Teve lugar, em Berna (Suíça), a 26 e 27 de outubro de 2020, uma sessão extraordinária do Conselho de Administração (CA) da UPU, a pedido de mais de dois terços dos países membros, com o objetivo de analisar um conjunto de propostas relativas ao adiamento do 27.º Congresso, inicialmente previsto para agosto de 2020, mas adiado sine die por força da pandemia de COVID-19.
A Costa do Marfim manteve a sua intenção de acolher o 27.º Congresso em Abidjan e propôs a data alternativa de agosto de 2021. Vários países africanos propuseram a declaração formal da pandemia de COVID-19 como o motivo de força maior que levou ao adiamento do 27.º Congresso, contrariando uma outra proposta subscrita pelos Estados Unidos da América, França, México, Japão, Eslovénia e Tailândia e apoiada por 45 outros países, que defendia a necessidade de se realizar o 27.º Congresso ainda em 2020, para realização de eleições e para dar resposta às preocupações orçamentais, adiando as demais matérias de deliberação do Congresso para um Congresso extraordinário a acontecer, então, em 2021, na Costa do Marfim (assim as condições de segurança e sanitárias da pandemia mundial o permitissem).
O CA acabou por aprovar uma proposta que estabelece a realização do Congresso em agosto de 2021 na Costa do Marfim, salvo se, até 30 de junho de 2021, se conclua que, definitivamente, não há condições para isso. Nesse caso, optar-se-á pela alternativa prevista nos Atos de organizar o 27.º Congresso sem país anfitrião (na Suíça, sede da UPU), em setembro de 2021.
Tratou-se de uma reunião longa e dura, com discussões acérrimas e aguerridas e que, ao contrário do que se pretendia, bipolarizou a UPU, mesmo quando, já depois de acordado o texto da resolução final, vários países se manifestaram descontentes e pediram que se registasse em Ata que esta resolução não é consensual.
A Ucrânia apresentou Vladyslav Dubenko, atual Diretor Financeiro da Secretaria Internacional da UPU, como candidato a Vice-Diretor Geral da UPU.
