População do interior migra para a TDT a bom ritmo


A população do interior do País já está a migrar para a TDT. Até ao dia 15 de janeiro, cerca de 50% da população do interior do País já teria feito a migração, nível que se obtém a três meses da data do desligamento final (26 de Abril), quando na faixa litoral esse nível de migração só foi atingido um mês antes da migração. Esta indicação resulta de um estudo da Marktest realizado na primeira quinzena de janeiro.

O inquérito feito a nível nacional revela ainda que cerca de 45% da população pretende migrar comprando uma caixa descodificadora. Em dezembro esse valor era de 37%.

Segundo o mesmo inquérito, o nível de conhecimento dos inquiridos sobre o que é a TDT e o que fazer para preparar a migração continua a aumentar e está já em cerca de 95%, aproximando-se dos níveis de conhecimento que se verificavam na faixa litoral do País. Apesar disso, é importante o envolvimento das entidades locais, autarquias, juntas de freguesias e agentes de ação social de modo a garantir que neste processo mesmo as populações que vivem mais isoladas e com maiores dificuldades no acesso à informação possam ter apoio na transição.

Quanto mais cedo for feita a migração, melhores são as perspetivas de conseguir adquirir equipamentos a preços mais baixo e menores são os riscos de ficar temporariamente sem televisão.

O processo de desligamento do sinal analógico de televisão está em curso, de acordo com o plano de switch-off aprovado. Assim, na próxima quarta-feira, dia 1 de fevereiro, é a vez de ser desligado o emissor de Monsanto e os retransmissores do Areeiro, Barcarena, Caparica, Carvalhal, Cheleiros, Estoril, Graça, Montemor-o-Novo, Odivelas, Sintra, Malveira, Sobral de Monte Agraço, Coruche e Cabeção. No total, serão abrangidas por este desligamento mais de dois milhões de habitantes, distribuídas por cerca de 40 concelhos dos distritos de Évora, Lisboa, Portalegre, Santarém e Setúbal.

Depois de concluído o terceiro momento do desligamento será ultrapassada a meia centena concelhos que já só recebem a televisão digital.

Nos dois primeiros momentos de desligamento, a 12 e 23 de janeiro, o número de pessoas que contatou o call center da TDT por ter ficado sem conseguir ver televisão, não se tendo preparado, foi reduzido - 400. Este facto, aliado à evolução das vendas de equipamentos adequados a receber TDT - cerca de 820 mil entre televisores e descodificadores -, permitem encarar o processo de migração para a TDT com otimismo. Ainda assim, a ANACOM não pode deixar de apelar às populações para que se preparem para a televisão digital terrestre atempadamente, de modo a que o processo decorra sem perturbações.

Recordamos que existe um programa de subsidiação para a compra de equipamentos descodificadores. Podem aceder a este programa os beneficiários do Rendimento Social de Inserção, os reformados e pensionistas com rendimento mensal até 500 euros e os portadores de um grau de deficiência igual ou superior a 60%. O subsídio corresponde a 50% do preço do equipamento, com o limite de 22 euros.

A segunda fase de desligamento do sinal analógico de televisão vai acontecer no dia 22 de março nos Açores e na Madeira, terminando o processo a 26 de Abril.


Informação relacionada no sítio da ANACOM: