Serviço de acesso à Internet em local fixo - 1.º trimestre de 2021



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Sumário Executivo

87,4% das famílias dispunham de banda larga fixa

No final do 1.º trimestre de 2021 (1T2021), a taxa de penetração dos clientes residenciais de banda larga fixa foi de 87,4 por 100 famílias clássicas, mais 5,9 pontos percentuais (p.p.) do que no trimestre homólogo do ano anterior. O crescimento verificado resultou, não apenas do crescimento do número de acessos, mas também do efeito estatístico resultante da diminuição do número de famílias clássicas (-1,9%).

Banda larga fixa cresceu 4,8% nos últimos doze meses

Em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o número de acessos de banda larga fixa aumentou em 191 mil acessos (+4,8%), tendo atingido 4,2 milhões.

A fibra ótica (FTTH) foi a principal forma de acesso à Internet em banda larga fixa (56,4% do total de acessos, +4,7 p.p. do que no 1.º trimestre de 2020 (1T2020). A FTTH foi também a forma de acesso que mais contribuiu para o crescimento do número de acessos. Nos últimos 12 meses, o número de acessos suportado em fibra ótica aumentou em 294 mil acessos (+14,2%).

Os acessos suportados em redes de TV por cabo aumentaram 0,2%, e representavam 28,6% do total (-1,3 p.p. do que há 12 meses). Os acessos ADSL mantiveram a tendência de queda, tendo diminuído 25,5%, substituídos por acessos de nova geração. O ADSL representava 8,1% do total de acessos (-3,3 p.p.). Os acessos fixos suportados nas redes móveis aumentaram 3,6%, e tinham um peso de 6,8% (-0,1 p.p.).

Crescimento do tráfego devido a COVID-19

O tráfego total de Internet em banda larga fixa aumentou 69,6% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. O tráfego médio mensal por acesso foi de 260 GB, mais 61,8% do que no 1T2020, e um novo máximo histórico. O tráfego médio mensal foi cerca de 100 GB superior ao verificado no 1T2020, período em que se iniciou o primeiro confinamento.

Estima-se que a COVID-19 tenha provocado um acréscimo de 54% do tráfego médio por acesso no 1T2021. Caso não tivesse ocorrido a pandemia, estima-se que o tráfego médio de dados fixos, em vez de ter crescido 61,8%, tivesse crescido 22% no 1T2021.

Quotas dos prestadores

Nos mercados do serviço de acesso à Internet em banda larga fixa, estão presentes quatro entidades com quotas de subscritores relevantes: a MEO (40,6%), o Grupo NOS (34,8%), a Vodafone (20,9%) e a NOWO (3,4%). Em comparação com o trimestre homólogo, a Vodafone foi o prestador cuja quota de acessos mais aumentou (+0,7 p.p.), enquanto que a MEO foi o prestador que captou mais clientes em termos líquidos, tendo aumentado a sua quota em 0,3 p.p. As quotas dos Grupos NOS e da NOWO diminuíram 0,7 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente.

Caso se considerem apenas os acessos residenciais, a MEO dispôs da quota de subscritores mais elevada (39,0%), seguindo-se o Grupo NOS (37,0%), a Vodafone (19,9%), e a NOWO (3,8%). As quotas da Vodafone e da MEO aumentaram 0,8 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente, enquanto as quotas do Grupo NOS e da NOWO diminuíram 0,7 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente.

No que respeita a quotas de tráfego de banda larga fixa, a MEO atingiu os 38,7%, seguindo-se o Grupo NOS com 34,3% e a Vodafone com 23,4%. A quota da NOWO foi de 2,0%. Em comparação com o trimestre homólogo, o Grupo NOS foi o prestador cuja quota de tráfego mais aumentou (+0,5 p.p.), seguindo-se a NOWO (+0,3 p.p.). A quota da MEO diminuiu 0,2 p.p. e a quota da Vodafone manteve-se constante.

Resumo gráfico do serviço de acesso à Internet em local fixo no 1.º trimestre de 2021