Acessos telefónicos crescem


O parque de acessos telefónicos principais no final do 3º trimestre de 2011 ascendia a 4,5 milhões de acessos, 0,4 por cento acima do registado no trimestre anterior. Em termos homólogos há uma subida de 1,6 por cento. Os acessos VoIP/VoB, que incluem os acessos suportados em fibra ótica (FTTH/B), e os acessos baseados em tecnologia GSM/UMTS cresceram no período em análise. Os acessos suportados em outras tecnologias representavam 32,7 por cento dos acessos telefónicos principais, mais 1,2 pontos percentuais que no trimestre anterior e mais 4,8 pontos percentuais que no trimestre homólogo.

No que respeita aos postos públicos, o seu número continua a descer. Passaram para 29 mil, menos 2,9 por cento que no trimestre anterior e menos 8,2 por cento em termos homólogos.

A taxa de penetração dos acessos telefónicos principais atingiu neste trimestre 42,5 acessos por 100 habitantes. A penetração tem vindo a aumentar.

As empresas do Grupo Portugal Telecom (Grupo PT) que atuam nestes mercados continuam a deter a maioria dos acessos, com uma quota de 59,1 por cento, mas em queda – menos 0,4 pontos percentuais do que no trimestre anterior e menos 1,6 pontos em termos homólogos.

No 3º trimestre, o número de clientes de serviço telefónico fixo (STF) na modalidade de acesso direto rondava 3,6 milhões, mais 0,5 por cento que no trimestre anterior e mais 2 por cento face ao trimestre homólogo.

Para este aumento contribuíram de forma significativa as ofertas em pacote que integram telefonia fixa, televisão por subscrição e/ou Internet e as ofertas de prestadores alternativos suportadas em redes de TV por cabo.

No período em análise, a taxa de penetração dos clientes residenciais de acesso direto ascendia a 55,6 por 100 alojamentos considerando os alojamentos familiares clássicos, mais 1,1 pontos percentuais que no período anterior.

Relativamente ao acesso indireto através de pré-seleção, registou uma descida de 5,3 por cento no número de clientes, para cerca de 93 mil clientes. Em termos homólogos, a quebra é de 23,1 por cento.

Os clientes de VoIP nómada também estão em queda, para cerca de 93 mil clientes ativos, menos 4,4 por cento face ao trimestre anterior.

A quota de clientes de acesso direto do Grupo PT caiu 0,3 pontos percentuais face ao trimestre anterior e 1,4 pontos em termos homólogos, para 53,1 por cento. Esta redução da quota de clientes de acesso direto resulta essencialmente das novas ofertas dos prestadores alternativos, baseadas em tecnologias de acesso distintas do Serviço Telefónico Fixo tradicional, sobretudo das ofertas em pacote.

No 3º trimestre tiveram origem na rede fixa cerca de 1,9 mil milhões de minutos e 542 milhões de chamadas, em quebra face ao trimestre anterior, de 3,2 e 2,7 por cento, respetivamente.

No período em análise foram realizadas, em média, 31 chamadas fixo-fixo por acesso principal, 7 chamadas fixo-móvel e 2 chamadas internacionais.

No mesmo período, a quota de tráfego de voz do serviço fixo de telefone do Grupo PT caiu para 57 por cento, menos 1,3 pontos percentuais que no trimestre anterior.

No trimestre, procedeu-se à identificação do perfil do consumidor residencial do serviço telefónico fixo  e  identificaram-se três grupos distintos:

- lares que dispõem de um leque diverso de serviços para além do STF. Este grupo destaca-se pela diversidade de serviços conjugados com o STF. Adicionalmente, a utilização de serviços em pacote tende a ser mais expressiva neste grupo. Estes agregados familiares caracterizam-se essencialmente por residirem na região da Grande Lisboa e por pertencerem a uma classe social média-alta. O respondente destes agregados familiares apresenta idades entre os 25 e 44 anos, um nível de escolaridade superior e, em termos profissionais, integra o grupo dos quadros médios ou superiores e técnicos especializados

- lares que dispõem de um conjunto reduzido de serviços. Nestes lares utiliza-se exclusivamente o serviço telefónico fixo ou este serviço e a TV por subscrição. A incidência do serviço telefónico móvel é menos expressiva neste grupo assim como a presença de serviços em pacote. Trata-se de agregados familiares maioritariamente do Interior Norte, de classes sociais mais baixas, de menor dimensão e onde a presença de idosos tem um peso mais elevado. Em termos individuais sobressaem os respondentes com 55 ou mais anos, com baixos níveis de escolaridade e em situação de reforma ou desemprego.

- Lares que utilizam o STF com menor intensidade. É neste grupo que a não utilização do STF é mais evidente e onde o serviço móvel é utilizado por quase todos os respondentes. Este grupo tem um maior peso relativo na região do Litoral Norte, em classes sociais intermédias e em agregados familiares de maior dimensão onde a presença de crianças tem um peso relevante. Os respondentes são mais jovens e encontram-se na situação de estudante, sendo também expressivo o peso dos indivíduos com níveis de escolaridade intermédios e na situação profissional de trabalhadores “qualificados” e “não qualificados”, bem como “Empregados dos Serviços/Comércio/Administrativos”.


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