Tráfego total de Internet em banda larga fixa aumenta 61,1% devido ao impacto da COVID-19


No final do 1.º semestre de 2020 (1S2020), a taxa de penetração dos clientes residenciais de banda larga fixa foi de 82,6 por 100 famílias clássicas, mais 4,0 pontos percentuais (p.p.) do que no semestre homólogo do ano anterior.

O número de acessos de banda larga fixa aumentou em 190 mil acessos (+4,9%), em comparação com o mesmo semestre do ano anterior, tendo atingido 4,1 milhões. O crescimento que se tem verificado nos últimos anos está a desacelerar.

A fibra ótica (FTTH) foi a principal forma de acesso à Internet em banda larga fixa, com 52,5% do total de acessos (+4,3 p.p. do que no 1.º semestre de 2019 – 1S2019). O FTTH foi também a forma de acesso que mais contribuiu para o crescimento do número de acessos. Nos últimos 12 meses, o número de acessos suportado em fibra ótica aumentou em 268 mil acessos (+14,4%).

No 1S2020, os acessos suportados em redes de televisão por cabo aumentaram 1,6%, o valor mais alto desde o 1.º semestre de 2018, e representavam 29,7% do total (-1 p.p. do que há 12 meses). Os acessos ADSL mantiveram a tendência de queda, tendo diminuído 20,1% em comparação com o 1S2019. O ADSL representava 10,7% do total de acessos (-3,3 p.p.).

 Os acessos fixos suportados nas redes móveis aumentaram 3,9%, o primeiro aumento semestral desde o final de 2018, e tinham um peso de 7,0% (-0,1 p.p.). Este tipo de acessos ficou acima do intervalo de previsão resultante da tendência histórica, eventualmente devido à substituição de local de utilização resultante do impacto da COVID-19.

O tráfego total de Internet em banda larga fixa aumentou 61,1% em comparação com o mesmo semestre do ano anterior. O tráfego médio mensal por acesso chegou aos 185,2 GB, mais 53,6% do que no 1S2019. Trata-se do valor mais elevado registado até à data. Há um ano o tráfego médio por acesso tinha crescido 23,9%.

O crescimento do tráfego acentuou-se no 1S2020 devido aos efeitos da COVID-19. A pandemia provocou alterações dos padrões de utilização do serviço que resultaram numa aceleração do crescimento do tráfego de Internet. Estima-se que, em média, o tráfego de dados fixos tenha aumentado 59% durante o estado de emergência.

No que respeita às quotas dos prestadores, nos mercados do serviço de acesso à Internet em banda larga fixa, estão presentes quatro entidades com quotas de subscritores relevantes: a MEO (40,4%), o Grupo NOS (35,5%), a Vodafone (20,2%) e o Grupo NOWO/Onitelecom (3,7%).

Em comparação com o semestre homólogo, a Vodafone foi o prestador cuja quota de acessos mais aumentou (+0,6 p.p.), enquanto que a MEO foi o prestador que captou mais clientes em termos líquidos, tendo aumentado a sua quota em 0,1 p.p. As quotas dos Grupos NOS e NOWO/Onitelecom diminuíram (0,6 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente).

Caso se considerem apenas os acessos residenciais, a MEO dispunha da quota de subscritores mais elevada (38,8%), seguindo-se o Grupo NOS (37,7%), a Vodafone (19,3%), e o Grupo NOWO/Onitelecom (4,1%). A quota da MEO manteve-se, a quota da Vodafone aumentou 0,7 p.p. e as quotas do Grupo NOS e da NOWO/Onitelecom diminuíram 0,6 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente.

Resumo gráfico: Serviço de acesso à Internet em local fixo - 1.º semestre de 2020


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