Utilizadores dos serviços postais satisfeitos com a evolução registada em 2016


Manteve-se em 2016 a tendência de diminuição da utilização dos serviços postais tradicionais. Esta é uma das constatações resultantes do inquérito ao consumo dos serviços postais realizado pela ANACOM em novembro de 2016.

O inquérito, que envolveu a realização de 1340 entrevistas a indivíduos com 15 ou mais anos de idade residentes em Portugal continental, Madeira e Açores, revela ainda que os utilizadores estão satisfeitos com a evolução geral dos correios ocorrida em 2016.

O “atendimento ao cliente”, o “correio entregue sem danos” e a “clareza e transparência na informação fornecida” foram os fatores que maiores níveis de satisfação proporcionaram aos utilizadores de estações e postos de correio (média de 8,6 a 8,5 pontos, numa escala de 1 a 10). Por outro lado, o “tempo de espera para atendimento” (11 minutos em média), o “número de estabelecimentos postais“ e o “correio entregue atempadamente” geraram os menores níveis de satisfação.

De acordo com este inquérito, o serviço mais utilizado foi o “envio de correspondência” (34,9%), seguindo-se o “envio/recebimento de encomendas” e o “correio registado”.

A análise dos resultados aponta ainda o comércio eletrónico como uma nova oportunidade de negócio para os prestadores de serviços postais, nomeadamente na área da distribuição de encomendas.

Segundo a Comissão Europeia, registou-se em Portugal um aumento na percentagem de indivíduos que efetuaram compras ou encomendas online (23% dos indivíduos com 16 a 74 anos, mais 6% do que em 2014), embora a adesão ao comércio eletrónico no nosso país se mantenha ainda inferior à média da UE28 (menos 22%). Neste contexto será de sublinhar que, ao contrário do que aconteceu com os restantes serviços postais, a percentagem de indivíduos que receberam encomendas (22%) não diminuiu.

No que respeita aos novos serviços que, complementarmente, são prestados nas estações de correio, o “carregamento de telemóveis”, utilizado por 18,3% dos inquiridos, foi o serviço cuja utilização mais aumentou entre 2014 e 2016 (mais 10,1%). Outros serviços menos populares aumentaram a sua notoriedade e utilização como, por exemplo, o “pagamento de portagens” e a venda de “lotarias” e “títulos de transporte”.

Adicionalmente, cerca de 9,5% dos inquiridos referiram conhecer o Banco CTT, que surgiu em março de 2016. Os inquiridos que efetivamente utilizaram os serviços do Banco CTT não chegaram a 4%.

A ANACOM disponibiliza-se para fornecer os microdados anonimizados relativos a este inquérito. O pedido poderá ser feito para o endereço de correio eletrónico dee.stats@anacom.ptmailto:dee.stats@anacom.pt.


Consulte: