upload, 170 concelhos (56%) obtiveram um valor mediano superior a 50 Mbps. Na latência, 33 concelhos (11%) obtiveram um valor mediano inferior ou igual a 10 ms.

Entre os 5 concelhos com maior número de testes, destacam-se Cascais, Lisboa e Oeiras com valores medianos de download acima de 100 Mbps e no caso do upload destacam-se Cascais e Oeiras com 78 Mbps ou mais. Nos concelhos com mais testes, as latências medianas foram muito semelhantes (entre os 8 ms e os 10 ms), com exceção do Porto (14 ms).

Nos acessos móveis, os testes realizados na R.A. Açores registaram os melhores resultados medianos no download e no upload, ainda que ao nível da latência mediana tenha obtido o pior resultado nacional

Nos acessos móveis, o valor mais baixo apurado no download mediano foi 4 Mbps, no Algarve, e o mais elevado foi 16 Mbps, na R.A. Açores.

Ao nível do upload mediano, o valor mais baixo foi apurado na R.A. Madeira (4 Mbps) e o mais elevado na R.A. Açores e na A.M. Lisboa (ambos com 8 Mbps).

A pior latência mediana registou-se na R.A. Açores (61 ms), enquanto nas restantes regiões foi muito semelhante (entre os 39 ms e os 44 ms).

Ao nível dos concelhos, mais de metade apurou um download mediano superior a 10 Mbps e 14% obtiveram um upload mediano superior a 10 Mbps.

Num total de 299 concelhos com testes à velocidade considerados válidos, mais de metade (156 concelhos, 52% do total com testes efetuados) obtiveram um download mediano superior a 10 Mbps, tendo o download mediano sido inferior ou igual a 5 Mbps em 62 concelhos (21%). Em termos de upload, 42 concelhos (14%) apuraram um valor mediano superior a 10 Mbps e 122 concelhos (41%) entre 5 Mbps e 10 Mbps. Na latência, 78 concelhos (26%) apuraram um valor mediano inferior ou igual a 40 ms, tendo em 53 concelhos (18%) a latência sido superior a 50 ms.

Entre os 5 concelhos com maior número de testes, destaca-se o Porto com o melhor valor mediano de download (27 Mbps), de upload mediano (13 Mbps) e de latência (38 ms), apresentando Loulé o desempenho mediano inferior nestes parâmetros, entre estes mesmos concelhos.

Principais resultados - 3.º trimestre de 2021