Serviço de TV paga ganha 160 mil novos clientes até março


O serviço de distribuição de sinal de TV por subscrição registou 160 mil novos clientes no 1º trimestre, o que se traduz num aumento de 4% face ao período homólogo, e corresponde ao maior crescimento anual em termos absolutos verificado desde 2016. No final de março existiam 4,1 milhões de assinantes do serviço.

No trimestre, 89% das famílias eram clientes do serviço de televisão paga, mais três pontos percentuais do que no trimestre homólogo.

O crescimento do serviço deveu-se às ofertas suportadas em fibra ótica (FTTH), que registaram mais 271 mil assinantes em relação ao trimestre homólogo, o que corresponde a um aumento de 15,9%, para 2 milhões de clientes. O crescimento registado contribuiu para que a fibra continue a ser a principal forma de acesso a este serviço, com 48% do total de assinantes. A segunda tecnologia mais utilizada para aceder ao serviço é o cabo, com 1,3 milhões de clientes, e que representa 32,2% dos assinantes. Segue-se o DTH que tem 11,2% dos assinantes do serviço, em quebra de  4,7% para 462 mil; e o ADSL  tem 8,5% dos assinantes, mas registou uma redução de 19,7% do número de clientes, para 351 mil.

No 1º trimestre de 2020 a tendência de queda do número de assinantes de DTH, que se regista desde 2016, abrandou. Neste trimestre, o número de assinantes de DTH diminuiu 4,7% quando há uma ano tinha caído 9,1%. Pelo menos um prestador registou mesmo um aumento do número de assinantes desta tecnologia. Esta evolução poderá ter sido influenciada pelo estado de emergência associado à COVID-19 que entrou em vigor no dia 19 de março.

Da mesma forma, o número de acessos ADSL ficou ligeiramente acima do intervalo de previsão resultante da evolução histórica recente. Esta evolução poderá também ter sido influenciada pelo estado de emergência.

Recorda-se que o processo de mudanças de frequências da TDT iniciou-se a 07/02/2020 e foi suspenso a 13/03/2020 devido aos constrangimentos associados ao COVID-19.

Quotas dos prestadores

O Grupo NOS era o prestador com a quota de assinantes do serviço de distribuição de sinais de TV por subscrição mais elevada (39,9%), embora tenha ficado pela primeira vez abaixo dos 40%, seguindo-se a MEO (39,7%), a Vodafone (16,5%) e a NOWO (3,7%).

A Vodafone e a MEO foram os prestadores que, em termos líquidos, mais assinantes captaram face ao trimestre homólogo, tendo as suas quotas aumentado um ponto percentual e e 0,3 pontos, respetivamente. Por outro lado, diminuíram as quotas do Grupo NOS, em 0,9 pontos, e da NOWO, em 0,3 pontos.


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