NET.mede - Relatório do 2.º trimestre de 2021



Esta informação é propriedade de ANACOM

Sumário executivo

TESTES NO NET.MEDE

287 mil testes à velocidade dos acessos à Internet durante o 2T2021, sobretudo em acessos fixos

No 2T2021, foram realizados no NET.mede cerca de 287 mil testes à velocidade dos acessos à Internet (em média, 3150 testes diários), dos quais 73% realizados em acessos fixos nacionais de clientes residenciais e 18% em acessos móveis. Os restantes testes provieram de acessos identificados como não residenciais (7%), associados a operadores estrangeiros (0,1%) ou, ainda, indefinidos (2%). 

O número de testes diminuiu notoriamente face aos trimestres anterior (menos 42%) e homólogo (menos 44%), trimestres marcados pelo dever geral de recolhimento domiciliário, teletrabalho obrigatório e ensino à distância decorrentes das medidas associadas à pandemia da COVID-19. A redução do número de testes registados no 2T2021, resulta em parte do levantamento progressivo das medidas restritivas impostas iniciado a 15.03.2021.

Desde o início da pandemia que o período da tarde tende a ser o momento preferencial para a realização dos testes, seja em acessos fixos residenciais ou móveis, com maior incidência entre as 15 e as 22 horas. Antes da pandemia o número de testes concentrava-se entre as 18 e as 22 horas.

A maior parte dos concelhos de Portugal registou testes à velocidade

Entre os 308 concelhos de Portugal, 306 concelhos tiveram testes de velocidade associados em acessos fixos residenciais e 292 concelhos em acessos móveis.

As regiões da Área Metropolitana de Lisboa (A.M. Lisboa) e Norte registaram o maior número de testes, quer no caso dos acessos fixos quer no caso dos acessos móveis.

Lisboa foi o concelho com o maior número de testes à velocidade no 2T2021, quer se tratem de acessos fixos residenciais ou acessos móveis. 

RESULTADOS DOS TESTES EFETUADOS

Metade dos testes à velocidade de download através de acessos fixos residenciais atingiu pelo menos 83 Mbps e nos acessos móveis pelo menos 12 Mbps

Em metade dos testes à velocidade (mediana) efetuados no NET.mede durante o 2T2021 apurou-se:

Resultados - 2.º trimestre de 2021

Face ao trimestre homólogo, marcado pelo primeiro confinamento da pandemia COVID-19, registou-se uma melhoria dos resultados medianos em acessos fixos residenciais, com aumentos de 83% e de 113%, respetivamente nas velocidades de download e de upload, e uma redução de 11%, ao nível da latência.

No caso dos acessos móveis, houve também um aumento em termos homólogos, em 68% e 22%, respetivamente nas velocidades de download e de upload, enquanto a latência foi semelhante (-2%).

A evolução poderá refletir, entre outros, a adesão dos utilizadores a pacotes com velocidades mais elevadas, bem como uma possível menor carga nas redes.

RESULTADOS REGIONAIS

Nos acessos fixos, os testes realizados na A.M. Lisboa apresentaram o melhor download mediano e na R.A. Açores o melhor upload mediano

Nos acessos fixos, o valor mais baixo apurado no download mediano foi 80 Mbps, no Alentejo, e o mais elevado foi 94 Mbps, na A.M. Lisboa.

Ao nível do upload mediano, o valor mais baixo apurado foi 46 Mbps na A.M. Lisboa, e o valor mais elevado foi 59 Mbps, na Região Autónoma dos Açores (R.A. Açores).

As piores latências (mais elevadas) medianas verificaram-se na R.A. Açores  (28 ms) e na Região Autónoma da Madeira (R.A. Madeira) (23 ms), resultado da sua posição geográfica comparativamente com as restantes regiões de Portugal. Já a melhor latência (mais reduzida) mediana foi 9 ms e verificou-se na A.M. Lisboa. 

Ao nível dos concelhos, dois em cada três obtiveram um download mediano superior a 50 Mbps e quase metade obtiveram um upload mediano superior a 50 Mbps

Num total de 306 concelhos com testes à velocidade em acessos fixos, dois em cada três registaram um download mediano superior a 50 Mbps (205 concelhos, 67% do total) e 29 concelhos (9%) 25 Mbps ou menos, maioritariamente localizados no interior do território continental. Em termos de upload, 147 concelhos (48%) obtiveram um valor mediano superior a 50 Mbps. Na latência, 36 concelhos (12%) obtiveram um valor mediano inferior ou igual a 10 ms.

Entre os 5 concelhos com maior número de testes, destacam-se Cascais, Sintra e Lisboa com valores medianos de download acima de 100 Mbps e no caso do upload destaca-se Sintra com 79 Mbps. Nestes concelhos, aqueles com menor latência mediana foram Lisboa e Cascais (8 ms) e Sintra (9 ms).

Nos acessos móveis, os testes realizados na R.A. Açores registaram os melhores resultados medianos no download e no upload, ainda que ao nível da latência mediana tenha obtido o pior resultado nacional

Nos acessos móveis, o valor mais baixo apurado no download mediano foi 10 Mbps, no Algarve, e o mais elevado foi 20 Mbps, na R.A. Açores. Em todas as restantes regiões, o download  mediano medido variou entre 11 e 12 Mbps.

Tal como verificado para o download, ao nível do upload mediano, o valor mais baixo foi apurado no Algarve (4 Mbps) e o mais elevado na R.A. Açores (10 Mbps).

A pior latência mediana registou-se na R.A. Açores (51 ms), enquanto a melhor latência mediana foi registada na A.M. Lisboa (37 ms).

Ao nível dos concelhos, mais de metade apurou um download mediano superior a 10 Mbps e 15% obtiveram um upload mediano superior a 10 Mbps.

Num total de 292 concelhos com testes à velocidade, mais de metade (156 concelhos, 53% do total com testes efetuados) obtiveram um download mediano superior a 10 Mbps e o download mediano foi inferior ou igual a 5 Mbps em 33 concelhos (11%). Em termos de upload, 44 concelhos (15%) apuraram um valor mediano superior a 10 Mbps e 93 concelhos (32%) entre 5 Mbps e 10 Mbps. Na latência, 88 concelhos (30%) apuraram um valor mediano inferior ou igual a 40 ms, tendo em 50 concelhos (17%) a latência sido superior a 50 ms.

Entre os 5 concelhos com maior número de testes, destaca-se Resende com um valor mediano de download de 22 Mbps e um upload mediano de 12 Mbps. Na latência destacam-se Sintra e Lisboa, com 36 ms e 39 ms, respetivamente.

Principais resultados - 2.º trimestre de 2021