No final do 2.º trimestre de 2015, nove em cada 10 utilizadores recorriam a acessos à Internet acima dos 20 Mbps. Mais de metade dos utilizadores (56,7%) dispunha de acessos acima dos 30 Mbps e 25,5% tinha acessos superiores a 100 Mbps.
No mesmo período, o tráfego de acesso à Internet em banda larga subiu 2,9%, sobretudo devido ao aumento de 2,8% do tráfego da banda larga fixa, que representa cerca de 96,1% do total de 443,8 milhões de gigabytes (GB) gerados no trimestre. O tráfego de banda larga móvel aumentou 6,1% no mesmo período, tendo o tráfego gerado pelas placas/modem crescido 4,1% e o tráfego gerado através de smartphones aumentado 10,6%.
Em termos absolutos, o número de acessos fixos à Internet em Portugal atingiu os 3 milhões (mais 2,3% do que no trimestre anterior). Em comparação com o trimestre homólogo de 2014, o crescimento verificado foi de 11,6%.
O ADSL continua a ser a principal tecnologia de acesso à Internet em banda larga fixa (35,6% do total) - muito próxima do modem cabo (34,5%) -, embora tenha sido a única tecnologia em que se verificou um decréscimo do número de assinantes (-1,5% face ao trimestre anterior). A Internet sobre fibra ótica - FTTH/FTTB - já é responsável por 24,1% dos acessos.
O maior contributo para o crescimento do número de acessos tem sido dado pela fibra ótica - FTTH/FTTB (mais 7,5% neste trimestre e mais 35,3% em termos homólogos). Em termos absolutos, os aumentos do número de acessos FTTH/FTTB nos dois últimos trimestres foram os maiores de sempre, com cerca de 50 mil novos acessos em cada um dos trimestres.
No trimestre em análise, sublinha-se, igualmente, o crescimento de 10,2% verificado nas “outras formas” de acesso (circuitos alugados, satélite, LTE em local fixo) que, embora tenha um peso reduzido (5,9%), foi a segunda modalidade que mais contribuiu para o crescimento do número de acessos.
O número de utilizadores que efetivamente utilizaram Internet em banda larga móvel foi de 4,8 milhões (um aumento de 3,8% em relação ao trimestre anterior e de 22% em termos homólogos). A evolução da banda larga móvel tem sido impulsionada, sobretudo, pelo aumento do número de utilizadores de smartphones, que neste trimestre já representam 62,2% do total de utilizadores de telemóvel (um crescimento de 16,3 pontos percentuais face ao trimestre homólogo).
Em termos de quotas de mercado, o Grupo Altice (que incluiu a MEO e ainda tem a Cabovisão e a Oni) atingiu os 51% de acessos fixos, seguindo-se o Grupo NOS com uma quota de 35,5%, e a Vodafone com 13,2%, tendo sido esta a operadora que mais cresceu. Se considerarmos o tráfego de banda larga, os clientes do grupo Altice foram responsáveis por 47,7% do tráfego gerado, os da NOS geraram 43,3% do tráfego e os da Vodafone 8,1%
No que se refere às quotas de clientes ativos de banda larga móvel, a MEO lidera com 48,3%, seguindo-se a NOS e a Vodafone, com 29% e 22,4%, respetivamente. Em termos homólogos, a NOS e a MEO aumentaram a sua quota em 6,2 e em 0,1 pontos percentuais, respetivamente, enquanto a Vodafone caiu 6,3 pontos percentuais.
Quanto ao tráfego de Internet móvel, é onde se verifica menor assimetria na distribuição de quotas de mercado, tendo a NOS o valor mais elevado, com 37,6%, seguindo-se a Vodafone e a MEO com 32,1% e 30,3%, respetivamente.
As receitas provenientes do serviço de acesso à Internet fixo stand-alone e de pacotes de serviços que incluem este serviço totalizaram, nos primeiros seis meses de 2015, cerca de 742,1 milhões de euros. No mesmo período, as receitas do serviço de acesso à Internet móvel atingiram 150,3 milhões de euros.
Consulte o relatório estatístico:
- Serviço de acesso à Internet - 2.º trimestre de 2015 https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1363580